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TEORIAS DA PSCICOLOGIA DA EDUCAÇÃOE SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA OPROCESSO DE DESENVOLVIMENTO EAPRENDIZAGEM DA CRIANÇA

Por:   •  13/12/2017  •  2.864 Palavras (12 Páginas)  •  390 Visualizações

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A perspectiva Psicanalítica é responsável pelo estudo do inconsciente, que seria o responsável pelas forças que motivam o comportamento humano. Seu principal representante e criador da Psicanálise foi Sigmund Freud (1856-1939), que tinha o objetivo, por meio da abordagem terapêutica, de fazer o paciente compreender os conflitos emocionais inconscientes (NASIO, 1995).

Para explicar o desenvolvimento humano a partir dos atributos da Psicanálise, Freud apresenta algumas fases do seu chamado Desenvolvimento

Psicossexual. Acreditava que a personalidade do sujeito era formada nos primeiros anos de vida, momento em que conflitos inconscientes emergem na vida da criança. Esses conflitos ocorrem entre seus impulsos biológicos inatos e as exigências da sociedade em que ele está inserido (GRIGGS, 2009).

São cinco as fases apresentadas pelo autor, fase oral (do nascimento aos 12-18 meses), fase anal (12-18 meses aos 3 anos), fase fálica (3 a 6 anos), fase de latência (6 anos até puberdade), e a fase genital (puberdade até fase adulta). Dentre estas, as três primeiras eram consideradas cruciais para o desenvolvimento da personalidade humana. Cruciais porque neste momento é essencial que a criança receba gratificações adequadas, pois ao receber pouca ou excessiva gratificação há a possibilidade de desenvolver uma fixação na fase correspondente. Esta fixação é compreendida como uma interrupção no desenvolvimento que pode aparecer na personalidade adulta.

- TEORIA BEHAVIORISTA

O behaviorismo defendia a ideia de que todo o conhecimento provem de experiências que a pessoa passou. Portanto o seu objeto de estudo é o comportamento, ou seja, a ou as reações ou respostas de um individuo frente a um estímulo (BAUN, 1999).

Segundo Baun (1999), essa teoria parte do princípio de que o ambiente e as experiências que a pessoa vivência é que são fatores determinantes do comportamento humano. Portanto o desenvolvimento seria o resultado das múltiplas aprendizagens acumuladas durante a vida. Segundo está teoria a criança nasce sem nenhum conhecimento, é como se ela fosse uma folha em branco, com o passar dos anos e as experiências vividas ela passa a escrever sua história, que vai refletir em seus comportamentos.

Desta forma o comportamento pode ser moldado por estímulos. No que tange à aprendizagem, Skinner considerava que respostas que são recompensadas, ou seja, reforçadas, serão aprendidas, ao contrário, respostas

que não são reforçadas vão desaparecer. Duas contingências operantes na teoria de Skinner são o Reforço Positivo e o Reforço negativo. No Reforço positivo há a apresentação de um estímulo agradável após a emissão de um comportamento tido como desejável. Com isso, aumenta-se a frequência deste comportamento desejável. Já no Reforço Negativo ocorre a remoção de um evento desagradável após o comportamento desejado, assim como o primeiro, este tem o objetivo de aumentar a frequência do comportamento, porém não é tão simples de ser compreendido (SHAFFER, 2005).

Assim, por exemplo, se uma criança pequena, ao ceder um brinquedo para a outra, é elogiada e beijada pela mãe ou pela professora, sua tendência será repetir esse comportamento, demonstrando ter aprendido uma conduta socialmente aceita. Da mesma forma, se outra criança faz uma birra chorando e esperneando e o adulto tira o brinquedo dela e zanga com ela, ela vai aprender que esse tipo de comportamento é algo ruim e que não deve ser feito.

As consequências dessa teoria para a educação é de que o reforço dado pelas notas, pontos positivos, a distribuição de prêmios para os alunos considerados exemplares, são princípios decorrentes dessa abordagem.Essa teoria entende que o professor detém o conhecimento e deve repassá-lo de deforma que o aluno, por repetição e acumulação, venha a assimilá-lo. Essa teoria confunde aprendizagem com o desenvolvimento e elege como fator determinante do desenvolvimento humano as experiências acumuladas durante a vida (GRIGGS, 2009).

Pode- se dizer que na teoria comportamentalista o ambiente de origem do aluno é que traz os requisitos indispensáveis ao processo de aprendizagem. Essas teorias valorizam o ambiente como principal responsável pelo seu sucesso ou fracasso na escola. A grande contribuição dessa teoria é que ela permitiu a medida e a avaliação do comportamento humano, o que foi muito importante para a criação do método científico que é utilizado atualmente para as pesquisas nas diversas áreas do conhecimento humano (SHAFFER, 2005).

2.2 TEORIA DO INATISMO

O inatismo é uma corrente subjetivista que prega que o indivíduo ao nascer, vem equipado com capacidade, aptidões e possibilidades que irão amadurecendo ao longo de sua transformação até a fase adulta (GOULART, 2010).

Segundo Goulart (2010), para os inatistas o desenvolvimento humano é resultado de estruturas orgânicas, e o papel do ambiente são de apenas modelar o desenvolvimento. Entre os defensores do inatismo estão Carl Rogers e Noam Chomsky, este último propõe que o sistema nervoso humano contém mecanismos inatos que possibilitam a criança a construir as regras de sua linguagem, enquanto Rogers propõe que o aluno é um indivíduo que nasce com grandes possibilidades de desenvolvimento. O professor deverá acreditar nas possibilidades do aluno e proporcionar-lhes um clima de liberdade para que este possa realizar-se.

Portanto essa teoria é baseada na crença de que as características e capacidades básicas de cada ser humano (personalidade, valores, comportamentos, formas de pensar, etc) eram inatas e já estariam praticamente prontas no momento do nascimento (CARRARA,2007).

No inatismo entende-se que os alunos irão amadurecer naturalmente, portanto a responsabilidade recai sobre a criança e no máximo sobre sua família e não na relação com o contexto social mais amplo, nem tão pouco na própria dinâmica interna da escola. Neste caso, o papel do professor fica restrito, pois a herança genética é vista como o fator preponderante para o desenvolvimento humano, aí cabe ao professor apenas deixar aflorar o que os alunos já trazem em seu código genético, de forma que qualquer esforço para ensinar seria em vão.

Segundo Carrara (2007), para os educadores adeptos do inatismo, a educação constitui um processo de dentro para fora. Para o professor é mais importante permitir o desenvolvimento do que apresentar conteúdos. Portanto ela ignora a influência da cultura e, consequentemente o desempenho da criança na escola deixa

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