A Psicologia Social
Por: YdecRupolo • 6/12/2018 • 1.241 Palavras (5 Páginas) • 320 Visualizações
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O documentário mostra a precariedade em que o hospital se encontrava um cenário de desleixo, tanto com o hospital quanto com os próprios pacientes, violência física, verbal e psicológica.
Percebe-se claramente que o hospital não tinha nenhum tipo de estrutura para acomodar os pacientes,não tinha camas ou colchões o suficiente para todos, e que em alguns momentos os pacientes dormiam apenas nos estrados das camas, ou então em cobertores, cenas mostravam que haviam fezes pelo chão e que em momentos essas fezes serviam de próprio alimento para os pacientes,nudez era algo “natural” e comum dentro do hospital.Esses são só alguns dos problemas retratados no documentário, e infelizmente o hospital não é apenas uma exceção entre todos os outros existentes, mas sim, mais um entre eles,ainda existem hospitais que vivem nas mesmas ou piores condições.
Um ano depois do documentário o conexão repórter retornou para o hospital, que foi assumido por uma entidade, e que de fato ofereceu toda a ajuda necessária, psicológica e estrutural que o ambiente precisava, ajudando aos pacientes da melhor forma possível, para a reinserção e inclusão social do paciente na sociedade.
Hospitais psiquiátricos são organizações muito estereotipadas, a sociedade em sua maioria é preconceituosa quando se trata desse assunto, temos a ideia de que todas as pessoas com incapacidade mental devem estar em um hospital psiquiátrico, trancado em um quarto sozinho longe de tudo e de todos.
É a partir desses estereótipos e preconceitos que surge a Exclusão social, onde nós privamos essas pessoas de estar de fato em nossa sociedade.
E todas essas “ideias” que temos em relação a essas pessoas, fazem parte das nossas Representações Sociais que são valores, crenças que são socialmente e culturalmente partilhadas, que organizam as ideias do senso comum, que condicionam os nossos comportamentos, e que nos molda sem que nós percebamos.
Representações sociais são o modo em que nós categorizamos as coisas, pessoas ou objetos, em grupos, que se dão através de nossas interações sociais compartilhadas pelo “grupo” em que vivemos.
Dessa forma desde que nascemos estamos rodeados de representações já existentes, mas que são construções humanas que nos modifica, e são modificadas por nós mesmos ao passar do tempo. A partir delas é que nós formamos opiniões, e conceitos sobre determinadas coisas ou pessoas.
Então, será que de fato pessoas com tais psicopatologias devem ser mantidas distante de tudo e todos? Ou será que essa ideia que temos é apenas aquilo que já esta preestabelecido?
Já é hora de quebrarmos essa barreira, e mudar essa ideia, até por que,mesmo que sejamos influenciados inconscientemente por nossas representações, nós também podemos mudá-las!
A Política Nacional de Saúde Mental vigente no Brasil e instituída por lei federal defende o atendimento dessas pessoas fora dos hospitais e enfatiza a necessidade de sua reabilitação psicossocial. Para que isso seja realizado de forma eficaz, é necessária a implantação de medidas de apoio não só ao paciente, mas também à sua família.
A exclusão se instaura
e se mantém graças a uma construção
da alteridade que se faz baseada
nas representações sociais que a comunicação
social e mediática contribui enormemente para difundir
(Moscovici,1976)
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