Inserção do Negro no Mercado de Trabalho
Por: eduardamaia17 • 8/10/2017 • 7.016 Palavras (29 Páginas) • 596 Visualizações
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Durante as viagens, o período de duração poderia chegar até quatro meses, e muitos escravos não resistiam, com frequência, só chegavam vivos ao destino metade dos que haviam embarcados.
Quando os navios se aproximavam ao local de desembarque, os negros recebiam mais alimentos e água e mais tempo ao ar livre, para que as suas condições físicas melhorassem e pudesse obter, por eles, um melhor preço no mercado dos escravos.
Assim que desembarcavam, era levado em armazéns, para ser vendido, o preço das “peças”, como era chamado, variavam conforme as condições físicas – idade, sexo, peso.
Durante o dia, eles trabalhavam incansavelmente, até o seu último esforço físico, além de serem sempre violentados. E noite, os negros cativos eram recolhidos e trancados nas senzalas.
A partir da segunda metade do século XVIII, O governo inglês, então, começou a exigir de todos os países o fim do tráfico de escravos; dessa forma, esperava que os escravos fossem substituídos por mão-de-obra assalariada, que podia comprar o bem de consumo lançados no mercado pelas fábricas inglesas.
Durante muito tempo, entretanto, o governo português fez o que pode para evitar uma medida definitiva no sentido de por fim à escravidão.
Em 1845, o Parlamento inglês aprovou a lei Bill Aberdeen, que autorizava a Marinha de Guerra inglesa a aprisionar navios negreiros.
Perante uma medida tão dura, não era mais possível de adiar: em 4 de setembro de 1850, o ministro da Justiça, Eusébio de Queirós, decretou a lei que extinguiu o tráfico de escravos para o Brasil.
Outra lei aprovada em setembro de 1871 foi a Lei do Rio Branco, mais conhecida com Lei do Ventre Livre, que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data.
Finalmente, no dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel declarou extinta a escravidão no Brasil, assinando a Lei Áurea. Havia, nesse momento, cerca de 700 mil escravos no país.
E, no segundo capítulo, é tratado do tema sobre a qualidade do trabalho escravo, onde devido ao excesso de trabalho, a má alimentação, as condições de higiene, os consecutivos castigos e outros fatores acabavam rapidamente afetando a saúde dos escravos, por essa razão a média de vida era de aproximadamente sete a dez anos de trabalho.
Os escravos nunca poderiam desobedecer às ordens de seus senhores, senão sofreriam castigos cruéis como chicotadas em praça pública, queimaduras pelo corpo com ferro em brasa, e vários outros.
Os negros sempre procuravam meios de se rebelar contra a brutalidade com que eram tratados com fugas, e assim foram criados os Quilombos, que eram grupos formados por negros que fugiram de seus senhores, com a finalidade para se tornar livres.
E por fim, o último parágrafo é retratado com os negros são vistos pela sociedade de hoje onde a maioria dos trabalhos realizados revela a permanência das condições desfavoráveis de vida da população negra, com dificuldades de inserção e permanência em instituições de várias naturezas.
O mercado de trabalho é, neste sentido, pouco privilegiado para análise das desigualdades raciais que podemos observar na sociedade brasileira.
No dia 5 de junho de 2012, o IBGE divulgou novas informações, que comprovam a situação de precariedade de inserção e permanência de afrodescendentes no mercado de trabalho nas principais regiões metropolitanas do Brasil. Segundo os dados apresentados, a renda média de um trabalhador não negro é 105% superior a de um trabalhador negro. O desemprego entre o grupo dos afrodescendentes é de 15%, contra 11% entre os trabalhadores brancos.
Com todos esses dados, podemos concluir que há ainda um avanço muito grande para sanar este problema, a diminuição, do preconceito, em primeiro lugar, é prescindível para os negros serem inseridos com totalidade e também com qualidade na profissão no tão concorrido mercado de trabalho.
PALAVRAS - CHAVE: Inclusão. Preconceito. Desafio. Diferenças. Discriminação.
CAPÍTULO 1- Trabalho Escravo
1880 a 1935, período histórico que houve mudanças e várias transformações no continente africano. Mais precisamente, as mudanças mais importantes e as mais trágicas, ocorreram num lapso de tempo bem mais curto, de 1880 à 1910, momento marcado pela conquista e ocupação de quase todo o continente africano pelas potências imperialistas e, depois, pela instauração do sistema colonial.
Posteriormente a 1910 caracteriza-se pela consolidação e exploração do sistema.
Os imperialistas visavam explorar economicamente o continente e a adaptá-lo a nova divisão internacional do trabalho como região periférica e subordinada.
Toda a riqueza produzida com o atendimento da demanda de matérias-primas, minerais e gêneros tropicais do novo modelo da sociedade fabril, monopolista e urbanizada devia ser acumulada na metrópole para garantir lucro, custo de produção além de reservas que possibilitam a liberdade de ação e produção das potências imperialistas.
Para isso foi necessário uma reorganização total da sociedade, desde a produção até o território.
A superioridade dos imperialistas em armamentos e meios de locomoção proporcionalmente pela tecnologia garantia a vitória na repressão a resistências e nas guerras, com isso as relações foram marcadas pelas violências físicas e simbólicas durante cada passo de novos territórios conquistados.
O aumento das plantações de cana-de-açúcar, no conjunto das Ilhas Mascarenhas, após terem se tornado colônias francesas no inicio do século XVIII, que o interesse pelas fontes de mão-de-obra escrava na costa oriental africana tornou-se efetivo.
Um outro processo que foi decorrente, foi a internacionalização no continente, um modo visto pela escravidão moderna, para atender toda a demanda do comércio legítimo das novas fabricações dos produtos.
1.1 A economia mundial com o tráfico dos escravos
Ao fazer uma avaliação do significado da expansão portuguesa ao atingir o litoral da África nos séculos XV e XVI, percebe-se que o exemplo que o português mostrou para a Europa que o valor da África, naquele momento, não estava somente ligado ao ouro ou ao comércio de especiarias, ou, ainda, à possibilidades de expandir o cristianismo.
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