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Padrão de ocupação urbana

Por:   •  28/3/2018  •  1.454 Palavras (6 Páginas)  •  258 Visualizações

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Em contraponto, as ''cidades na floresta'' tem maiores dimensões e mantém relações com áreas externas a sua região, tendo assim pouca integração com a natureza que a cerca, sendo esta vista como espaço de exploração econômica de madeira, minérios, animais e turismo. Não são voltadas para o aspecto interno e são voltadas a uma realidade macrorregional. Tal aspecto se confirma quando tais cidades se tornam bases logísticas para relações econômicas entre regiões. essas também podem ser compreendidas como cidades empresas que podem ser instaladas para dar apoio a grandes projetos econômicos atendendo a grande demanda do mercado externo.

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Imagem XXXX: Exemplos de ''cidades na floresta'' (a) Manaus, (b) Presidente Figueiredo e (c) Manacapurú, Amazonas. Fonte: Google Earth.

As imagens mostram núcleos urbanos que a partir dos anos 1970 adotam nos eixos de circulação, as rodovias, como novos vetores de expansão.

Vicente del Rio define morfologia urbana da seguinte forma ''A Morfologia Urbana [...] estuda, o tecido urbano e seus elementos construídos formadores através de sua evolução, transformações, inter-relações e dos processos sociais que os geraram''.

No artigo ''As cidades da Natureza, a Natureza das cidades e o Controle do Território'' José Aldemir compreende a rede urbana no estado do Amazonas e para a partir disso defini a tipologia para o estado. Para isso delimitou-se um conjunto de arranjos institucionais que poderiam estabelecer uma hierarquia urbana sendo estes: dinâmica populacional, variáveis históricas, relações intra e interurbana, serviços e comércio, tendências locacionais das atividades produtivas, arrecadação de impostos, insumos para a cesta básica regionalizada, índice da construção civil, produtos extrativistas, movimentos sociais, ONGs e práticas religiosas, infra estrutura urbana e fluxo de transporte. Chegando a uma lista tipológica das cidades na calha do Solimões-Amazonas:

[pic 3]

Tabela 03: Tipologia da Rede Urbana no Solimões-Amazonas - Estado do Amazonas . Fonte: Oliveira, J.A. No artigo '' As cidades da Natureza, a Natureza das cidades e o Controle do Território.'' p.6

A partir dessa análise é possível chegar a seguinte conclusão dentre as 25 cidades analisadas as classificadas como médias apresentam maior influência econômica enquanto as pequenas exercem função intermediária e são pouco relevantes na articulação da calha.

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Morfologia urbana

Portanto, podemos ser pragmáticos dizendo que, em termos morfológicos, a cidade pode ser compreendida com três níveis organizativos básicos: o coletivo, o comunitário e o individual, em torno aos quais estruturam-se todos os significados e acontecem as apropriações sociais (DEL RIO 1981) O nível ou dimensão coletiva é o que possui uma lógica estruturadora percebida inconsciente e coletivamente; aqui estaria o conjunto de elementos primários do tecido e se verifica uma maior permanência no tempo. A dimensão comunitária traz aqueles elementos e uma lógica com significados especiais apenas para um restrito círculo de população, o bairro por exemplo. A dimensão individual, por sua vez, conforma onde mais livremente se expressam os significados individuais, a residência e seu espaço imediato, e, consequentemente, é a que apresenta uma maior rapidez de mutações.

Neste momento, já podemos sugerir alguns temas e elementos para a pesquisa da Morfologia Urbana, expondo as lógícas a evolutivas e estruturadoras da cidade (ROSSI 1966, CASTEX & PANERAI 1971, PANERAI et ai. 1980, GEBAUER 1980, DEL RIO 1981) São eles:

- crescimento: os modos, as intensidades e direções; elementos geradores e reguladores, limites e superação de límites, modificação de estruturas, pontos de cristalização etc.;

- traçado e parcelamento: ordenadores do espaço, estrutura fundiária, relações, distâncias, circulação e acessibilidade etc. (fig.67);

- tipologias dos elementos urbanos: inventário e categorização de tipologias edilícias (residências, comércio etc.). de lotes.e sua ocupação, de quarteirões e sua ocupação, de praças, esquinas etc. (fig. 68);

-articulações: relações entre elementos, hierarquias, domínios do público e privado, densidades, relações entre cheios e vazios etc.

NOLLI utilizou-se da técnica de projeção vertical desenhada como figura-fundo, que veio a se revelar de grande valia a identificação de relações entre domínios público, semipúblico dos grandes edifícios e privado, assim como outras elações morfológicas importantes como distâncias e acessibilidade, ou relação entre cheios e vazios.

CERDA foi quem primeiro apontou a necessidade de uma nova ciência, o "urbanismo", para enfrentar uma "nova" cidade, a industrial. Em sua obra "Teoria General de Ia Urbanización", publicada em 1867, defendia a importância da análise da evolução histórica da cidade, dos sistemas de circulação e da sistematização de elementos tipológicos básicos, como ruas, praças e quarteirões.

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