Resenha do livro ‘’O que é Psicologia social?’’
Por: Sara • 19/2/2018 • 2.416 Palavras (10 Páginas) • 2.013 Visualizações
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• Resenha do livro “O que é psicologia social?’’
Um de seus livros mais consagrados é “O que é psicologia social?”, Lane dá um ponta pé inicial do que é a disciplina, e mostra suas contribuições brasileiras, como e o que é o comportamento, como ele se torna social e é socializado.
No inicio de seu livro, ela propões que todo comportamento é social a partir do momento que, à priori nós o aprendemos por interação para sobreviver, e à posteriori fazemos o mesmo porque se ocorrem uma série de processos internos nos quais assimilamos que devemos repetir esses comportamentos para nos mantermos vivos. E em sociedade vivemos recebendo estímulos e influencias sobre os quais cada um de nós recebe de maneiras diferentes, daí aprendemos a ser quem somos, e por isso somos uns diferentes dos outros.
Esse diferencial dá cabimento para a psicologia individual, porem não deixa de ser psicologia social já que essa também é importante pra entendermos o todo, o coletivo que da sociedade aprendemos e interiorizamos daí expressamos nossos comportamentos de volta pro social, em um ciclo interminável.
Ou seja, enquanto a psicologia estuda o sujeito em si, a psicologia social estuda de onde vêm os processos que são aprendidos ao sujeito e onde elas são expressas sob comportamento no ambiente social.
A história envolvida é de grande importância como local de investigação para esses comportamentos sociais, para conhecer ao fundo quem somos e por que fazemos, como e porque os outros fazem tais coisas.
Lane diz que ela nos dá perspectiva de que somos agentes atuantes de nossa vida que consequentemente envolve os outros, o ambiente social. Essas ações se mantém ou se extinguem por meio dos reforços sociais que nos ensinam, o modo de sermos perante o que está fora de nós. Somos construídos socialmente e transformamos o ambiente, assim como a teoria Behaviorista afirma.
O ponto importante é ter noção histórica da cultura da sociedade que nos dá conhecimento do coletivo e de nós mesmos. A psicologia social estuda a interação do sujeito com a sociedade nesta perspectiva, em que ela não é imutável, está sempre em progressão.
Os sujeitos mudam conjuntamente com todos os acontecimentos sociais, culturais e históricos, pra mim este é o ponto mais importante de seu livro. Porque a partir desse ponto eu posso entender onde a psicologia entra, sendo a coexistência e a nossa subjetividade é ciada dela, e nós psicólogos podemos intervir no comportamento pessoal de cada um em relação ao todo.
No capitulo ”como aprendemos o mundo que nos rodeia”, entendemos como e por que aprendemos, a característica que nos faz humanos, nos dá cabimento para o conhecimento (de si e do todo). Na frase “A linguagem é aquilo que se generaliza a experiência da prática sócio histórica da humanidade” ilustra o quão importante e necessário é a linguagem como se fosse uma ponte entre o desenvolvimento pessoal e social, que provém da sociedade. Nesse capítulo ela sintetiza a linguagem desde o inicio da humanidade, e como ela funciona sendo uma representação mental, cognitiva, das coisas exteriores, nos permitindo pensar sobre ela e perpassar esse conhecimento para outras gerações por meio da interação social, esses processos nos permitem a sobrevivência e
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Dentro e nosso contexto social aprendemos primeiramente pelos pais, ou família e também das primeiras escolinhas infantis. Estas interações e influencias não são estáticas nem iguais para todo mundo, a meu ver, por isso há tanto uma disseminação desigual dos conhecimentos básicos de sobrevivência e de educação. Por exemplo, há crianças que tem a oportunidade de nascer em famílias pobres que não tem condição de colocar a criança para estudar em escolas consagradas, ou particulares com o melhor ensino. Ou mesmo, há famílias que conseguem por os filhos em escolas particulares, mas a criança tem o desenvolvimento mais lento que em relação ao grupo, sendo assim uma característica inata ou aprendida anteriormente a escola. Entre outros casos, é isso que define nossas diferenças pessoais, esses diferentes modos de interação e nossa história de construção.
Após todo esse período preparatório de aquisições primárias do conhecimento por interação, Lane escreve sobre o Trabalho Comunitário e fala sobre Classes sociais. O homem modifica sua natureza, gerando mão de obra e produto do capital, o trabalho é a fonte dos produtos que geram lucro pro Estado. Esse processo também modifica o homem, necessitando que ele socialize e desenvolva com outras pessoas para se garantir no trabalho e sobrevivência.
Eu acredito que hoje em dia a necessidade do ser humano de se preparar antes do trabalho é maior que antigamente, por exemplo, a criança é colocada em escolas de línguas e de começa a estudar muito cedo temas que ainda não são próprios de seu estádio psicológico.
Os pais creem que os filhos irão ingressar em faculdades e trabalhos com mais chance de sucesso, não se importando com a vida social, e psicológica dessa criança que está sendo bombardeado por estímulos o tempo todo, sem poder ao menos se desenvolver socialmente com outras crianças interagindo por brincadeiras e tarefas comuns de sua idade.
Ser o chefe é o status social que mais tem conotação positiva pra sociedade, sendo ele o mais ‘’apto’’ e o subordinado que não teve chances nem oportunidades iguais, é o ‘’menos apto’’.
No inicio do livro a ideia era de que precisamos saber sobre nossa história cultural- social pra entendermos quem somos, e que essa realidade exterior é transmutável, porém esses papéis sociais não parecem mudar. Nossas concepções sobre o tema mudam, mas esse novo pensamento mais humanista ainda não chegou a mudar totalmente essa situação, sendo que depende do Estado e da economia política do país, garantindo emprego e educação preparatória para todos na sociedade.
Esse complexo do trabalho é resultado de uma sociedade dividida em classes sociais, e que seu objetivo é a acumulação de bens, produtos e girar o capital.
O capitalismo, diz Silvia Lane, divide a sociedade em dois, quem vende sua força de trabalho para os empregadores, os proprietários.
Silvia aparenta ser marxista em seu modo de pensar no livro, em que o produto é o principal de todo o complexo de divisões sociais em classes, sendo ela dialética e enviesada.
No capítulo “O indivíduo na comunidade”, Lane coloca seu trabalho voltado
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