Psicologia e Comunidade
Por: Jose.Nascimento • 26/3/2018 • 963 Palavras (4 Páginas) • 310 Visualizações
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Tratando-se de família compostas por filhos do primeiro e segundo casamento vivendo juntos, torna-se o assunto ainda mais complexo, no foi o caso apresentado sobre “João”, onde ele viveu desde muito cedo na rua, para fugir das agressões da mãe e padrasto que vivam sob efeito de álcool. João trouxe consigo uma carga muito pesada de fatos negativos, contando com sua ansiedade e agitação, ao ser negado pela tia, decide então viver sozinho nas ruas, negando-se também de ficar no abrigo, pois nas ruas encontrou a proteção que buscara.
Por ter vindo de um lar violento e agressivo ele não consegue se sentir seguro em outros lares ou abrigo, sente-se mais seguro ao passo que ele mesmo se protege e não necessita da ajuda de outras pessoas.
É importante que quem suspeite que uma criança esteja sofrendo agressão de qualquer forma deve encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar de sua cidade o mais rápido possível. Se ficar provado que a criança é vítima de maus tratos, o agressor será punido e a guarda da criança passará a ser do parente mais próximo. No caso de maus tratos, a pena varia de dois meses a um ano.
O papel do psicólogo neste contexto é trabalhar estratégias de fortalecimento e autonomia sob os vários aspectos, considerando questões biopsicossociais como as histórias de vida, a comunidade inserida, e todas as situações de risco e vulnerabilidades a que está submetida. Esse procedimento é importante para planejar o atendimento que indicará as etapas necessárias para cada situação e para que se conheça a demanda.
O psicólogo tem como função, desconstruir preconceitos, entender a problematização do contexto e só assim partir para a elaboração de estratégias eficazes de prevenção e intervenção.
“É preciso entender que a violência é um fenômeno multifatorial, que não pode ser analisado somente com o recorte dos fatos violentos, sendo fundamental analisar toda a estrutura social que a sustenta como: as desigualdades sociais, a banalização dos atos de violência, a própria violência promovida dentro do ambiente familiar e que transpõe para a sociedade, a cultura do consumismo desenfreado, a ausência de políticas públicas, a alienação provocada pela mídia principalmente ao que se refere às violências produzidas e vividas em classes sociais menos favorecidas.”
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