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Maquiavel - Fichamento

Por:   •  29/10/2018  •  2.733 Palavras (11 Páginas)  •  366 Visualizações

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o rumo das coisas, tanto do passado como do presente, em suma, é uma características de mudança. A primeira deve se sobrepor continuamente à segunda no sentido de dominá-la.

O autor começa essa capitulo fazendo ressalvas aos principados que cita e aponta a impossibilidade de imitar a vida de alguém que o homem se espelhe á vida dos grandes homens e, caso não alcance, á virtude deles ao seguir o bom exemplo de prudência captará algo dessa virtude.

“[...] nos principados completamente novos, onde haja um novo príncipe, é possível mantê-los com mais ou menos dificuldades, dependendo da virtude daquele que os conquista.” P.72

Dá destaque aos principados conquistados pela virtude dos seus príncipes e não pelas mudanças dos acontecimentos – a fortuna – como de Moises, Ciro, Rômulo e Teseu, entretanto não nega a relação entre fortuna e virtude ao exemplifica as ocasiões que fizeram florir virtudes.

“Aqueles, que como esses, se tornaram príncipes por vias virtuosas adquirem o principado com dificuldade, mas o conservam com facilidade; e as dificuldades que enfrentam para adquirir o principado nascem, em parte, dos novos modos de ordens que são obrigados a introduzir para fundar seu próprio estado e a sua segurança.”P.73

É necessário observar se no processo de conquista e estabelecimento de um governo, esse príncipe contava consigo ou com mais outrem. Se estão sós, se dão mal e não consigam coisa alguma; se agregam a alguém há a possibilidade de forçar as novas ordens, “convém pois, organizar-se para que, quando não creiam, seja possível fazê-los crer a força.” P.74

“Por isso, estes homens tem grande dificuldade em conduzir e todos os perigos aparecem em seu caminho, e que vem superá-los com virtude: mas, uma vez superados, e que começam a ser venerados, tendo eliminado aqueles que invejavam suas qualidades, permanecem poderosos, seguros, honrados e felizes.” P.75

Capítulo VII – Sobre principados novos que se conquistam com os exércitos e a fortuno de outrem.

Os cidadãos comuns que se tornam príncipes somente pela fortuna, fazem com pouco esforço, mas quando chegam é bastante o esforço que o faz permanecer. Esses beneficiados conseguem a concessão de algum estado, por dinheiro ou graça de quem o concedeu. Estão são sempre dependentes da fortuna, pois ao viverem sempre na fortuna privada desconhecem a virtude desenvolvida na vida pública.

Assim, os estados que surgem com essas características “nascem e crescem rapidamente, não pode lançar suas próprias raízes e ramificações; de modo que a primeira tempestade os extingue.” P.77

Exemplifica a característica do príncipe que mesmo através da fortuna a qual lhe proporcionou chegar ao cargo por meio da virtude, com César Borgia, que construiu grandes fundações pelas suas ações, utilizou de toda sua virtú para ganhar e fortalecer os impérios, mesmo que algumas dessas ações não o enaltecessem tanto como: “cortar em dois pedaços na Praça de Cesena, abandonando ai seus despojos, ao lado de um cepo e de um cutelo ensanguentando.” P.81, do seu ministro de Romanha.

Afirma ainda, que ele “tendo grande animo e alta intenção não podia comporta-se de outra forma; e só se opuseram aos seus designíos a brevidade da vida de Alexandre e a própria doença. Quem, portanto, julga necessário, em seu novo principado, proteger-se dos inimigos, vencer por força ou por fraude, fazer-se amar e temer pelos povos, ser seguido e reverenciado pelos soldados, eliminar aqueles que te podem ou devem defender, inovar com novos modos as ordens antigas, ser severo e grato, magnânimo e liberal, extinguir a milícia infiel, criar uma nova, manter as amizades dos reis e dos príncipes de modo que devam ou beneficiar-te com graça ou ofender-te com temor, não pode encontrar exemplos mais vividos que as ações desse homem.” P.85

Capítulo VIII – Sobre aqueles que conquistam o principado por meio do crime

Além da virtude e da fortuna, existem dois modos para se tornar príncipe: “quando por alguma via celerada ou nefanda se ascende ao principado, ou quando um cidadão comum torna-se príncipe de sua pátria com apoio dos seus concidadãos.” P.86 E pontua dois exemplos.

Agátocles da Sicília, “não chegou ao principado, por favor, de ninguém, mas pela carreira militar, que galgou com mil dificuldades e perigos, e em seguida, manteve-o com decisões corajosas e perigosas.” P.87

Liveretto de Fermo, depois de assinar seu tio e padrasto “montou a cavalo e percorreu a cidade, cercando o palácio do supremo magistrado, tanto que, por medo foram todos constrangidos a obedecê-lo e a compor um governo do qual se fez príncipe. E mortos todos os que, por descontentes, podiam ofendê-lo, estabeleceu novas ordens civis e militares; de maneira que, no espaço de um ano de principado, não somente estava seguro da cidade de Fermo, mas também amedrontava todos os seus vizinhos” P.89

O uso da crueldade dados os exemplos, segundo Maquiavel pode ser considerados bem se ocorria de uma só vez, por necessidade de segurança e depois converte- nas em benefícios para os súditos; as mal usadas, são àquelas que multiplicam-se com o tempo ao invés de desaparecer, ou seja, “ao tomar um estado, deve o ocupador relacionar todas as ofensas que precisa fazer; e fazê-las todas de uma só vez, para não ter que renová-las a cada dia e, não renovando, reassegurar os homens e cativa-los com benefícios.” P.90

O príncipe deve então, sobretudo “viver com seus súditos de modo que nenhum o faça variar; pois, em tempos adversos, quando houver necessidade, não terás tempo de fazer o mal, e o bem que fizeras não frutificará, porque parecerá forçado, e não terás reconhecimento algum.” P.91

Capítulo IX – Sobre o principado civil

Um cidadão comum, não por violência, mas com o apoio dos sues concidadãos pode se tornar príncipe da sua pátria; Nem são necessários para ele toa virtude ou fortuna e sim, uma astúcia afortunada, assim, esse principado se ascende a favor do povo ou dos grandes.

Dentro do principado encontram duas diferentes exigências politica: o povo, não deseja ser comandado e nem oprimido pelos grandes e esses, desejam comandar e oprimir o povo. Essas duas questões podem provocar três efeitos na cidade: ou principado, ou liberdade, ou desordem.

[...] “vendo os grandes que não podem resistir ao povo, começam a dar poder a um deles, e o fazem príncipe para

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