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A Participação feminina no mercado de trabalho

Por:   •  13/12/2018  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  294 Visualizações

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DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

A principal característica abordada pela maioria das análises do mercado de trabalho abordando as diferenças entre homens e mulheres, é em relação a disparidade de rendimentos entre os gêneros. Conforme dados do IBGE (2012, apud CIRIBELI ET. AL., 2017) a remuneração pelo trabalho das mulheres continua inferior à dos homens em aproximadamente 28%. Além de receber melhor remuneração por hora, eles tendem a cumprir uma jornada maior de trabalho, e este acréscimo de horas extraordinárias amplia as diferenças remuneratórias.

Entretanto este não é o único fator de discriminação do trabalho feminino, Leone E. T. e Baltar, P. (2008), citados em Kubrusly (2015) que analisaram as tendências recentes do mercado de trabalho apontam que a segregação das mulheres no mercado de trabalho continua forte e que as diferenças de rendimento entre homens e mulheres são maiores para níveis de instrução mais elevados.

Mais recentemente, Lavinas, L. Cordilha, A. C. (2014), estudando assimetrias no mercado de trabalho, estabeleceram um modelo relacionando diferenciais de renda, de horas trabalhadas e de permanência no emprego, com diversos fatores econômicos. Outro trabalho na área realizado por Lavinas, L. Cordilha, A. C. (2014, apud KUBRUSLY, 2015), mostrou que o mercado de trabalho é mais receptivo para mulheres quando os salários são mais baixos, mas que, por outro lado, os diferenciais de salários entre homens e mulheres são reduzidos quando há maior estabilidade no emprego.

Kubrusly (2015) ao analisar a razão M(Mulheres)/H(Homens) notou, que no período de 2002 a 20112, houve aumento das taxas de Desocupação, em 2002 era de 1,57 e em 2012 chegou a 1,78 vezes maior para as mulheres em relação aos homens. Outra marcante diferença desfavorável às mulheres, observada pelo mesmo autor, ocorreu na proporção do Trabalho Não Remunerado que em 2002 apresentou M/H = 1,72 e em 2012 a mesma razão chegou a 2,28.

Kubrusly (2015) lembra ainda que, no que se refere à média dos anos de estudo, as mulheres estão ligeiramente na frente e que portanto as diferenças observadas não podem ser explicadas pelo grau de instrução.

Por fim, como o estudo foi direcionado para anos de forte crescimento econômico, Kubrusly (2015) conclui que este crescimento não foi capaz de minimizar as diferenças no mercado de trabalho entre gêneros e acrescenta que as políticas usuais de desenvolvimento para o mercado de trabalho não são suficientes para igualar as condições de trabalhadoras e de trabalhadores no Brasil.

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CONCLUSÃO

Através deste trabalho procurou-se demonstrar a evolução do trabalho feminino no decorrer da história recente e as mudanças na sociedade que permitiram à mulher, aos poucos, conquistar algumas melhorias na sua condição de trabalhadora.

Entretanto, resta latente que ainda a um longo caminho a percorrer até se atingir à igualdade de condição entre homens e mulheres e muitos paradigmas a serem quebrados, principalmente quanto a remuneração e área de atuação, uma vez que as mulheres só conseguem remuneração parecida com as dos homens em atividades menos remuneradas.

Procurou-se demonstrar que as conquistas femininas são lentas e que as políticas adotadas no sentido de buscar esta igualdade ainda são insuficientes para que o direito constitucional das mulheres seja atingido.

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BIBLIOGRAFIA

CIRIBELI, João Paulo; LOPES, Wagner Alexandre da Silva; PIRES, Vanessa Aparecida Vieira e MASSADI, Wellington de Oliveira. A Inserção Da Mulher No Mercado De Trabalho: diferenças de gênero sobre as atividades desempenhadas no setor de produção. Disponível em: . Acesso em: 27 maio de 2017.

CIRINO, Jader Fernandes e LIMA, João Eustáquio. Participação Feminina No Mercado De Trabalho: uma análise de decomposição para o Brasil e a região metropolitana de Belo Horizonte. Disponível em: . Acesso em: 27 maio de 2017.

KUBRUSLY, Lucia Silva. Mulheres e Homens no Mercado de Trabalho Brasileiro. UFRJ, Instituto de Economia, Texto para Discussão, Rio de Janeiro, 2015.

MOREIRA, Gustavo Carvalho e CIRINO, Jader Fernandes. Participação Feminina No Mercado De Trabalho: uma análise de decomposição para as regiões Nordeste e Sudeste. Disponível em: . Acesso em: 27 maio de 2017.

MOURÃO, Tânia M. Fontenele. Mulheres No Topo De Carreira: Flexibilidade e Persistência. Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Brasília, 2006.

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