Relato de Caso Clinico TCC
Por: kamys17 • 17/10/2018 • 1.221 Palavras (5 Páginas) • 405 Visualizações
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A pessoa presente no momento do atendimento terapêutico é uma pessoa modificada pela química medicamentosa e não a pessoa genuína. Hoje é comum vermos a crescente medicalização da vida, mas devido a tantas medicações não sabemos que tipo de modificações causam em sua personalidade.
Para entrar num aspecto um pouco mais técnico do mecanismo de ação da medicação receitada, podemos perceber que quase toda a medicação esta voltada para segurar as manias, ou seja, para deprimir o sistema nervoso central. Será que é surpreendente ela ter uma queixa de depressão nesse caso?
Fatores relevantes das sessões
Foram 12 sessões.... NATALIE
Intervenção em TCC - NATALIE
Acolhimento
Psicoeducação
RPD para tomar consciência das ideais catastrofistas
Entender a dinâmica familiar
Exercício de respiração e relaxamento (TAG)
Possibilidade de intervenção em psicologia social - DIEGO
Conclusão e Reflexões gerais sobre o caso
Como indicado na introdução, esse caso foi particularmente delicado do ponto de vista do ambiente de vida da paciente. É um caso que coloca em evidência de forma clara, a dualidade entre o que tem que ser feito em situação ideal e o que é possível ser feito no contexto em que se encontra a cliente. A falta de possibilidade de contato com a família, a difícil interação com o psiquiatra foram aspectos que não ajudaram. A visão puramente psiquiátrica da busca de diagnóstico a todo custo, trouxe a questão da validade da meta desse tipo de estratégia. Podemos entender a importância de ter critérios bem definidos para enquadrar um caso num diagnóstico conhecido, permitindo assim ter um plano de ação definido, inclusive do ponto de vista da medicação mais adequada. No caso descrito os critérios diagnósticos não são muito bem definidos, e isso parece ter levado a uma variedade de diagnósticos psiquiátricos e de medicações associadas que acabaram por esconder a subjetividade própria da cliente (e que visivelmente não ajudaram a melhorar o quadro dela depois de tanto tempo de tratamento).
Enfim, esse tipo de caso nos permitiu ver que a abordagem cognitivo comportamental vai além das simples estratégias predefinidas e dos formulários a serem preenchidos. Vimos que o acolhimento é absolutamente fundamental, inclusive porque as vezes é a única possibilidade que se tem para ter acesso ao paciente.
Consideramos que a melhor opção de tratamento atualmente para essa cliente é o esvaziamento emocional através da fala. Ela demonstra a extrema necessidade de expor as questões dela. Mesmo que no início ela fique um bom tempo na repetição consideramos que isso trará um benefício a ela à longo prazo. Devido a pouca comunicação em casa e quase todas serem através de anotações ela precisa colocar para fora as questões que a aflige. Esse passo é crucial para que haja uma melhora no quadro de ansiedade que ela mostra durante as sessões. Após isso, recomendamos que seja feito um trabalho de conscientização onde ela possa ser chamada a trabalhar suas questões junto a seus familiares. Dessa forma talvez seja possível melhorar a comunicação com seus familiares e mudar o ciclo estagnado que se encontra a comunicação entre eles.
Também é de suma importância que através de conversas leves e apontamentos sutis seja demonstrado a ela em que momentos ela pode modificar ou não certas situações e qual a responsabilidade dela em cada acontecimento.
É importante que possamos analisar os ganhos secundários dessa cliente ao se colocar nesse papel de alguém que não tem controle sobre suas próprias emoções e de que forma isso afeta os demais componentes da família. Quanto mais lúcida a cliente estiver sobre seu papel dentro do contexto familiar, melhor será seu estado emocional.
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