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MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO DO BRASIL RESUMO

Por:   •  11/1/2018  •  1.592 Palavras (7 Páginas)  •  485 Visualizações

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O que nos leva também a retratar um momente obscuroda realidade feminina, as que não tinham a sorte de ter uma marido que sustentasse a casa, além de cuidar do lar e dos filhos, tinha de trabalhar de forma abusiva, em que a carga horária era pesada variando de 10hrs a 14 hrs diária, com um salário muito baixo.

De modo geral, um grande número de mulheres trabalhavam nas indústrias de fiação, tecelagem, que possuiam pouca mecanização. Elas estavam ausentes de setores como metalurgia, calçados e mobiliário, ocupados pelos homens. Em 1984 dos 5019 operários empregados nos estabelecimentos e indústrias localizados na cidade de São Paulo, 840 eram do sexo feminino e 710 eram menores, correspondendo a 16,74% e 14,15%, respectivamente do total do proletariado paulistano. Na indústria têxtil, encontravam-se 569 mulheres, o que equivalia a 67,62% da mão de obra feminina empregada nesses estabelecimentos fabris. Nas confecções, havia aproximadamente 137 mulheres. Já em 1910 um dos primeiros levantamentos sobre a situação da indústria no Estado de São Paulo constatou-se que as mulheres representavam cerca de 50% do operariado têxtil.(PRIORE, 2004 p. 580 e 581).

No local de trabalho, muitas delas sofriam assédio sexual, pelos seus superiores, falta de higiene nas fábricas e muitas das vezes, almoçavam entre as máquinas, devido a isso, as operárias anarquistas tentavam mostrar que poderiam ser ou até estar no meio operário e também no meio da política. Elas queriam fazer uma manifestação para organizarem os sindicatos das costureiras e das confecções e quebrar a discriminação sexual, assim lutando para terem os mesmo direitos e condições de igualdade que os homens, por isso elas tinham o desejo de iniciar a manifestação, para passarem a ter a relação de poderes, como nas escolas, fábricas ou até mesmo no seu próprio lar.

Trabalhar fora de casa era uma conquista relativamente recente das mulheres na época, ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida era motivo de orgulho.

Devemos demonstrar,enfim, que somos capazes de exigir o que nos pertence, e se todas forem solidárias, se todas nos acompanhassem nessa luta, se nos derem ouvidos, nós começaremos a desmacarar a cupidez dos patrões sanguinolentos. (PRIORE, 2004, P.596).

Até antes da famosa revolução feminista na década de 60, as mulheres tinham um papel pré formado de trabalho doméstico e maternidade. Porém a partir da revolução, as mulheres tomaram a iniciativa de lutar por seus direitos.

Calili (2007, p.86) entende que:

Se, antigamente, o espaço doméstico era o lugar privativo da mulher, e os afazeres domésticos, sua obrigação, com a saída da mulher para o mercado de trabalho isto nada ou pouco mudou: na esmagadora maioria dos lares, o espaço doméstico e seus afazeres continuam sendo obrigação da mulher.

Mesmo com a iniciativa das mulheres lutarem pelos seus direitos, elas não puderam largar os afazeres domésticos, pois acima de tudo elas possuem perante a sociedade a obrigação de cuidarem de seus lares e famílias.

2. O Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, tem origem nas manifestaçoes feministas por melhores condições de trabalho e direito ao voto, no início do século XX, na Europa e nos Estados Unidos. A idéia da criação dessa data foi proposta na virada do século XIX a XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial, quando ocorre a incorporação em grande escala da mão de obra feminina na indústria.

Muitos outros protestos ocorreram nos anos seguintes, destacando-se o de 1908, quando 15.000 mulheres marcharam sobre a cidade de Nova Iorque, exigindo a redução da carga horária de trabalho, melhores salários e direito ao voto. No ano seguinte, O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Aústria, Dinamarca, Alemanha e Suiça. Em 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist matou 146 trabalhadores, em sua maioria costureiras .

O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da cidade de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Evan Alterman Blay, socióloga e ex-senadora e militante dos direitos femininos, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle tenha incorporado ao imaginário coletivo, como sendo o fato que deu origem ao Dia Internacional da Mulher.

A data foi adotada pelas Nações Unidas em 1975, para lembrar tanto as conquistas sociais, políticas e ecônomicas das mulheres como as discriminações e violências a que muitas delas ainda estão sujeitas pelo mundo e em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, ecônomicas e políticas das mulheres.

2.1 Repercussões dessa data no Brasil

O Dia Internacional da Mulher faz pensar sobre o seu papel na sociedade e rever os conceitos, conquistas pessoais e profissionais. Algumas mulheres no mercado de trabalho apontaram novos caminhos, tiveram novos conceitos e provaram

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