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O PRÍNCIPE DE PRATA

Por:   •  29/11/2018  •  2.113 Palavras (9 Páginas)  •  276 Visualizações

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A mostra que compunha o The International Style, fora motriz de agitações na sociedade americana de arquitetura; até onde empresários apresentavam a arte e arquitetura vanguardista, cabendo ao arquiteto acompanhar seus conceitos.

Capítulo III – OS DEUSES BRANCOS

Esta seção incia retratando a migração de Gropius e demais integrantes da Bauhaus para os Estados Unidos, após a ascensão nazista na Alemanha, em 1937.

Após a presença das personalidades e posterior nomeação nas universidades americanas, em 3 anos o curso de arquitetura mudara. Não apenas pelas edificações que criaram no novo país, mas pelo sistema de ensino que instalaram. Nesse momento, era ensinado o estilo internacional, a arquitetura do reduto, a arquitetura não-burguesa. Os antigos conceitos das Belas-Artes foram deslocadas, assim como as contribuições de Frank Lloyd Wright, H.H. Richardson e Louis Sullivan.

Agora, os acadêmicos estavam vínculados por um conjunto de príncipios inquestionáveis de estética e moralidade; tornando o campus o próprio reduto, e a arquitetura uma missão. Findavam os trabalhos na perfeição da técnica de desenhar, como no estilo Belas-Artes; agora, criavam-se requerimentos e manifestos.

Os estudantes adiquiriram o ideal não-burguês, não havendo situação da qual fossem convencidos/interferidos em qualquer projeto. Entretanto, o estudante americano não compreendia a dialética construída nos redutos, e, agora, aplicadas. Tornavam-se alienados ao relacionar a nova filosofia com o programa alemão, holandês, europeu. Possivelmente pela contraposição que os Estados Unidos mantivera da europa que assistia ao socialismo. De modo, compreendia a parcela sentimental do movimento.

Após isso, a perspectiva de uma criação limitada começou a ser percebida. Para toda circunstância se criava a “caixa”, modelo pertinente nos projetos e que aos poucos começara a ser questionado.

Capítulo IV – FUGA PARA ISLIP

O século XX representava o esplendor dos Estados Unidos. Avanços tecnológicos e a posição de nação mais rica da história favoreciam o status americano. Entretanto, esse período de intensa turbulência e com tendência a liberdade de expressão nas artes contrapunha-se à uma arquitetura que impedira a grandiosidade, sofisticação e poder – taxadas como características burguesas.

O estilo arquitetônico resumia-se aos conjuntos habitacionais. Nessa perspectiva de arquitetura voltada ao público proletariado, mesmo trabalhadores – definidos como “intelectualmente subdesenvolvidos” – repudiavam as edificações. Naquele momento, entre os únicos moradores dos conjuntos habitacionais estavam os ricos urbanos; num contexto que evidenciava uma dicotomia na linguagem da arquitetura: habitações não-burguesas para burgueses.

Nessa concepção, destacava-se a figura de Mies van der Rohe da qual acompanhava os termos “caixa de vidro” e “repetitivo”, referindo-se à solução predominante e pertinência de suas edificações. Em sua tese “Less is More” – menos é mais – buscava associar os elementos típicos dos conjuntos operários à elegância, numa linguagem hoje definida como “minimalismo”.

Sob a justificativa de que fosse a maneira mais econômica de construção, a arquitetura moderna mantinha-se consolidada, e respondendo à Comissão de Seleção – comitiva que seleciona os arquitetos para os grandes edifícios públicos. Entretanto, fenômenos ocasionados em edificações posteriores, pertencentes a essa ideologia, representaram uma recaída ao movimento. O conjunto habitacional Pruitt-Igoe, de Minoru Yamasaki, construído em St. Louis em 1955, que seguia as características não-burguesas, apresentara problemas funcionais, onde possibilitara o uso do edifício para diferentes serviços, de modo a provocar a retirada de moradores e por sua vez a implosão da edificação em julho de 1972. No mesmo período, ainda, era construído o Oriental Gardens, em New Haven, por Paul Rudolph. Assim como o Pruitt-Igoe, o Oriental Gardens, apresentara problemas, no caso estruturais e de conforto ambiental que culminaram na sua destruição no início de 1981.

Capítulo V – OS APÓSTATAS

O capítulo incia dando notoriedade à história de Edward Durell Stone. Stone fora um dos primeiros arquitetos do Estilo Internacional nos Estados Unidos - de modo a construir a primeira casa em Estilo Internacional da Costa Leste, a Casa Mendel em Mount Kisco, Nova York, em 1933 – entretanto, a partir de 1954 mudara seu estilo arquitetônico. Ao propôr à embaixada americana em Nova Déli, fez usufruto de materiais e formas que contrapunham a causa que até então defendia. Após a inauguração da edificação, Stone passou a estar em descrédito nas universidades – redutos do movimento – pela solução “altamente burguesa” dada ao projeto. Aos críticos, Stone definitivamente renunciara aos principios fundamentais vigentes, ao afirmar que o edifício representava “2500 anos de cultura ocidental e não 25 anos de arquitetura moderna”.

Embora excluído de discussões acadêmicas, Stone passou a apresentar uma clientela diferenciada. Entre seus adeptos estavam pessoas que repudiavam o movimento moderno, e encontravam em Stone a solução para a criação de algo novo e não “repetitivo”.

Outro arquiteto, Eero Saarinen, vivenciara uma situação semelhante. Pertencente à arquitetura modernista, a partir de 1956 trabalhara com linhas curvilíneas e formas que preconizaram em um denominado “zoomorfismo hindu”, maneira que rompera com o movimento, e fosse excluído, sem tanta intensidade e hostilidade, como Stone, de cogitação.

Era consenso nos redutos universitários de que não haveria maneira de uma arquitetura singular – sem apoio em massa – conquistar credibilidade no meio social. Isso justifica o insucesso de Saarinen e até mesmo o ofuscamento da arquitetura de Frank Lloyd Wright, durante o transcorrer do movimento moderno. O mundo presenciava um período de reflexão em nível acadêmico, onde as construções estavam renegadas a um segundo plano; obstruídas pela filosofia que tratava da natureza do significado.

Capítulo VI – OS ESCOLÁSTICOS

Em um momento de questionamentos sobre mudanças na arquitetura americana, Robert Venturi, em 1966, atribuíra uma nova significância no processo intelecutal, acrescentando sutileza e coerência com a arquitetura até então criada, em oposição à ousadia de Saarinen e Stone.

Em sua obra Complexity and Contradiction

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