CONTRIBUIÇÕES ECONÔMICAS NO NÍVEL LOCAL - SETOR DE MINERAÇÃO
Por: Salezio.Francisco • 23/9/2017 • 1.122 Palavras (5 Páginas) • 532 Visualizações
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População caracteristicamente urbana – as taxas de urbanização dispararam nos municípios afetados pela mineração, e hoje as populações urbanas de todos os seis municípios da região superam por completo as respectivas populações rurais: seu perfil passou de “rural” a “urbano” em um curtíssimo período de tempo.
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O crescimento da renda familiar média mensal foi mais acelerado entre 2000 e 2010 no sudeste do Pará do que a média nacional e a média do estado do Pará (com relevância estatística a 1%). Os níveis de renda ainda permanecem mais baixos no sudeste do estado em relação ao restante do Pará, mas há sinais de convergência das rendas regionais, que está reduzindo as desigualdades anteriores.
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Em particular, a mera presença dos próprios funcionários da Vale – muitos dos quais recebem remuneração bem maior que a média da população local – distorce a situação do que aconteceu com a maioria da população. Para abordar a importante questão de saber se o crescimento da renda observado beneficiou até os segmentos mais pobres da população, a análise deve incorporar uma avaliação dos indicadores de desigualdade.
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A Figura abaixo deixa evidente que os municípios mineradores gozam de maior nível de renda que os municípios não mineradores da região. Além disso, percebe-se que em comparação a Parauapebas, Canaã dos Carajás ainda apresenta margem de crescimento de renda.
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Em termos específicos, o emprego direto total – representando a folha de pagamento da empresa e atividades terceirizadas – cresceu de forma acentuada entre 2003 e 2008, alcançando a marca de 22.400 funcionários. O emprego direto no sudeste do Pará estava previsto para aumentar ainda para 46.700 até 2012.
A população nos cinco principais municípios que abrigam operações da Vale na região é de 460.000 pessoas (IBGE, 2010).
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Ademais, muitos empregos indiretos foram e continuam a ser criados em virtude das
necessidades de compras da Vale e de seus fornecedores.
Efeito Multiplicador do Tipo 1: gerado por uma demanda extra por bens ou serviços.
Os gastos por funcionário da Vale na economia local, bem como de seus fornecedores, geram demanda por bens e serviços, que geram nova indução de empregos. Esse “efeito salarial” é expressivo devido à elevada parcela de funcionários provenientes de comunidades locais e municípios vizinhos, e do fato de que os empregados da Vale normalmente são mais bem remunerados do que a mão-de-obra local não qualificada ou semiqualificada.
Efeito Multiplicador do Tipo 2: gerado por aumento da renda familiar.
A análise dos impactos diretos e induzidos relativos ao sudeste do Pará indicam que, para cada R$ 1 de produção gerado por uma mina, há um adicional de R$ 1,30 de renda gerada no restante do sudeste paraense (isto é, um multiplicador de 2,3).
As magnitudes gerais desses efeitos sobre o emprego indireto e induzido foram estimadas com tabelas de insumo-produto criadas para o sudeste do Pará pelo
professor Francisco de Assis Costa, como parte do Diagnóstico Socio-Econômico de 2006 encomendado pela Fundação Vale.
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