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A PARALISIA CEREBRAL

Por:   •  10/11/2018  •  4.409 Palavras (18 Páginas)  •  308 Visualizações

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habilidades funcionais, por comparação com outras crianças.

Esta pesquisa tem como objetivo compreender a percepção da família acerca do impacto do diagnóstico de Paralisia Cerebral, os direitos das pessoas que nasceram com a paralisia e como é a inclusão dessas crianças na escola e a importância da formação dos professores para a reabilitação dos sujeitos com Paralisia Cerebral.

2- DESENVOLVIMENTO: PARALISIA CEREBRAL

A Encefalopatia Crônica não progressiva da 1° infância é popularmente conhecida como Paralisia Cerebral (P C). Que é um distúrbio causado por dano cerebral que ocorreu antes ou durante o processo de nascimento onde afeta aproximadamente 2 em cada 1000 pessoas, fato esse considerado pelos especialistas um problema mais comum nas crianças.

[...] os distúrbios do Sistema Nervoso Central na Paralisia Cerebral, podem ser devido a um erro hereditário do desenvolvimento, pode também ser devida suscetibilidade hereditária diante de outros fatores de risco, aos fatores maternos, tais como doença ou abuso de drogas, aos problemas placentários, ou então, pode resultar da prematuridade ou da ação de fatores Peri natais traumáticos que provocam a lesão cerebral infantil. Os fatores pós natais (acidentes e infecções do sistema nervoso centra também são responsabilizados acreditando-se que o limite etário superior para se usar o terma Paralisia Cerebral se situa em torno de 3 anos. (SHEPHERD, 1998, p. 113).

É importante lembrar que o cérebro é um órgão que tem o controle de todas as funções do nosso organismo e para isso precisa do oxigênio. Na falta deste nutriente lesão cerebral pode ocorrer trazendo prejuízos para o desenvolvimento. Estas lesões resultam no aparecimento de movimentos involuntários, que a criança não consegue controlar, para esses movimentos são seguidos as classificaçõe:

 Atetóide: os movimentos involuntários que a criança apresenta são lentos, presentes nas extremidades mãos e pés, contínuos e dificultando os movimentos que a criança quer executar;

 Coreico: os movimentos são rápidos, amplos, presentes nas raízes dos membros, como ombro e quadril. Como são rápidos e amplos podem desequilibrar a criança e impedi-la de adquirir algumas posturas;

 Atáxico: tipo raro de paralisia cerebral, caracterizada pela incoordenação dos movimentos. Parte do cérebro afetado e em conseqüência disso existe a incoordenação dos movimentos manuais e por parte do equilíbrio onde a criança tende a andar com as pernas mais abertas para aumentar a base de sustentação e equilíbrio.

É importante salientar que cada membro comprometido segue também uma classificação:

 Paraplegia: comprometimento dos membros inferiores;

 Triplegia: comprometimento de três membros;

 Quadriplégica: comprometimento de quatro membros;

 Hemiplegia: afetados dois membros do mesmo lado;

 Monoplegia: um membro comprometido.

BAX et al. (2005) acrescenta que os distúrbios motores da PC são freqüentemente acompanhados de distúrbios da sensação, cognição, comunicação, comportamento, pela epilepsia e problemas musculos-esqueleticos. Vale ressaltar também que em todos as formas de paralisia cerebral as crianças tem uma dificuldade de se fazer entendida no que diz respeito à fala, pelo fato dos músculos responsáveis estarem comprometidos.

Durante a pesquisa percebeu-se que a paralisia cerebral é difícil de ser diagnosticada durante a primeira infância, mas no decorrer da maturação do bebê percebendo a demora em aprender a andar e a desenvolver outras habilidades motoras que se pode identificar a paralisia cerebral. Podendo somente ser distinguida a sua especificidade da paralisia após os 2 anos de idade.

Confirmado o tipo específico da paralisia cerebral que por sua vez não tem cura, cabe aos médicos indicar um tratamento e treinamento adequado na base de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudióloga entre outros que podem permitir que a criança se torne a mais independente possível.

A família tem um papel importante no desenvolvimento da criança com paralisia cerebral, pois o carinho dos pais e familiares juntamente com o acompanhamento na reabilitação da criança pode ajudar para que a mesmo alcance seu maior potencial. Outro fator importante é a relação da comunidade escolar com a criança com paralisia cerebral, pois o convívio social aumenta a independência e a auto-estima da criança.

2.1- IMPACTO FAMILIAR COM O DIAGNÓSTICO DA PARALISIA CEREBRAL

Biologicamente, a família é uma categoria da classificação sistemática ente o gênero e a ordem. Sociologicamente a família é entendida como um conjunto de pessoas que possuem algum grau de parentesco entre si e que vivem na mesma casa.

Dentro do conceito familiar, pode aparecer diferentes formações como a família tradicional que normalmente é composta pela mãe, pai unidos pelo matrimonio ou não e por um ou mais filhos. Além da tradicional estrutura familiar, as transformações sócio-culturais possibilitam uma nova existência de estrutura familiar como a família mono parental que é composta por apenas um dos pais. E tem também a família contemporânea que é caracterizada pela inversão de valores e papeis do homem e mulher na estrutura familiar, onde por exemplo, a mulher passa ser a chefe de família dentre outras estrutura familiar.

A família tem um papel importante no desenvolvimento de cada individuo. É uma instituição responsável por promover a educação dos filhos, é nela que são transmitidos os valores morais e sociais no processo de socialização das crianças.

Minuchin (1996) refere que a família é o conjunto invisível de exigências funcionais pelas quais os membros da família interagem e neste sentido, a família deverá ser capaz de se adaptar as mudanças internas e externas, de se transformar para atender as circunstancias do momento, como a chegada de um filho por exemplo. Neste mesmo sentido, Francischetti (2006) refere que as mudanças ocorridas na família para o nascimento de um filho, pode ser considerado como uma situação de crise, pois ao mesmo tempo que pode trazer esperança e prazer, pode também ser negativo como quando ocorre o nascimento de uma criança com algum tipo de anormalidade. Isso porque ninguém idealiza dar a luz a uma criança com algum tipo de problema seja ele físico ou psíquico.

Amiralian (1999) descreve que a presença de uma deficiência implica

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