Psicologia das Massas e a Análise do Eu

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Esses conceitos ajudaram numa elaboração freudiana das massas por que para Freud os grupos são dominados por laços emocionais, ou seja, a libido, que me faz ter interesse por coisas e pessoas e pela identificação pois compartilham o mesmo ideal.

“Libido é expressão extraída da teoria das emoções. Damos esse nome à energia, considerada como uma magnitude quantitativa (embora na realidade não seja

presentemente mensurável), daqueles instintos que têm a ver com tudo o que pode ser

abrangido sob a palavra ‘amor’.” (FREUD, S/D, p.14)

- Para Freud, o “recolhimento do ideal tem de ser uma grande festa para o Eu”. De que modo “líder”, “ideal de grupo”, e “ideal de Eu” são articulados por Freud para compreender os laços afetivos que constituem um grupo (ou uma massa)?

O ideal do eu é a percepção de que os objetos não são uma extensão do eu, mas que a energia libidinal está sendo direcionada a outros objetos.

O líder não é necessariamente uma pessoa. Ele não é um hipnotizador que sugestiona o comportamento e o agir daqueles indivíduos que regrediram. Segundo Freud, o líder é aquele objeto que é colocado no ideal do eu, por isso, as pessoas se aproximam, essa identificação se dá por que elas internalizaram o mesmo objeto.

As pessoas que formam um grupo se identificam porque compartilham do mesmo ideal, pois vejo um traço naquele grupo que faz parte de mim. Para Freud, os grupos são constituídos por laços emocionais e/ou libidinais e a identificação. Freud exemplifica a igreja e o exército tomando como base sua teoria da constituição do sujeito que se dá através do grupo família. Ele usa esse exemplo para não concordar com a teoria de Le Bon, onde nas entrelinhas diz que os indivíduos são um bando de abestalhados.

Para Freud, o ideal do EU irá sempre pressionar o EU. Por exemplo: Quando nos apaixonamos nossa energia libidinal se direciona ao objeto e assim internaliza a imagem do objeto (catexia), e isso funciona como um véu que encobre o ideal do EU. Por este motivo que não vemos os defeitos desse objeto. O ideal do EU é importante para nossa realidade.

“Mas o ideal do ego abrange a soma de todas as limitações a necessariamente um magnífico festival para o ego, que mais uma vez poderia então sentir-se satisfeito consigo próprio. ” (FREUD, S/D, p.38)

Referência bibliográfica

FREUD, S. Psicologia das Massas e a Análise do eu. v 21. Ed. Rio de Janeiro.:Imago S/D. p. 1-47.