SURGIMENTO DA PSICOLOGIA SOCIAL E SUA UTILIDADE NOS DIAS DE HOJE

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Essa maneira de funcionamento social provocou o desaparecimento das formas como as relações sociais eram vistas antes, pois o silêncio controlava as expressões coletivas e individuais, atravessando as esferas entre público e privado. O comportamento dos indivíduos passa a ser vigiado, fazendo com que as pessoas agissem de acordo com o que a sociedade esperava, sendo assim, administradas pelas disciplinas. Esse funcionamento disciplinar atua nas formas de socialização urbana, determinando as relações entre as duas esferas sociais.

O século XIX foi marcado pelos movimentos de massa, o que implicou uma mudança na relação de forças até então existentes. Domina, porém, o modo de subjetivação individual, onde as massas seriam tomadas como um conjunto de indivíduos que, quando reunidos, apresentariam certas características peculiares.

Os movimentos das massas iam de encontro ao modo de subjetivação dominante, que pregava o individualismo. As massas representavam uma ameaça à visão de que cada um deveria cuidar de seu pedaço. Tiveram, portanto, um papel de resistência ao assujeitamento provocado pelo capitalismo.

A Psicologia, juntamente com a sociologia e outros saberes sociológicos, se elevaram ao status científico ainda na modernidade. As ciências sociais modernas buscavam dar base para constituição de um corpo social regulado, assim como para a construção do modelo do homem burguês almejado pela modernidade. Este novo homem tinha como base subjetiva o controle das paixões, o governo de si, a razão.

A partir do estudo do Estado moderno e do modelo capitalista, conclui-se que a capacidade da psicologia social de dialogar com as transformações ocorridas na sociedade capitalista se dá através da análise de suas consequências para o indivíduo dentro do grupo social, visto que é necessário uma readaptação do antigo modo de vida para o modelo atual, com diferentes exigências sociais e papéis na sociedade.