Drenagem Urbana
Por: Kleber.Oliveira • 25/12/2017 • 3.906 Palavras (16 Páginas) • 414 Visualizações
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Consistem em um maior aprofundamento no conhecimento sobre a drenagem urbana, assim como seu histórico, suas definições, dimensões e deficiências, com uma abordagem principal no município de São José.
- DESENVOLVIMENTO
- BREVE HISTÓRICO DA DRENAGEM URBANA
A história da drenagem se da desde os primórdios da civilização, por volta de 8.500 a.C., quando começaram a se formar as primeiras aldeias na região da Mesopotâmia, o que significa entre rios, se viu a necessidade de criar técnicas de drenagem para irrigação de cultivos que fossem independentes das chuvas. No início a drenagem consistia exclusivamente de valas a céu aberto que atravessavam terras e era basicamente um complemento da irrigação, porém com o passar dos tempos evoluiu para uma técnica com objetivos bem definidos, como recuperar grandes extensões de terrenos inundados, regular a umidade do solo de pequenas áreas de cultivo agrícola e desviar as águas do subsolo em terrenos destinados à construção. O período histórico considerado importante para o desenvolvimento da sociedade humana ficou compreendido de 3.000 a.C. até meados de 1.500 a.C., nessa época ocorreu uma verdadeira revolução urbana, onde a população passou a deixar os campos para formar as primeiras cidades. Com esta grande evolução das cidades e as grandes concentrações de pessoas surgiram o aparecimento de doenças decorrentes dos esgotos a céu aberto ou despejado de maneira inadequada, assim, tornando muitas áreas insalubres, o que contribuía para a contaminação dos lençóis freáticos. Aos poucos foram surgindo idéias de se construir dutos cobertos para a drenagem urbana, separando as águas servidas das águas pluviais, inicialmente empregavam-se blocos de argila cozidos e cimentados com barro e gesso, sucessivamente foram evoluindo para outros materiais, como canos de cobre ou cerâmica, entre outros. Até os dias atuais a drenagem urbana e os seus sistemas passaram por grandes revoluções o que tem proporcionado grandes melhorias na qualidade das cidades.
- DEFINIÇÃO DE DRENAGEM URBANA
A drenagem urbana nada mais é que um conjunto de medidas cujo objetivo é o gerenciamento da água de modo a minimizar os riscos que a população está sujeita. Com a diminuição dos prejuízos causados por inundações, a região em questão tem a possibilidade de se desenvolver de forma harmônica e sustentável.
Segundo Houaiss drenagem urbana é o escoamento de águas de terreno excessivamente úmido por meio de tubos, valas, fossos etc. instalados na superfície ou nas camadas subterrâneas.
Ainda, Infraestrutura é um sistema de serviços públicos de uma cidade, como rede de esgotos, abastecimento de água, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica, gás canalizado, o qual a drenagem urbana faz parte.
- SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
Os sistemas de drenagem urbana são classificados de acordo com suas dimensões em sistemas de microdrenagem e sistemas de macrodrenagem ou drenagem principal.
- MACRODRENAGEM
Macrodrenagem envolve estruturas para a destinação final da água captada pelo sistema anterior, de forma a atenuar problemas como erosão, assoreamento e inundações ao longo dos rios ou canais.
Usualmente, ao se falar de um sistema de macrodrenagem, as áreas de estudo possuem mais de 2km² ou 200ha. As obras possuem um tempo de recorrência de ao menos 10 anos, e normalmente estão relacionadas à retificação ou ampliação de cursos naturais.
É importante ressaltar que os projetos de microdrenagem devem sempre ser feitos relacionados com os de macrodrenagem, ou seja, se observa não apenas o escoamento da água em uma região, mas sim no seu todo.
- MICRODRENAGEM
Dentro da drenagem urbana, um dos temas a ser estudado é a microdrenagem, que se trata de um sistema de condutos pluviais a nível de loteamento ou de rede primária urbana
(TUCCI, 1997). A microdrenagem urbana é constituída por diversos elementos, como coloca TUCCI (1997):
- Galeria: canalizações públicas usadas para conduzir as águas pluviais provenientes das bocas-de-lobo e das ligações privadas;
- Poço de Visita: dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para permitir a mudança de direção, declividade, diâmetro, inspeção e limpeza das canalizações;
- Trecho: porções das galerias situadas entre dois poços de visitas;
- Bocas-de-lobo: dispositivos localizados em pontos convenientes nas sarjetas para captação de águas pluviais;
- Tubos de Ligação: são canalizações destinadas a conduzir as águas pluviais captadas nas bocas de lobo para as galerias ou para os poços de visita;
- Meio-fio: elementos de pedra ou concreto colocados entre o passeio e a via pública, paralelamente ao eixo da rua e com sua face superior no mesmo nível do passeio;
- Sarjetas: faixas de via pública, paralelas e limítrofes ao meio-fio, que formam uma calha coletora de águas pluviais, e que as levam até uma boca de lobo.
- Sarjetões: calhas localizadas no cruzamento de vias públicas, formadas pela sua própria pavimentação e destinadas a orientar o fluxo das águas que escoam pelas sarjetas;
- Condutos forçados: obras destinadas à condução das águas superficiais coletadas, de maneira segura e eficiente, sem preencher completamente a seção transversal dos condutos;
- Estações de bombeamento: conjunto de obras e equipamentos destinados a retirar água de um canal de drenagem, quando não mais houver condição de escoamento por gravidade, para outro canal em nível mais elevado ou receptor final da drenagem em estudo;
- ASPECTOS LEGAIS
Os eventos críticos relativos às inundações no meio urbano impactam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos, seja pela perda dos bens, seja pelos riscos à saúde pública, seja ainda pelos danos causados ao meio ambiente e aos recursos naturais.
As inundações, salvo casos muito excepcionais, decorrem do uso desequilibrado dos recursos naturais como a água e o solo. Canalizações de rios, excesso de impermeabilização, uso e ocupação desordenada e mesmo ilegal do solo (em áreas protegidas) e a falta de manutenção dos equipamentos urbanos são fatores relevantes a ser analisados à luz das normas vigentes.
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