Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

As Teorias de Desenvolvimento

Por:   •  15/12/2018  •  3.534 Palavras (15 Páginas)  •  297 Visualizações

Página 1 de 15

...

Com base no texto de Celso Furtado verifica-se que ele traz suas significativas contribuições relacionadas a economia política do desenvolvimento Latino americano, sendo ele alguém muito comprometido com a luta pela superação da dependência e da democratização Latino-americana.

O autor em apreço tinha o objetivo de entender as mazelas do subdesenvolvimento na América Latina, as possibilidades de superação e reformar o capitalismo. Desse modo Celso Furtado e outros autores intelectuais vinculados à Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), sentia a necessidade de interpretar e analisar o processo econômico dos países centrais (periféricos) levando em consideração as características históricas de formação social dessas economias.

Sendo assim, realizam uma análise periférica, considerando suas diferenças e suas distintas formas de se inserir no sistema capitalista global. Os autores se apoderaram de diferentes determinantes teóricos como: o Marxismo, Keynesianismo, Estruturalismo para dar existência a um método estruturalismo histórico e um conjunto de conceitos e categorias analíticas como relações centro-periferia, subdesenvolvimento, heterogeneidade estrutural, padrões de desenvolvimento desigual para servir de base para uma consistente construção analítica

O autor busca entender porque o Brasil é tão atrasado, sendo que é um país que possui tanta riqueza e recursos, sendo assim pode-se dizer que a apropriação desigual da riqueza é algo que está totalmente ligado a mais valia absoluta e relativa inerente a exploração da força de trabalho pois, a riqueza é gerada da matéria prima e se acumula a partir da detenção do poder, ou seja, de quem possui os meios de produção e sobre tudo da força de trabalho.

De acordo com o que foi exposto, pode-se dizer que o autor Celso Furtado trouxe uma vasta contribuição teórica de intervenção a partir da análise sobre o Brasil e a América Latina. Sendo que é relevante mencionar que os países não estão na mesma condição pois a realidade é totalmente antagônica na medida em que há países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Dessa forma parte da explicação para reprodução do subdesenvolvimento pode ser encontrada nas relações desiguais entre o centro e a periferia.

Furtado, destaca como componente na interpretação do subdesenvolvimento a dimensão cultural. Cabe ressaltar, que existe uma relação de dependência histórica e cultural, porém isso está agregado desde quando fomos colonizados, reproduzindo formas de pensar, agir e de nos portarmos em determinadas situações, muitas vezes reforçando o chamado “jeitinho brasileiro”. Mas o autor concede importância à dimensão cultural como fator decisivo na mudança social, ou seja, no processo de desenvolvimento. Dessa forma crescimento econômico não é capaz de gerar desenvolvimento sozinho se este não tiver o acompanhamento de uma mudança no âmbito dos valores e da cultura.

No texto sobre a teoria de desenvolvimento percebe-se que a mesma surgiu com o objetivo de identificar os grandes obstáculos que surgiram com a modernidade e a industrialização, porém a mesma entrou em crise, e em consequência disso surgiu a teoria da dependência.

A teoria da dependência surgiu na tentativa de explicar o desenvolvimento socioeconômico, a partir da fase de industrialização. Ela relaciona a economia dos países centrais e os países periféricos, na qual os países centrais obtêm o centro da economia mundial e os países periféricos ficam dependentes da economia dos países centrais, e com ela surgiram duas correntes teóricas, a Weberiana e a Marxista.

A visão Weberiana da dependência tem seu surgimento com uma crítica a Teoria da Desenvolvimento. Sendo que Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto trazem suas teorias em relação às importações e projeto. Em suas concepções sobre o desenvolvimento econômico nos países periféricos dependia do sistema produtivo, sendo que os problemas sociais não teriam uma solução efetiva e sua liberdade sobre a política e a economia. Contudo a modernidade caminhava a passos lentos, deixando o tradicional entrar em um processo de característico dos países desenvolvidos. Houve tentativa da integração social das classes e grupos condicionantes preparando uma análise. Visto que o processo de modernização, teve fatores externos e internos que levaram a sua aplicação. O interesse material tem como característica o surgimento socioeconômico, sendo que com os grupos e classes o interesse também se mostrar como dominação. A política compõe o processo econômico como processos sociais.

A formação as classes se apresenta como dominantes e dominadas e submissão da periferia deixa claro que os grupos externos demonstravam interesse como a dominação, e assim as classes ficam visível a sua divisão. Assumindo assim, um papel importante na política. O desenvolvimento seria concentrado, onde o Estado tendo uma gestão contraditória com os agentes internacionais. A burguesia teve como fator a transferência para o capital externo, liderando os produtores de bens primários e de consumo não-duráveis. A distribuição de renda não é feita como deveria visto que a precarização na distribuição de renda onde o trabalho é oferecido valores abaixo de sua mão de obra, mais o trabalho é se apresenta como forte detentor de capital e exploração da classe trabalhadora.

A teoria Marxista refere –se a super exploração da força de trabalho e relações desiguais entre a classe burguesa e a do proletariado, ou seja, os exploradores e explorados. O desenvolvimento do capital é baseado na exploração absoluta e na exploração relativa, na qual a mais –valia absoluta consiste na intensificação do ritmo de trabalho, aumentando a jornada de trabalho dos trabalhadores, com objetivo de aumentar a produção e o acumulo do capital. E a mais-valia relativa é referente ao avanço cientifico, ou seja, o aumento da produção por meios tecnológicos para acelerar o processo de produção e aumentar a quantidade de mercadoria produzida, no qual os trabalhadores passam a ser substituídos pelas maquinas tecnológicas, resultando na melhoria de processo de trabalho e aumentando a produção em tempo mínimo.

Portanto, o subdesenvolvimento em que o autor Mauro Marine se relaciona é exatamente a ausência de desenvolvimento, pois o que ocorre é a relação de subordinação entre as nações, no qual os países centrais dominam economicamente os países periféricos. E isso resulta no uso de nossos territórios e de nossas economias para expansão do mercado exterior, na apropriação dos nossos recursos naturais para acumulação do

...

Baixar como  txt (23.8 Kb)   pdf (71.7 Kb)   docx (21.3 Kb)  
Continuar por mais 14 páginas »
Disponível apenas no Essays.club