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As Teorias de Desenvolvimento

Por:   •  15/12/2018  •  3.534 Palavras (15 Páginas)  •  255 Visualizações

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Com base no texto de Celso Furtado verifica-se que ele traz suas significativas contribuições relacionadas a economia política do desenvolvimento Latino americano, sendo ele alguém muito comprometido com a luta pela superação da dependência e da democratização Latino-americana.

O autor em apreço tinha o objetivo de entender as mazelas do subdesenvolvimento na América Latina, as possibilidades de superação e reformar o capitalismo. Desse modo Celso Furtado e outros autores intelectuais vinculados à Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), sentia a necessidade de interpretar e analisar o processo econômico dos países centrais (periféricos) levando em consideração as características históricas de formação social dessas economias.

Sendo assim, realizam uma análise periférica, considerando suas diferenças e suas distintas formas de se inserir no sistema capitalista global. Os autores se apoderaram de diferentes determinantes teóricos como: o Marxismo, Keynesianismo, Estruturalismo para dar existência a um método estruturalismo histórico e um conjunto de conceitos e categorias analíticas como relações centro-periferia, subdesenvolvimento, heterogeneidade estrutural, padrões de desenvolvimento desigual para servir de base para uma consistente construção analítica

O autor busca entender porque o Brasil é tão atrasado, sendo que é um país que possui tanta riqueza e recursos, sendo assim pode-se dizer que a apropriação desigual da riqueza é algo que está totalmente ligado a mais valia absoluta e relativa inerente a exploração da força de trabalho pois, a riqueza é gerada da matéria prima e se acumula a partir da detenção do poder, ou seja, de quem possui os meios de produção e sobre tudo da força de trabalho.

De acordo com o que foi exposto, pode-se dizer que o autor Celso Furtado trouxe uma vasta contribuição teórica de intervenção a partir da análise sobre o Brasil e a América Latina. Sendo que é relevante mencionar que os países não estão na mesma condição pois a realidade é totalmente antagônica na medida em que há países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Dessa forma parte da explicação para reprodução do subdesenvolvimento pode ser encontrada nas relações desiguais entre o centro e a periferia.

Furtado, destaca como componente na interpretação do subdesenvolvimento a dimensão cultural. Cabe ressaltar, que existe uma relação de dependência histórica e cultural, porém isso está agregado desde quando fomos colonizados, reproduzindo formas de pensar, agir e de nos portarmos em determinadas situações, muitas vezes reforçando o chamado “jeitinho brasileiro”. Mas o autor concede importância à dimensão cultural como fator decisivo na mudança social, ou seja, no processo de desenvolvimento. Dessa forma crescimento econômico não é capaz de gerar desenvolvimento sozinho se este não tiver o acompanhamento de uma mudança no âmbito dos valores e da cultura.

No texto sobre a teoria de desenvolvimento percebe-se que a mesma surgiu com o objetivo de identificar os grandes obstáculos que surgiram com a modernidade e a industrialização, porém a mesma entrou em crise, e em consequência disso surgiu a teoria da dependência.

A teoria da dependência surgiu na tentativa de explicar o desenvolvimento socioeconômico, a partir da fase de industrialização. Ela relaciona a economia dos países centrais e os países periféricos, na qual os países centrais obtêm o centro da economia mundial e os países periféricos ficam dependentes da economia dos países centrais, e com ela surgiram duas correntes teóricas, a Weberiana e a Marxista.

A visão Weberiana da dependência tem seu surgimento com uma crítica a Teoria da Desenvolvimento. Sendo que Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto trazem suas teorias em relação às importações e projeto. Em suas concepções sobre o desenvolvimento econômico nos países periféricos dependia do sistema produtivo, sendo que os problemas sociais não teriam uma solução efetiva e sua liberdade sobre a política e a economia. Contudo a modernidade caminhava a passos lentos, deixando o tradicional entrar em um processo de característico dos países desenvolvidos. Houve tentativa da integração social das classes e grupos condicionantes preparando uma análise. Visto que o processo de modernização, teve fatores externos e internos que levaram a sua aplicação. O interesse material tem como característica o surgimento socioeconômico, sendo que com os grupos e classes o interesse também se mostrar como dominação. A política compõe o processo econômico como processos sociais.

A formação as classes se apresenta como dominantes e dominadas e submissão da periferia deixa claro que os grupos externos demonstravam interesse como a dominação, e assim as classes ficam visível a sua divisão. Assumindo assim, um papel importante na política. O desenvolvimento seria concentrado, onde o Estado tendo uma gestão contraditória com os agentes internacionais. A burguesia teve como fator a transferência para o capital externo, liderando os produtores de bens primários e de consumo não-duráveis. A distribuição de renda não é feita como deveria visto que a precarização na distribuição de renda onde o trabalho é oferecido valores abaixo de sua mão de obra, mais o trabalho é se apresenta como forte detentor de capital e exploração da classe trabalhadora.

A teoria Marxista refere –se a super exploração da força de trabalho e relações desiguais entre a classe burguesa e a do proletariado, ou seja, os exploradores e explorados. O desenvolvimento do capital é baseado na exploração absoluta e na exploração relativa, na qual a mais –valia absoluta consiste na intensificação do ritmo de trabalho, aumentando a jornada de trabalho dos trabalhadores, com objetivo de aumentar a produção e o acumulo do capital. E a mais-valia relativa é referente ao avanço cientifico, ou seja, o aumento da produção por meios tecnológicos para acelerar o processo de produção e aumentar a quantidade de mercadoria produzida, no qual os trabalhadores passam a ser substituídos pelas maquinas tecnológicas, resultando na melhoria de processo de trabalho e aumentando a produção em tempo mínimo.

Portanto, o subdesenvolvimento em que o autor Mauro Marine se relaciona é exatamente a ausência de desenvolvimento, pois o que ocorre é a relação de subordinação entre as nações, no qual os países centrais dominam economicamente os países periféricos. E isso resulta no uso de nossos territórios e de nossas economias para expansão do mercado exterior, na apropriação dos nossos recursos naturais para acumulação do

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