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O PROFISSIONAL CONTÁBIL - A VALORIZAÇÃO DO CONTABILISTA NAS EMPRESAS PICOENSES

Por:   •  24/12/2018  •  2.347 Palavras (10 Páginas)  •  329 Visualizações

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O profissional deve estar em constante formação e buscando ampliar seus conhecimentos e buscar desenvolvimentos de técnicas que atendem as necessidades da empresa. Essa elevação da valorização do profissional contábil e do reconhecimento foi confirmada no início da atual década, época em que voltou a ser obrigatória a aprovação no exame de suficiência para exercer a atividade contábil. O exame, que não era obrigatório desde o início dos anos 2000, voltou a ser por meio de um dispositivo de lei, obrigando os profissionais a elevarem o nível de conhecimento se quisessem obter autorização legal para o exercício da profissão.

A Valorização Profissional dar-se-á na medida em que a Classe Contábil assumir o papel de fazer da contabilidade um instrumento capaz de agregar riqueza às empresas, sendo visível e objetivamente mensurável pelo empresário, no que pese ao fomento de meios para o planejamento, registro adequado das mutações patrimoniais e a elaboração de relatórios que expressem o retrato fiel da organização e identifiquem e localizem as fontes responsáveis pelos resultados alcançados.

Os resultados serviram de base para avaliar aspectos que intervêm na motivação e satisfação dos contadores com relação as microempresas picoenses, os mesmos serão demonstrados por meio de gráficos para melhor interpretação, utilizando-se da análise quantitativa.

Nesta perspectiva, esse trabalho caracteriza-se por assumir um papel mais qualitativo do que quantitativo, pois busca entender o porquê do problema, o que ocasiona tal feito, utilizando-se de artifícios como pesquisas bibliográficas, publicações de órgãos públicos e questionários com os profissionais do setor contábil, para assim, obter-se uma prudente gama de informações sobre o tema e objetivo da pesquisa, e assim formular hipóteses e desenvolver o raciocínio sobre o assunto a fim de tentar comprovar suas suposições.

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

No Brasil, a história da contabilidade teve início a partir da época Colonial, advinda da evolução e necessidade de controles contábeis para o desenvolvimento das primeiras Alfândegas. Em julho de 1679, através da Carta Régia foi criada a Casa dos Contos, setor encarregado pelo processo e fiscalização das receitas e despesas do Estado.

O desenvolvimento social que aconteceu naquele período, coligado a ampliação da atividade colonial provocou um aumento nos gastos, determinando um melhor controle das contas públicas e receitas do Estado, e para este fim foi inserido o órgão denominado Erário Régio.

Por meio do Alvará de 15 de julho de 1809, foi oficializado no Brasil as Aulas de Comércio, com nomeação do Sr. José Antônio Lisboa, que se tornou o primeiro professor de Contabilidade no Brasil, popularmente conhecido como Visconde de Cairu, nasceu na Bahia em 1756, foi o grande mentor de algumas medidas do Príncipe Regente. Em 1905 foi criada no estado Bahia a Fundação Visconde de Cairu, com a intenção de formar peritos comerciais, habilitando e profissionalizando os jovens para cargos de cônsules e chefes de Contabilidade, esta Fundação funciona até os dias atuais. De acordo com decreto do Príncipe Regente D. João VI:

Sendo absolutamente necessário o estudo da Sciencia Econômica na presente conjuntura..., e por me constar que José da Silva Lisboa [futuro Visconde de Cairu] ... tem todas as provas de ser muito hábil para o ensino daquela sciencia sem a qual se caminha ás cegas e com passos muito lentos, ... lhe faço mercê da propriedade e regência de uma Cadeira e Aula Pública, que por este mesmo Decreto sou servido criar no Rio de Janeiro, ...

O contabilista fundamenta-se como ferramenta essencial para uma satisfatória coordenação econômico-financeira nas empresas, sendo assim, um dos mais requisitados pelo mercado, onde agrega riqueza às empresas, ficando visivelmente e objetivamente mensurável aos empresários, o especialista contábil tem que exercer sua função legalmente qualificado ao Conselho Regional de Contabilidade com competência exclusiva, podendo auxiliar seu cliente de forma legal nas tomadas de resoluções do seu negócio. É responsável por informações importantes onde monitoram as empresas para proporcionar desenvolvimento ao seu bem-estar econômico.

Através de uma análise nas empresas picoenses nota-se que o contador não alcança realizar uma das suas soberanas atribuições, que é o amparo nas tomadas de decisões destas empresas, trazendo propostas que poderiam fazer a transformação na orientação das empresas desde o inicio da mesma, até o prolongamento da vida útil dela.

Segundo a legislação do profissional contábil no seu Decreto-LEI 9.295 de maio de 1946, capitulo IV:

Art. 25 São considerados trabalhos técnicos de contabilidade

a) Organização e execução de serviços de contabilidade em geral;

b) Escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações;

c) Perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistências aos conselhos fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade.

Art. 26 Salvo direitos adquiridos “ex-vi” do disposto no art. 2º do Decreto nº 21.033, de 8 de fevereiro de 1932, as atribuições definidas na alínea “c” do artigo anterior são privativas dos contadores diplomatas e daqueles que lhes são equiparados, legalmente. (6 e 7).

Tantos as empresas como os contadores devem estar ligados e em concordância para que a empresa fortaleça e se progrida de maneira vantajosa, mas para que isso aconteça precisa que os mesmos compreendam seus respectivos lugares dentro da empresa e que saibam sua importância e se valorizem. Os contadores na atualidade tentam mudar a forma de pensar das empresas que ainda é muito rudimentar e ultrapassada. O contador é fonte valorosa para toda e qualquer organização e por isso deve ser reconhecido e respeitado, o que no predomínio das situações não se verifica, sobretudo nas regiões mais desfavorecidas em desenvolvimento com é o caso de Picos. No comercio picoenses entende-se que o contador é uma despesa a mais para a empresa e não um auxiliar no seu desenvolvimento.

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