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GEOGRAFIA: DESAFIOS À PRÁTICA DOCENTE NO SÈCULO XXI

Por:   •  27/11/2018  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  439 Visualizações

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Partindo destes pressupostos, a era da informação tendo como conseqüência um mundo novo, onde o trabalho físico e feito pelas maquinas e o mental, pelos computadores (Globalização), dessa forma a geografia pode ser trabalhada como objetivos específicos, investigando a influencia dos valores familiares e as relações do mundo competitivos em que se insere os educandos neste cenário globalizado.

- A APRENDIZAGEM EM GEOGRAFIA

Os educadores da área relatam que estão freqüentemente enfrentando dificuldade em “atrair” seus alunos nas aulas, pois a maioria não se interessa pelos conteúdos que essa disciplina trabalha.

No entanto, se a Geografia contempla a diversidade da experiência dos homens na produção do espaço, as questões espaciais estão sempre presentes no cotidiano de todos eles, sejam as de dimensões globais ou locais, onde muito educadores se questiona o por que os estudantes não mostram interesse especial pelos conteúdos da disciplina.

Se a tarefa do ensino é tornar os conteúdos veiculados objetos de conhecimento para o aluno e se a construção do conhecimento pressupõe curiosidade pelo saber, esse é um obstáculo que precisa efetivamente ser superado, para assim despertar o interesse cognitivo dos mesmos, assim o educador deve atuar na didática, o que implica investir no processo de reflexão sobre a contribuição da Geografia na vida cotidiana, sem perder de vista sua importância para uma análise crítica da realidade social e natural mais ampla, ou seja, o papel diretivo na condução do ensino está relacionado às suas decisões sobre o que ensinar, o que é prioritário ensinar em Geografia, sobre as bases fundamentais do conhecimento geográfico a ser aprendido pelas crianças e jovens, reconhecendo os como sujeitos, que têm uma história e uma cognição a serem consideradas, e assim ter uma definição do que ensinar, para que ensinar, para quem ensinar.

O educador tem múltiplas referências, entre as quais as mais diretas são, de um lado, os conhecimentos geográficos acadêmicos, tanto da Geografia acadêmica quanto da Didática e, de outro, a própria Geografia escolar, já estruturada pela escola ao longo do tempo.

Portanto, ensinar conteúdos geográficos, com a contribuição dos conhecimentos escolares, requer um diálogo vivo, verdadeiro, no qual todos, alunos e professores, têm legitimidade para se manifestar, com base no debate de temas realmente relevantes e no confronto de percepções, de vivências, de análises, buscando um sentido real dos conteúdos estudados.

- AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Em razão das inúmeras dificuldades que enfrentam no trabalho, alguns educadores se sentem inseguros e se fecham em uma atitude conservadora e assim optam por manter os rituais rotineiros e repetitivos da sala de aula, desistindo de experimentar caminhos novos, outros pautam seu trabalho pelo desejo permanente de promover a aprendizagem significativa dos conteúdos que ensinam, envolvendo seus alunos e articulando intencionalmente seus projetos profissionais a projetos sociais mais amplos. Muitos não buscam simplesmente recursos técnicos, receitas para um bom ensino, como muitas vezes se diz eles têm intuição de que isso não basta, pois os desafios que necessitam enfrentar não são simples e passíveis de se resolver com receitas, ao contrário são complexos e requerem orientações teóricas seguras, conhecimento da realidade e dos processos da escola e algumas convicções sobre modos de atuação nas instituição.

As representações sobre escola ― sobretudo escola pública ― que circulam entre as pessoas, diretamente ou através de veículos de comunicação, associam-na a um lugar com inúmeros problemas, entre eles os relacionados aos livros didáticos, à formação dos professores, às condições de salário e trabalho, e outros obstáculos que vão surgindono decorrer. Parece que não há saída, que os problemas são insolúveis, no entanto, os educadores percebem que a escola é parte da sociedade, é integrante da lógica e da dinâmica sociais, e que suas dificuldades não se resolvem com medidas pontuais, compreendem, porém que seu compromisso mais direto é com esse espaço e que é nele que devem investir seus esforços de transformação.

No Brasil e no mundo, a atual política educacional, traduzida nas normativas, nas referências oficiais de conteúdos escolares e nas reformas do sistema, encaminha a questão da formação do educador e de sua prática com base na concepção de profissional reflexivo, de formação contínua, de formação na escola, de valorização dos saberes práticos do mesmo. Essa mesma política também cobra competências em termos de eficiência, de resultados traduzidos em indicadores das avaliações, a partir de parâmetros/padrões nacionalmente definidos ― pelo poder regulador do Estado. De alguma maneira, consciente ou inconscientemente, o trabalho do professor está ligado a um projeto de formação, a um projeto de sociedade, a um projeto de humanidade. Assumir a autonomia do trabalho e refletir coletivamente sobre suas possibilidades é um ponto básico para intervir nas condições de trabalho.

CONCLUSÃO

Tomando como base alguns indícios da prátic , percebe-se que muitos professores têm procurado ser inovadores, variando métodos, procedimentos e linguagens, desenvolvendo aulas em espaços não convencionais, praticando a interdisciplinaridade, utilizando diferentes recursos de forma mais contextualizada com o mundo do aluno, superando o formalismo e a abordagem excessivamente teórica. As inovações se manifestam também na prática de avaliações mais qualitativas e formativas e na busca de um relacionamento mais negociado e dialógico com os alunos, bem como na busca de formação continuada e de melhores condições de trabalho. No entanto, ainda predominam práticas tradicionais passar atividades do livro e “dar visto” nas atividades, pedir leitura de trechos do livro didático usado de modo acrítico e reprodutivo, explicar conteúdos como se fossem verdades inquestionáveis a serem reproduzidas, realizar atividades envolvendo recursos tecnológicos e outras. Pelos estudos realizados, percebe-se que muitos educadores estão comprometidos com um projeto de formação e têm convicção da importância da Geografia escolar para essa formação e expectativa de que seu trabalho contribua para mudar a vida dos seus educadores . Por outro lado, eles têm consciência dos limites de seu trabalho, onde superar esses limites depende de uma série de fatores, entre os quais se destaca a condição de trabalho e de formação. Com efeito,

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