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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO RATO ALBINO POR MEIO DE OBSERVAÇÕES EXPERIMENTAIS NO LABORATÓRIO DIDÁTICO

Por:   •  5/7/2018  •  1.878 Palavras (8 Páginas)  •  285 Visualizações

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Segundo Matos &Tomanari (2002): “o aluno não só aprende que o conhecimento científico está em constante processo de construção (...). Mas, e principalmente, que ele, o aluno, pode vir a fazer parte desse processo de construção.”. Com isso, no decorrer do estudo sobre Análise Experimental do Comportamento, é de total relevância a interação direta do aluno com o laboratório, colocando, assim, em prática, o que foi abordado na teoria.

Tendo em vista as considerações de Matos e Tomanari (2002), o objetivo deste trabalho foi implementar uma série de práticas experimentais com o rato no laboratório didático, de modo que parte dos conceitos teóricos pudessem ser verificados em atividades práticas. Sugere-se que isso tenha promovido um treino em observar, registrar e responder experimentalmente uma pergunta de pesquisa.

Método

Sujeito:

Realizou-se experimentos em um rato albino macho da espécie Wistar, com idade de 12 meses no início dos experimentos, criado no biotério da instituição de ensino superior, Universidade Vila Velha. O sujeito foi privado de água 36 horas antes de cada sessão experimental.

Equipamento e Instrumentos:

Os experimentos foram realizados em uma sala de condicionamento, onde se encontram 08 cabines experimentais numeradas e independentes. Cada cabine é composta por uma caixa de Skinner, que possui duas unidades operacionais separadas: gaiola e controle. A estrutura da gaiola é de alumínio e o piso possui grades paralelas. A caixa contém um bebedouro e uma barra metálica. Encontra-se também um dispositivo de saída de som e luz dentro da gaiola.

Havia também folhas de registro, para que fosse registrado os resultados obtidos em cada experimento (aula prática).

Procedimentos:

Medida do Nível Operante

Nesta etapa, foi observado o comportamento de pressionar, tocar, farejar, levantar e limpar-se do rato, durante 30 minutos, sendo registrado quantitativamente a cada minuto, sem nenhuma intervenção programada.

O objetivo desta fase foi analisar o comportamento do rato ao entrar pela primeira vez na caixa de Skinner. Os dados gerados por esta prática também permitiriam avaliar os efeitos da intervenção, posteriormente.

Treino ao Bebedouro

A prática de treino ao bebedouro é uma preparação do rato para a modelagem de pressão à barra. Para isso, a cada 10 segundos pressionava-se o botão “bebedouro” no painel de controle, com o intuito de que o rato fosse estimulado pelo barulho e bebesse a gota de água. Foram então registradas o número de gotas consumidas pelo sujeito, o que permitiu estabelecer uma estimativa com relação à quantidade de agua suficiente para sua saciação. Este dado seria importante para práticas posteriores.

Modelagem

“A modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento” (Moreira& Medeiros, 2007, p.60). Nesta fase, o rato era reforçado com água, a cada vez que seu comportamento se aproximava do comportamento-alvo, que neste caso, era o de pressionar a barra. As etapas dessa modelagem foram: cabeça barra, cabeça acima, levantar-se barra, tocar barra, pressionar barra. Esse comportamento que o rato apresentava antecedia o comportamento de apertar a barra, que era o esperado e considerado como a “última” etapa da modelagem. Por diversas vezes ele encostava a cabeça na barra ou acima dela, ele se levantava e apoiava na barra, ele passava próximo e encostava-se a ela, mas não a apertava por isso esses nomes dados as etapas da modelagem. Na modelagem, novos comportamentos surgem de comportamentos antecedentes. Na modelagem usa-se o reforço diferencial, aproximações sucessivas e a imediaticidade do reforço, que é, quanto mais próximo temporalmente da resposta o reforço estiver ele será mais eficaz.

Medidas de comportamentos em CRF

Nesta fase foi observado o comportamento de pressionar, tocar, farejar, levantar e limpar-se do rato, durante 30 minutos, de minuto a minuto, novamente. Porém, dessa vez, após o reforçamento. Cada vez que pressionava a barra, era reforçado com uma gota d’água.

O objetivo foi comparar os comportamentos do rato antes da intervenção (prática 1- medida do nível operante) e após a intervenção.

Extinção

A etapa de extinção consiste em confirmar se a resposta de pressão à barra é mantida pelas suas consequências, rompendo a relação de contingência entre a resposta e o reforço. Para isso, retira-se a consequência reforçadora, no caso a água.

Consequente a retirada do estímulo reforçador, observou-se a diminuição da frequência de pressão à barra.O experimento foi realizado em 30 minutos e o sujeito apresentou efeitos colaterais a extinção como morder a barra e mudar o modo como pressionava a barra.

Recondicionamento por reforço primário

Reforçou-se novamente a resposta de pressão à barra que encontrara em processo de extinção, ligando a barra no “automático”.

Nesta prática, cada vez que o rato pressionava a barra, era reforçado com água, ou seja, o reforçamento era contínuo (CRF). A prática durou 30 minutos, contabilizando a frequência absoluta e acumulada minuto a minuto.

Discriminação de estímulos

Esta etapa do trabalho objetiva compreender como o comportamento fica sob controle não apenas das consequências, mas dos contextos nos quais ele produz consequências reforçadoras.

Os estímulos discriminativos são aqueles que sinalizam que uma dada resposta será reforçada. No experimento proposto, procurou-se estabelecer como função discriminativa a presença da luz. Em contrapartida, os estímulos delta, são aqueles sinalizam que uma resposta não será reforçada, isto é, sinalizam a indisponibilidade do reforço ou sua extinção. No experimento, o estímulo delta foi a ausência de luz.

Para a discriminação, utilizou-se de intervalos fixos de 3 minutos, em que a presença e ausência de luz eram alternadas, respectivamente relacionadas a disponibilidade ou indisponibilidade de reforço. Foram reforçadas apenas as respostas

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