Psicologia Social

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nacional, de uma cultura nacional e de um sistema politico nacional"(p. 3), quer seja ela pensada como efetivada pela burguesia, pelo Estado ou pela cultura;

• a sociedade é industrial, o que pressupõe reconhecer e explicar os conflitos de classes que dominam sua sociedade. Esse reconhecimento assume pelo menos duas formas teóricas gerais: primeira, a de que a integração social não pode ocorrer sob a lógica de tais conflitos, pois eles opõem antagonicamente as classes sociais; segunda, a de que "o conflito de classes reforça a integração social porque se trata de um conflito negociável" (p.4) sob o manto da democracia";

• na sociedade, o ator é o sistema, ou seja, "o ator social é definido como a vertente subjetiva do sistema. Meus sentimentos amorosos, minhas opiniões políticas, minha maneira de vestir, são o produto da minha socialização, isto é, a maneira como eu me integrei subjetivamente no objetivos do sistema" (p.4). E aqui, devo lembrar Weber(s/d), quando afirma, complementarmente, que o sistema é produzido pelos atores. Dessa complementaridade, pode-se afirmar que a ordem social "se explica pela ação social socializada" (Dubet, 1996, p.4).

A Concepção de exclusão social aparece de e com diversas formas. Pode-se pensar seu aparecimento segundo modelos distintos de análise, conforme o locus ou o focus das abordagens de alguns autores.

De um grupo de autores estrangeiros, Lopes destaca os trabalhos de Atkinson (1998) e de Rogers et al. (1995), essenciais para a compreensão da emergência da concepção de exclusão social. O primeiro explicita o caráter dinâmico e a natureza multidimensional da exclusão social, além da extensão desse processo a campos sociais mais amplos que a participação na vida do trabalho. O segundo, uma coletânea organizada pelos autores, circunscreve a gênese da exclusão social em fenômenos concretos ocorridos na Europa, desde finais da década de 1970 (como o aumento da pobreza urbana, a falta de perspectiva e a insegurança causadas pelo desemprego entre jovens e adultos, a falta de acesso a emprego ou renda nas minorias étnicas e entre imigrantes), fenômenos esses relacionados à internacionalização da economia e à revolução tecnológica, além de confirmar sua natureza multidimensional, analisar parte da literatura existente e enumerar categorias de excluídas, nas diversas sociedades.

O presente autor finaliza com a ideias de que o jogo das relações entre exclusão e controle social de um lado, e liberdade e autonomia dos sujeitos, de outro, passa, na atualidade, pela combinação dos fatores que definem os novos condicionamentos sociais. Os elementos desses novos condicionamentos são: a ideologia da fragmentação da experiência social, a nova racionalidade instrumental em torno da apropriação dos fundos públicos as privações sociais definidas por Sen e a manipulação e busca do prazer configuradas na sociedade de consumo, entre outros.

Isso porque nós ainda trabalhamos com a concepção ideológica da pobreza homogênea, na forma de uma "pobreza integrada" (Paugam, 1999, p.97), porque comunitária e solidária, que está em vias de extinção.

OBS: os trechos acima citados, trazer alguns poucos fragmentos do texto escrito por José Rogério Lopes (2006).

Vídeos

• "A Pobreza e a Exclusão Social" - Um trabalho acadêmico de conscientização que nos apresenta algumas cenas de pessoas que representam a pobreza/miséria de natureza mundial, não apenas nacional. Visando abordar e despertar a conscientização dos espectadores à unidade e à igualdade social.

• "Documentário: Cores da Exclusão Social" - Apresenta-nos bons minutos de uma problemática global; testemunhos de pessoas que por determinados fatores, viam-se excluídos de oportunidades sociais devido à doenças mesmo após terem algum tipo de acompanhamento, tratamento. Trabalho realizado em Portugal, por uma entidade por nome GAF - Gabinete Social de Atendimento à Família, que procuram proporcionar condições de qualidade devida a portadores do vírus HIV.

• "Pobreza, fome e exclusão social" - Esse vídeoaula aborda temas dentro de uma mesma cadeia de eventos sociais ministrada pelo Prof. Charles Camilo Meireles Leme. Dando ênfase a pobreza, aborda a exclusão social de maneira histórica, política e globalizada.

Correlação

É possível perceber que tanto o artigo de Lopes(2006) e os vídeos referenciados separam pontos de vista diversos dentro de realidades diferentes, sobretudo nacional e internacional. Curioso é que vivemos realidades tão manipuladas e estereotipadas que acreditamos ’’cegamente’’ que problemas sociais, sobretudo de pobreza e miséria só atingem nosso país e países menores, não desenvolvidos. Todavia, quando conseguimos compreender que estes problemas são de natureza política, econômica e estatal, percebemos que não somos os únicos. O capitalismo não atingiu apenas nosso país, mas o mundo. E interesses políticos são mantidos mascarados por uma cadeia de eventos que privilegiam apenas os mais interessados em tirar proveito daqueles que não têm o mesmo acesso ’democrático’ nas sociedades.

Ao pensarmos que, dedicando-nos a interesses pequenos e simples, mas importantes para a nação, é perda de tempo ou algo muito pequeno nos igualamos aos capitalistas interesseiros de natureza política e econômica que sufocam os menos privilegiados. Pois, contribuindo com essa minoria estamos não só criando ou concedendo oportunidades nacionais, mas também internacionais.

Entidades, ONGs e institutos têm ganhado grande espaço mundial exatamente por tratarem de assuntos que são política, econômica e intelectualmente esquecidos/abandonados. Criar um projeto de ação social, independente de seu foco de atuação, mostra que ainda há pessoas dispostas a lutar por interesses que são maiores do que nós mesmos, são interesses altruístas e humanitários.

Lopes (2006) define como ’’jogo’’ capitalista, os interesses de exclusão social e controle social. A Grosso modo, esse ponto de vista nos remete a ideia de que estamos entrelaçados em uma teia pegajosa e imensurável de cadeias e eventos manipulados por questões simples e puramente econômicas. Já o Prof Charles Camilo Meireless (2014) em seu vídeo aula nos afirma que a exclusão social está baseada nas formas de distribuições de renda e que a pobreza e a fome aumentam na medida em que a geração de empregos que não acompanha o crescimento populacional, a desigualdade