A Educação Inclusiva
Por: Hugo.bassi • 27/2/2018 • 4.266 Palavras (18 Páginas) • 395 Visualizações
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Para comprovação do tema, pretende-se através da realização de uma pesquisa bibliográfica qualitativa e de uma restrita observação no ambiente recreativo de algumas escolas que já oferecem uma educação inclusiva, estimular e proporcionar aos educadores , pais e sociedade uma reflexão criteriosa sobre o ato de brincar. Com a realização desta pesquisa em função de apresentar subsídios capazes de conscientização, no ramo educacional, almeja-se que pais, educadores, gestores e demais envolvidos no processo da educação inclusiva reflitam sobre a real importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento , aprendizado e socialização da criança especial.
- EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A inclusão de crianças portadores de necessidades especiais no ensino regular vem sendo abordada a partir de perspectivas também especiais, dentre elas os direitos das crianças e o exercicio da cidadania e o respeito as diferenças individuais. O sistema educacional brasileiro defende uma educação com equidade e qualidade para todos por meio de uma escola totalmente heterogênea, pluralista e acolhedora, sem recriminar as diferenças que nela possa surgir. A verdadeira educação inclusiva, acredita em um currículo multicultural onde envolve o preparo das escolas para receber os alunos com necessidades especiais revendo e reformulando o pedagógico, o espaço físico, capacitando professores e oferecendo recursos didáticos eficazes.
A educação inclusiva não é só uma expressão para designar a integração dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais no ambiente regular. Incluir, é atender os alunos na sua totalidade, oferecendo uma educação em um ambiente agradável, com professores capacidades, com material adequado e recursos variáveis. Para SASSAKI (2003), o processo de inclusão é um processo bilateral on qual as pesssoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. Neste contexto, a política de inclusão não consiste apenas na permanência fisica dos alunos com necessidades especiais junto aos demais educandos, mas representa a ousadia e a responsabilidade de rever concepções e paradigmas educacionais com o objeivo amplo de ofercer uma educação de qualidade com a capacidade de desenvolver o potencial de todos os alunos respeitando as suas diferenças e atendendo das suas necessidades.
Desde a antiguidade até os dias atuais, toda a sociedade demonstra dificuldades em lidar com as diferenças entre as pessoas e por consequência , de aceitar as deficiências apontadas. Ao longo do percurso da história da educação especial, ocorreu a substituição da cultura segregacionista para uma cultura integradora, o que provocou e tem provocado a superação das antigas concepções , então levando ao contexto atual da escola inclusiva. A questão da inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino insere-se no contexto das discussões, cada vez mais em evidência, relativas à integração de pessoas portadoras de deficiências enquanto cidadãos, com seus respectivos direitos e deveres de participação e contribuição social.
Inicialmente, incluir, de acordo o Dicionário Aurélio (1999, p. 1093), significa “tornar o meio o mais favorável possível”, contrariando o princípio da integração em que “as pessoas” devem se adaptar ao meio. A inclusão escolar vai muito além de palavras e idealizações. Trata-se de uma necessidade, uma vez que a educação por lei é para todos, independente da raça, cor, religião e capacidade de aprendizagem. Este último caracteriza o princípio básico da inclusão. E o que significa este pensar, no que diz respeito à prática educacional? Em primeiro lugar, significa reconhecer que, a exemplo do que diz a Declaração de Salamanca:
Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo e exercício dos direitos humanos. No campo da educação, tal se reflete no desenvolvimento de estratégias que procuram proporcionar uma equalização genuína de oportunidades. A experiência em muitos países demonstra que a integração de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais é mais eficazmente alcançada em escolas inclusivas que servem a todas as crianças de uma comunidade (UNESCO, 1994, p.61).
Incluir as crianças especiais em classes regulares, requer do professor uma força muita útil, quando este deve incorporar em suas aulas atividades com muita recreação para um envolvimento maior da criança com necessidade especial para aprendizagem. São considerados excluídos aqueles que não são abrangidos totalmente com dignidade pelos serviços e ações sociais do poder público, os que não exercem os seus direitos e deveres na sua totalidade. No ambiente escolar são considerados excluidos aqueles que devido a alguma diferença, se coloca na posição de portador de necessidade educacional especial.
2.1. O Jogo , a brincadeira e o brinquedo na educação inclusiva
Os jogos e as brincadeiras livres e dirigidas fazem parte do dia-a-dia nas aulas das crianças da educação inclusiva e são instrumentos muito importantes para que elas possam se relacionar uma com as outras e possam expressar diferentes sentimentos com aceitação do outro, o que gera desenvolvimento e aprendizagem. Na educação inclusiva as atividades lúdicas envolve a criança especial em meio as outras com total facilidade que o aprendizado vem em sequência didática sem muito esforço.
Por meio do envolvimento em atividades lúdicas, a criança adquire a capacidade de reproduzir muitas das suas situações vividas as quais são relacionadas pelo poder da sua imaginação e do uso do faz de conta imaginário. O desenvolvimento da criança se torna evolutivo, uma vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para um determinado tipo de conhecimento adquirindo assim a formação de conceitos.
As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas : a inteliência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. (NEGRINE,1994, p. 19).
Além de proporcinarem momentos prazerosos, o jogo e a brincadeira ajudam a criança a construir o seu conhecimento respeitando a sua individualidade e faz com que a criança ao participar, classifique, ordene, estruture e resolva pequenos
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