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A TEORIA ESTÉTICA POR ADORNO

Por:   •  11/5/2018  •  1.210 Palavras (5 Páginas)  •  296 Visualizações

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Hegel já dizia que a arte era a consciência da infelicidade, o que se confirma com a arte sendo irracional, tornando o mundo sombrio. Enquanto a arte expremir o sofrimento da sociedade, existirão falsas necessidades e falsas instituições. Sendo assim a arte moderna só pode ser expressão do declínio e da desgraça.

O modernismo surge da morte, da decomposição dos materiais. Sendo que a nova arte surge a partir de materiais fragmentados, como pode ela ser nova, se é a modificação do que existe empiricamente? Notamos semelhança nos traços de Picasso na obra Guernica com os traços de pinturas rupestres. Então Picasso, em sua época conhecido como modernista não mostrava nada novo, mas mostrava a sua representação de algo que ele já conhecia mas estava esquecido em seu consciente.

A medida em que a arte deixa de ser nova, ela deixa de ser fantástica.

Notamos a decadência do novo ao comparar uma obra antiga com uma arte moderna, quando em vez de se diferenciares, se assemelham. Isso acontece porque a arte moderna carrega consigo uma herança.

Mesmo as composições mais importantes de Anton Brückner, no entanto, pouco suspeito de modernismo, não teriam tido eco se ele não tivesse utilizado o material mais progressista da sua época, a harmonia wagneriana, que ele em seguida desvia paradoxalmente da sua função. As suas Sinfonias perguntam como é que algo de antigo pode, no entanto, ser possível como novo; a questão dá testemunho da irresistibilidade do moderno. (ADORNO, Theodor W. Teoria Estética, edições 70. LDA, 1970, p. 32)

A arte não nega os estilos antigos, principalmente quando procura confirmar o princípio burguês já estabelecido. Dando continuação ao carácter de mercadoria das obras, a arte se torna abstrata. A arte moderna novamente tenta se diferenciar fracassando, uma vez que o novo é a abstração do antigo. Na abstração tudo é igual. As artes serão sempre semelhantes.

O novo, pois, não nasce de alguma subjetividade. […] Ele emerge da própria coisa. Emerge como uma crítica ao antigo. […] O novo, na arte, já é crítica. (SCHAEFER, Sérgio. A Teoria Estética em Adorno. Porto Alegre: UFRGS, 2012. p. 43)

O que torna o modernismo autentico é a desorganização. Em uma luta constante contra a invariância, busca encontrar uma ordem no tempo. A falta de algo novo, de variação de arte faz com que se use a imaginação. Ela, por sua vez, não permite experimentações, causando imprevistos e tirando o poder do sujeito sobre a obra.

O conceito de construção, que pertence ao estrato fundamental do Moderno, implica sempre o primado dos procedimentos construtivos em relação à imaginação subjectiva. A construção impõe soluções que o ouvido ou o olho que as representam não têm imediatamente presentes em toda a claridade. (ADORNO, Theodor W. Teoria Estética, edições 70. LDA, 1970, p. 36)

Mesmo a arte vindo a partir de experimentações, da imaginação, da junção de materiais decompostos, do empirismo, podemos dizer que ela, á medida que causa realização, satisfação ou surpresa perante o indivídua, estará cumprindo seu papel de arte para- si e não em- si.

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