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As Considerações Éticas no Uso das Técnicas de Grupo

Por:   •  10/12/2018  •  1.759 Palavras (8 Páginas)  •  275 Visualizações

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Alguns líderes introduzem técnicas para encobrir seus próprios temores ou sua relutância em explorar os temas que se apresentam no grupo. Tal desvio frequentemente ocorre com temas relacionados com a falta de proximidade e com a hostilidade.

Quando existe conflito num grupo, acreditamos que ele dever ser diretamente reconhecido e tratado abertamente. Se o conflito não for trazido à tona, permanecerá latente e proliferará, e o trabalho produtivo do grupo acabará por ser interrompido.

Uma das coisas mais importantes que um grupo de e deve ensinar é que podemos aprender a encarar e expressar o que pensamos e sentimos. Se os líderes de grupo introduzirem técnicas que depreciem ou encubram a dinâmica do grupo, estarão modelando a ideia de que nossos sentimentos são algo a ser evitado.

Quando uma técnica é introduzida, deve servir, em geral, para destacar material emocional, cognitivo e comportamental presente no grupo. E não para depreciá-lo em função do mal-estar do líder.

Os líderes não podem simplesmente afirmar, ao início de um grupo, que os membros têm o direito de não participar, casa optem por isso, pois alguns membros podem sentir-se pressionados a fazer o que todos os demais estiverem fazendo. Os líderes devem tornar genuinamente aceitável que os membros não participem, mencionando essa opção periodicamente, sempre que for apropriado.

Para evitar esses problemas, geralmente convidamos os membros a trabalharem o material que lhes seja pessoalmente significativo. Quando os membros trazem questões que querem trabalhar, aumenta a probabilidade de que consigam lidar com o que quer que venha à tona.

Cabe claramente aos membros a responsabilidade pela decisão sobre o que irão revelar no grupo e sobre o nível ou a profundidade em que optarão por explorar as questões efetivamente reveladas. Colocar a responsabilidade nos membros é um fator de segurança intrínseco e um sinal de nosso respeito por eles.

O líder precisa estar atento para perceber se o cliente deixa uma abertura para que a técnica seja adotada, mas tem também a obrigação ética de respeitar essa recusa, mas, apesar disso, em tentar explorar as razões do cliente para recusar-se.

A questão ética se centra em ter um respeito básico pelo trabalho com o material que já esteja presente e, o que é ainda mais importante, um respeito básico pelas decisões do cliente sobre o que explorar e até que ponto prosseguir na investigação.

Os líderes do grupo têm a obrigação ética de reagir à pressão indevida dos pares sobre um membro do grupo, especialmente quando tiverem assegurado ao grupo que ninguém seria coagido a fazer revelações ou a participar de atividades.

Por vezes, os líderes dos grupos abusam de seu poder, orientando as técnicas no sentido de um membro específico do grupo. Alguns líderes extraem uma sensação de poder da experiência de colocar os membros na berlinda e bombardeá-los com perguntas, ou ainda de exercer pressão sobre eles para que se abram.

contatos de físicos em suas próprias vidas e compensam essa carência através de seu trabalho com grupos.

Alguns líderes apressam-se demais em avaliar o sucesso de seus grupos pelo grau de intensidade emocional que provocam, e são ávidos demais em impelir as pessoas para uma experiência catártica por ela própria.

O movimento de grupos de encontro promoveu muitas técnicas para ajudar as pessoas a expressarem seus sentimentos agressivos. Em geral, evita-se técnicas físicas que envolvem o grupo inteiro, por motivos de segurança; preferindo introduzir as técnicas físicas somente ao desenvolver um trabalho com um cliente individual com quem já se está familiarizado.

Uma técnica usada para gerar confiança consiste em pedir um membro que caia para trás e seja segurado por outro membro do grupo. Se essa técnica for usada, no entanto, a pessoa encarregada de segurar deve ser fisicamente capaz de fazê-lo, por causa de um risco evidente de um traumatismo nas costas.

Outra técnica que pode ser usada para acentuar seus sentimentos de ser oprimido e subjugado pelas expectativas do pai consiste em o líder colocar-se atrás dele e agarrá-lo.

Numa técnica correlata, diversos membros do grupo mantêm um membro deitado no chão ou foram em torno dele um círculo estreito e o desafiam a rompê-lo da maneira que for possível.

A questão ética central é a competência do líder. O líder que não esteja apto a lidar com fortes expressões da emoção não deve empregar técnicas que tenham a probabilidade de despertá-las.

Favorecemos a co-liderança por diversas razões. Dispor de mais de um líder aumenta o número de modos em que um grupo pode funcionar.

Os co-lideres precisam estabelecer um relacionamento baseado na confiança, cooperação e respeito – uma relação em que cada líder possa funcionar como um indivíduo, mas que se caracterize pela harmonia e pelo trabalho de equipe, com ambos os co-líderes trabalhando pelo bem dos membros. O objetivo primordial não é a satisfação das necessidades dos líderes, mas sim o proporcionamento de diversificação dos membros.

Um líder de grupos deve ser um conhecedor do comportamento humano devendo respeitar o conjunto e a individualidade de cada um dos participantes do grupo. O sucesso da condução da Dinâmica está intimamente ligado à capacitação, competência, experiência e ética do profissional que facilita o processo.

As dinâmicas de grupo não devem ter teor preconceituoso que venha ferir a dignidade dos participantes. Da mesma forma, dificuldades e limitações individuais devem ser respeitadas.

As informações obtidas no decorrer da dinâmica não devem ser utilizadas de forma amadora, rotulando ou

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