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CONTROLE DE PROCESSOS NA CONSTRUÇAÕ CIVIL

Por:   •  27/3/2018  •  2.656 Palavras (11 Páginas)  •  414 Visualizações

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Ao se tratar de pontes e viadutos, as fundações se revestem de uma importância especial, pela natureza e peculiaridades dessas obras que, de modo geral, estão expostas a condições ambientais totalmente adversas, são submetidas a condições de uso para as quais não foram projetadas e são carentes de manutenção ao longo da vida útil. Um dos fatores que mais influenciam o aparecimento de graves problemas em fundações de pontes é a erosão, sendo este fenômeno responsável por significativa quantidade de acidentes com estes tipos de obras em todo o mundo. Outro tipo de fenômeno com grande poder de devastação sobre as pontes é a ocorrência de cheias nos rios, por causa da rápida elevação do nível da água, associada a grandes descargas e velocidades, a intensidade da força de arrasto aumenta o poder erosivo do leito do rio, descalçando as fundações e os aterros das cabeceiras.

Os estudos realizados no solo através das sondagens possibilitam uma alternativa de fundação, definindo um sistema executivo de acordo coma alternativa mais apropriada, sendo assim segue a baixo algumas alternativas de fundações que podem ser adotadas:

Sistema de fundação por tubulões: são elementos estruturais que transmitem a carga ao solo resistente por compressão, de acordo com o método de sua escavação, os tubulões se classificam em:

Tubulões a céu aberto

Consiste em um poço aberto manualmente ou mecanicamente em solos coesivos, de modo que não haja desmoronamento durante a escavação, e acima do nível d’água. Quando há tendência de desmoronamento, reveste-se o furo com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou tubo de aço. O fuste é escavado até a cota desejada, a base é alargada e posteriormente e enche-se de concreto (BRITO,1987)

Tubulões com ar comprimido

É utilizado quando existe água, exige-se grandes profundidades e quando existe o perigo de desmoronamento das paredes. Neste caso, a injeção de ar comprimido nos tubulões impede a entrada de água, pois a pressão interna é maior que a pressão da água, sendo a pressão empregada no máximo de 3 atm, limitando a profundidade em 30m abaixo do nível d’água.

Sistema de fundação por blocos de concreto;

Os blocos são elementos estruturais de grande rigidez, ligados por vigas denominadas “baldrames”, que suportam esforços de compressão simples provenientes das cargas dos pilares. Os eventuais esforços de tração são absorvidos pelo próprio material do bloco. Podem ser de concreto simples (não armado), alvenarias de tijolos comuns ou mesmo de pedra de mão (argamassada ou não). Geralmente, usam-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5 e 1,0 m de profundidade (BRITO 1987).

Sistema de fundação por sapatas simples ou corridas;

As sapatas ao contrario dos blocos não trabalham apenas à compressão simples, mas também à flexão, devendo neste caso serem usados materiais resistente à tração (BRITO, 1987).

As Sapatas Isoladas são aquelas que repassam para o solo a carga de uma coluna ou colunas (pilar ou pilares).

As sapatas corridas são continuas e acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear. São indicadas para edificações cujas cargas não sejam muito grandes. Para profundidades maiores do que 1,0m tornam-se mais adequado e econômico o uso do concreto armado. (BRITO, 1987).

As sapatas associadas acontece quando a à proximidade entre os pilares seja tal, que as sapatas isoladas se sobreponham sendo necessária a utilização da sapata associada. A viga que faz a união dos dois pilares denomina-se viga de rigidez, exercendo a função de permitir que a sapata trabalhe com tensão constante (BRITO 1987).

As sapatas alavancadas ocorrem quando há sapatas de pilares de divisa ou próximas a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, então para solucionar este impasse cria-se uma viga alavanca ligada entre duas sapatas, de modo que um pilar absorva o momento resultante da excentricidade da posição do outro pilar (BRITO,1987).

Sistemas de fundação por estacas;

As estacas são subdividas em Estacas de madeira, estacas metálicas e estacas pré- moldadas de concreto.

Para o uso das estacas de madeiras, é necessário que elas fiquem totalmente abaixo d’água e o nível d’água não pode variar ao longo de sua vida útil. Utilizam-se estacas de madeira atualmente para execução de obras provisórias, principalmente em pontes e obras marítimas. Os tipos de madeira mais usados são eucalipto, aroeira, ipê e guarantã. (ALONSO, 1979)

As estacas metálicas podem ser perfis laminados, perfis soldados, trilhos soldados ou estacas tubulares. Tem a vantagem de poderem ser cravadas em quase todos os tipos de terreno, possuem facilidade de corte e emenda, pode atingir grande capacidade de carga, trabalham bem à flexão e, se utilizadas em serviços provisórios, podem ser reaproveitadas.

Seu emprego necessita com cuidados sobre a corrosão do material metálico. Sua maior desvantagem é o custo maior em relação às estacas pré-moldadas de concreto.

As estacas pré-moldadas de concreto podem ser de concreto armado ou protendido e, em decorrência do problema de transporte e equipamento, têm limitações de comprimento, sendo fabricado em segmentos, o que leva em geral à necessidade de grandes estoques e requerem armaduras especiais para içamento e transporte. Estas estacas não resistem a esforços de tração e de flexão e não atravessam camadas resistentes. Outra vantagem é que podem ser cravadas abaixo do nível d’água. Sua aplicação de rotina é em obras de pequeno a médio porte. Correlacionada a estaca pré moldadas encontra-se a Estaca Malga que é constituída de elementos justapostos (de concreto armado, protendido ou de aço) ligados uns aos outros por emenda especial e cravados sucessivamente por meio de macacos hidráulicos. (ALONSO,1979).

Geralmente são utilizadas para reforço de fundações, e também são empregadas como solução direta, permitindo em alguns casos até a execução da estrutura antes da fundação.

Pilares permanentes

As estruturas de blocos são comumente empregadas nas fundações, com a função de transmitir os esforços da superestrutura ao solo. Os blocos

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