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DESAFIOS DA FORMAÇÃO DOCENTE EM SOCIOLOGIA ANÁLISE DAS VIVÊNCIAS EDUCATIVAS EM FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Por:   •  20/10/2018  •  1.974 Palavras (8 Páginas)  •  309 Visualizações

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ensino médio e o que são discussões próprias do ensino superior?

Essas são questões que, devido à lógica de bacharelado que o curso possui, o graduando

só reflete durante um planejamento, olhando os materiais didáticos – essa prática se torna

1 Foram observadas as estruturas curriculares das licenciaturas em Ciências Sociais em 26 universidades públicas

federais: UFAC UFAL UFAM UFBA UFC UFES UFG UFMA UFMG UFMS UFMT UFPA UFPB UFPE

UFPI UFPR UFRGS UFRJ UFRN UFRR UFS UFSC UFT UNB UNIFAP UNIFESP, UFMG, UFRR, UFT,

UFAC e UNIFAP.

prejudicial não só pela falta de tempo para refletir a educação subjetivamente, mas para

aprender a ser professor, conforme Roldão (2007): “O professor profissional (...) é aquele

que ensina não apenas porque sabe, mas porque sabe ensinar. E saber ensinar é ser

especialista dessa complexa capacidade de mediar e transformar o saber”. O conhecimento

necessário ao exercício da função de professor não é naturalizado nas salas de aula da

universidade, onde se assiste aulas sob uma ótica bacharelesca, se aprende as teorias de forma

bacharelesca, fechando o campo de visão ao nível superior de educação – ou seja, deixando de

dialogar com a realidade do estudante. Vale citar, dentro desta pequena observação das grades

curriculares de outras licenciaturas, algumas alternativas que pensem o profissional docente

desde o início da graduação ou, pelo menos, de uma maneira mais abrangente, pensando o

professor a partir do aluno. São essas as alternativas observadas, por exemplo, dentro da

Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que fornece no 1° período as disciplinas de

Profissão Docente e Metodologias de Ensino das Ciências Sociais, além de Planejamento,

Currículo e Avaliação da Aprendizagem no 4° período. Para além destas, vale destacar a

disciplina de Intervenções Pedagógicas e Necessidades Educativas Especiais, obrigatória no

6° período da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Para além dos desafios trazidos não só pela estrutura curricular, mas pela concepção de

todo o programa de disciplinas da licenciatura, o graduando ainda encontra outro obstáculo

para além da formação docente: o estágio. Se a estrutura não fala por si só, as vivências dos

estudantes que se encontram na reta final dos seus cursos dizem muito sobre os desafios

enfrentados pelos pensadores e pensadoras da contribuição que a universidade tem a oferecer.

No caso da UFRN, em diversos espaços de discussão, incluindo o Fórum das Licenciaturas, é

possível perceber a angústia não só de estudantes, mas do corpo docente em relação à falta de

acompanhamento do estagiário e sua pouca vivência em sala de aula – que passa por um

período de observação e poucas intervenções exercendo a docência, em turmas onde há pouca

familiaridade, comprometendo uma plena relação professor-aluno na primeira experiência

profissional deste professor, que também é estudante e, portanto, intervém com dúvidas,

anseios e inseguranças.

O PIBID COMO FERRAMENTA PARA SANAR AS LACUNAS DA FORMAÇÃO DOCENTE

O Programa de Bolsas de Iniciação à Docência, proposta do Ministério da Educação e

Cultura (MEC), junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), tem vigência na Universidade desde o ano de 2009, beneficiando mais de 900

estudantes dos cursos de Teatro, Dança, Artes Visuais, Física, Pedagogia, Matemática, Letras,

Química, Música, Filosofia, História, Geografia e Ciências Sociais. O recorte deste artigo se

dá apenas ao subprojeto de Sociologia.

Descrição do subprojeto

O subprojeto de Ciências Sociais conta com dois coordenadores (professores da

universidade), três supervisores (professores da rede pública de ensino) e cerca de 32

bolsistas, divididos entre a Escola Estadual Professor Anísio Teixeira, a Escola Estadual

Berilo Wanderley e o Colégio Estadual Atheneu Norte Rio-Grandense2, localizadas na capital

potiguar. Para além da divisão por escola, cada supervisor coordena um eixo de estudo que

tem por objetivo desenvolver determinadas potencialidades que podem ser utilizadas em sala.

Os grupos de estudos são: o Teatro do Oprimido, Leituras Sociais e Análise de Imagens.

A rotina do subprojeto se dá a partir da observação e vivência nas escolas, por parte dos

bolsistas; de reuniões semanais com toda a equipe e reuniões, também semanais, que variam

entre reuniões por escola e por grupo de estudo, dependendo da necessidade dos bolsistas.

Para além da observação e da elaboração das sequências didáticas, os bolsistas do subprojeto

ainda produzem etnografias sobre a escola e a sala de aula onde fazem suas intervenções.

A estrutura do subprojeto se torna pilar para o sucesso da experiência no programa. De

fato, os professores em formação possuem uma equipe

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