ERP NA GESTÃO DA QUALIDADE
Por: Evandro.2016 • 15/3/2018 • 3.615 Palavras (15 Páginas) • 329 Visualizações
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De acordo com Laudon e Laudon (2010), esse processo está fundamentado na necessidade das empresas em interagir e compartilhar informações utilizando os sistemas integrados, chamados ainda de sistemas de planejamento de recursos empresariais - ERP;
Este compõe um dos módulos de software integrado que compartilham um mesmo banco de dados, onde os dados são coletados a partir de diferentes módulos e dos departamentos da organização, desde as áreas de manufatura, produção, vendas, marketing, contabilidade, finanças e recursos humanos, conforme mostra a figura 1.
[pic 1][pic 2]
Fonte: Adaptado de Laudon e Laudon (2010)
Na figura acima, observamos o Banco de Dados no centro, ERP, fazendo a interação ao mesmo tempo com as áreas de finanças, RH, Produção e Marketing e Vendas.
Ainda segundo Laudon e Laudon (1996), sistemas de informação (SI), podem ser classificados de acordo com o nível hierárquico onde são tomadas as decisões a que dão suporte.
Além dos três níveis da clássica divisão da empresa (operacional, tático e estratégico), os autores incluem uma camada adicional entre o nível operacional e o tático, denominada nível de conhecimento.
Conforme Santos (2013), em sistema ERP a integração visa à ligação dos vários setores da organização. Esses sistemas tratam dos vários processos que ocorrem simultaneamente, de forma automática, e on-line.
Daí, a necessidade no mundo globalizado das empresas se adequarem ao relacionamento do ERP para o auxílio da tomada de decisão (OLIVEIRA; RAMOS, 2002).
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Objetivo do ERP
A implantação de um sistema ERP tem como objetivo, a padronização dos dados, padronização dos processos, transformação e mudanças contínuas e planejadas da organização.
O ERP possibilita que um fluxo de informações que integrem toda a empresa numa única base de dados. É uma ferramenta de melhoria de processos do negócio e não pelas funções, permitindo um cenário global em tempo real desses processos (STAMFORD, 2000).
Esses sistemas são construídos de forma genérica de modo a atender a várias empresas com diferentes gestões, mas, que atendam às necessidades e incorporem os modelos de processos de negócios (SOUZA, 2000).
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Características do ERP
Os sistemas ERP possuem uma série de características que tomadas em conjunto, claramente os distinguem dos sistemas desenvolvidos internamente nas empresas e de outros tipos de pacotes comerciais.
Essas características, importantes para a análise dos possíveis benefícios e dificuldades relacionados com a sua utilização e implementação, é que os sistemas ERP são:
- Pacotes comerciais de software;
- Desenvolvidos a partir de modelos-padrão de processos;
- Integrados;
- De grande abrangência funcional;
- Sistemas que utilizam um banco de dados corporativo;
- Sistemas que requerem procedimentos de ajuste.
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Os Sistemas ERP são Pacotes Comerciais de Software
A idéia básica da utilização de pacotes comerciais é resolver dois dos grandes problemas que ocorrem na construção de sistemas através dos métodos tradicionais de análise e programação: o não cumprimento de prazos e de orçamentos.
Segundo Martin (1989), “muito já se escreveu sobre o que há de errado com o processamento de dados hoje em dia, existindo registros de vários anos. A construção de sistemas toma muito tempo e seu custo é muito alto”.
Segundo Gibbs (1994), “[...] em média, os projetos de desenvolvimento de software ultrapassam o cronograma em 50%. Projetos maiores geralmente ultrapassam mais”.
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Os Sistemas ERP Incorporam Modelos-Padrão de Processos de Negócios
Processos de negócios podem ser definidos como um conjunto de tarefas e procedimentos interdependentes realizados para alcançar um determinado resultado empresarial. O desenvolvimento de um novo produto, o atendimento de uma solicitação de um cliente, ou a compra de materiais são exemplos de processos. Segundo Davenport e Short (1990), uma das características dos processos de negócios é o fato de que eles normalmente cruzam fronteiras organizacionais, isto é, as tarefas de um mesmo processo podem ser realizadas por diferentes departamentos em uma empresa.
É importante salientar o fato de os sistemas ERP disponibilizarem um “catálogo” de processos empresariais criados a partir de um extenso trabalho de pesquisa e experimentação. O acesso a este catálogo por si só já pode ser interes- sante para as empresas. Muitas vezes estão incluídos nesse catálogo processos e funções que faziam parte dos planos de desenvolvimento de sistemas da empresa, e que, por alguma razão, ainda não haviam sido implementados. A adoção de um sistema ERP torna-se então uma oportunidade para que estes processos sejam realmente incorporados aos sistemas da empresa.
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Os sistemas ERP são integrados
Segundo Alsène (1999), existe certa confusão entre os termos ‘empresa integrada’ e ‘sistemas integrados’, pois, o primeiro é um objetivo e o segundo é um meio para atingi-lo. Segundo o autor “o objetivo final da integração da empresa por meio de sistemas informatizados não é interconectar os sistemas informatizados existentes ou que serão implementados no futuro, mas sim construir um todo empresarial coerente a partir das várias funções que se originam da divisão do trabalho nas empresas”.
Os sistemas ERP realmente integrados são construídos como um único sistema empresarial que atende aos diversos departamentos da empresa, em oposição a um conjunto de sistemas que atendem isoladamente a cada um deles. Entre as possibilidades de integração oferecidas por sistemas ERP estão o compartilhamento de informações comuns entre os diversos módulos, de maneira que cada informação seja alimentada no sistema uma única vez, e a verificação cruzada de informações entre diferentes partes do sistema.
Conforme os conceitos
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