A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NO SETOR SUPERMERCADISTA
Por: kamys17 • 3/9/2017 • 5.104 Palavras (21 Páginas) • 674 Visualizações
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Os sistemas de informação são de suma importância para que as organizações possam desempenhar suas funções com o máximo de eficácia. Através desses sistemas pode-se transformar dados, informações e criar um banco de dados para consultas futuras o que pode auxiliar o gestor a ter uma visão geral do seu negócio. Utilizar os meios disponíveis para obter conhecimentos que auxiliam na tomada de decisão é obter um diferencial num mercado globalizado e totalmente competitivo.
Neste estudo buscaremos descrever os conceitos de estoque e varejo além do objetivo de manter estoques e os custos que o mesmo gera, entender o processo de gestão de estoque, fazendo uma análise da teoria com a prática demonstrando a influência do gerenciamento dos estoques na competitividade e nos lucros de empresas do comercio varejista denominados Supermercados.
- A CONTABILIDADE E OS ESTOQUE
Contabilidade é necessária para toda e qualquer empresa independente do seu porte, seguimento e sua forma de tributação. A Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades. Através dela é fornecido o máximo de informações uteis para as tomadas de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e controlando o patrimônio. O estoque faz parte deste patrimônio.
Pode-se definir a Contabilidade como uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da Economia. Mais especificamente, trata-se do estudo e do controle do patrimônio das entidades (empresas). Isso é feito por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos (BARROS, 2002, p.01).
Estoques são produtos ou materiais que ficam fisicamente disponíveis para empresa, até o momento de entrar no processo produtivo ou serem comercializados diretamente ao consumidor final.
A área de estoque de uma empresa é responsável, de forma geral, pelo controle de fluxo de materiais internos, devendo, portanto, equilibrar as necessidades e as disponibilidades de recursos da organização, sejam eles recursos humanos, de materiais, de espaço físico, financeiro, entre outros (TADEU, 2010, p.6).
Os estoques podem ser de produtos para comercialização, matéria-prima, produtos em processos ou produtos acabados e todos os demais materiais e insumos que a empresa utiliza e que necessitam estar armazenados nas suas dependências. Dias (2010) e Moura (2004) definem estoque como “Um conjunto de bens físicos acumulados pela empresa e tratados como ativo, pois são fruto de um investimento da empresa e, portanto, possuem valor atrelado, características próprias e são conservados durante algum tempo, e de alguma forma, atendem uma ou mais necessidades da empresa”
Dessa forma, todo item armazenado em um depósito, almoxarifado, prateleira, gaveta ou armário para ser utilizado pela empresa em suas atividades, de produção, venda ou administração, é considerado um item do estoque.
- VAREJO
O varejo consiste na venda de produtos ou a comercialização de serviços em pequenas quantidades.
Para Levy e Weitz (2000, p.26) citado por Otávio Marcelo Matos de Oliveira, “varejo é um conjunto de atividades de negócios que adiciona valor a produtos e serviços vendidos a consumidores para seu uso pessoal e familiar”. Parente (2000, p.22) define varejo como sendo “todas as atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final”. Berman e Evans (1998, p.3) são mais abrangentes e dizem que o “varejo consiste naquelas atividades relacionadas com a venda de bens e serviços a consumidores para seu uso pessoal, familiar ou doméstico”.
Sendo assim, o varejista é a última etapa do processo de fornecimento que une fabricantes ou produtores aos consumidores finais. Parente (2000) posiciona o varejista como parte integrante do sistema de distribuição, praticando um papel de intermediário e funcionando como um elo de ligação entre o nível do consumo e o nível do atacado ou da produção. Ainda segundo esse autor, o varejista vem assumindo um papel importante na identificação das necessidades do consumidor e na definição do que deverá ser produzido pela indústria para atender às expectativas do mercado.
Parente (2000), ainda citado por Otávio M. M. de Oliveira define como função dos varejistas comprar, receber e estocar produtos de fabricantes ou atacadistas para oferecer aos consumidores a conveniência de tempo e lugar para a aquisição de produtos. Levy e Weitz (2000) completam, atribuindo outras funções aos varejistas, são elas:
a. Fornecer uma variedade de produtos e serviços – significa oferecer várias marcas, modelos, cores, tamanhos e preços aos clientes em um único local;
b. Dividir lotes grandes em pequenas quantidades – isto é, os fornecedores efetuam a venda em unidades ou em pequenas quantidades, adequadas ao padrão de consumo dos clientes e suas famílias;
c. Manter estoque - esse é fator essencial para o setor varejista. O estoque que fica permanentemente disponível para os clientes, se torna um benefício para os mesmos, que podem comprar em menor quantidade com mais frequência, mantendo em casa estoques menores. Levy e Weitz (2000, p.26) salientam que “uma das principais funções dos varejistas é manter um estoque para que os produtos estejam disponíveis quando os consumidores os quiserem”.
d. Fornecer serviços – ainda segundo Levy e Weitz (2000) os varejistas oferecem facilidades na hora da compra e o uso dos produtos pelos clientes: oferecem crédito para que os clientes possam adquirir o produto e pagar por ele posteriormente; expõe os produtos para que os consumidores possam visualiza-los e testa-los antes da aquisição; disponibilizam funcionários para responder perguntas e fornecer informações sobre os produtos quando necessário.
Os varejistas aumentam o valor dos produtos e serviços para os consumidores fornecendo variedade, produtos em pequenas quantidades, mantendo estoque permanente e fornecendo serviços.
- FORMATO DE VAREJO
Parente (2000, p.23) propõe uma classificação das instituições varejistas segundo três critérios: a propriedade, instituições com loja e instituições sem loja:
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