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A PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA

Por:   •  3/5/2018  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  289 Visualizações

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No Brasil, a psicologia social Comunitária iniciou suas atividades em 1960, após a delimitação de praticas e mudanças na teoria e metodologia. Destacaram ainda que o embasamento teórico da psicologia social utilizados nas comunidades tem por objetivo investigar o processo de construção da subjetividade humana e a dinâmica dos grupos comunitários. De acordo com Ximenes e Barros (2009), o estudo dos processos psicossociais a partir das concepções de Vigotsky mostra-se pertinente para a psicologia comunitária. As contribuições de destaque é a de Lane e Sawaia (1995) no desenvolvimento da psicologia comunitária numa visão crítica para o compromisso social. Segundo estes autores, na fase inicial das atividades existiam a necessidade de modelos teóricos para fundamentar a atuação profissional, e deste modo, considerava-se relevante as publicações científicas para a avaliação e o aprimoramento das práticas psicológicas.

A metodologia utilizada pela Psicologia social comunitária é a pesquisa participante que possibilita o pesquisador e os sujeitos da pesquisa trabalharem juntos na busca de explicação para as dificuldades encontrados, e no planejamento e execução de programas de transformações da realidade vivida. Ou seja, a psicologia social comunitária enfatiza que a construção do conhecimento deve estar fundamentada na interação entre o psicólogo e os indivíduos da comunidade (CAMPOS, 2007).

De acordo com livros e artigos estudados, o papel do Psicólogo agente de psicologia social comunitária é desempenhar a função de intelectuais tradicionais, pois buscam organizar o saber já estabelecido pela psicologia social, e se encarregam de transmiti-lo, visando à transformação de intelectuais orgânicos, ou seja, sujeitos capazes de sintetizar o ponto de vista da comunidade e de coordenar processos de transformação do instituído. Segundo Montero (2003), a psicologia comunitária tem o objetivo de promover mudanças em um contexto diante da participação dos indivíduos. O psicólogo identifica as demandas sociais e utiliza estratégias de intervenção para facilitar o diálogo com a comunidade. Já Góis (1993) ressaltou que a psicologia comunitária tem o propósito de identificar e compreender as relações que são estabelecidas entre os integrantes do grupo. E Lane e Sawaia (1995) destacaram que essa perspectiva possibilita desenvolver nos indivíduos uma atitude crítica em relação aos problemas sociais, o que pode contribuir para a reivindicação dos serviços de saneamento básico, educação e saúde nos órgãos públicos. Sendo assim, entende-se que a intervenção busca promover a qualidade de vida da comunidade. O trabalho realizado na comunidade é feito a partir de visitas domiciliares, entrevistas, mapeamento da realidade comunitária do local. É uma prática que rompe com o modelo tradicional clínico e se coloca mais próxima da situação em que o indivíduo está inserido, estabelecendo um modo de fazer psicologia não-elitista. Os psicólogos atuantes em psicologia social comunitária estão em instituições como: Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e Sistema único de saúde (SUS).

Os principais autores que ajudaram a desenvolver tal corrente foram: SILVA LANE (1933 a 2006), nascida em São Paulo; foi professora na PUCSP, e ocupava vários outros cargos na direção acadêmica da PUC. Também foi membro da primeira diretoria da APROPUC (Associação dos Professores da Puc). CARL GUSTAV JUNG (1875 a 1961), nascido em uma pequena Vila Suiça; foi professor da universidade de Zurique, em 1935, mas largou a docência para encontrar-se em suas pesquisas. Ele estudou psiquiatria, mas, após conhecer Sigmund Freud, em 1907, tornou-se psicanalista e natural herdeiro de Freud. No entanto os dois se separaram devido a divergências teóricas e nunca mais se viram. KURT LEWIN (1890 a 1947): Nascido na Polônia (antiga Prússia); O psicólogo germano-americano, assumiu o cargo de diretor do Centro de Dinâmica de Grupo, do Instituto de tecnologia de Massachusetts.

Diante do exposto, podemos concluir que a psicologia social comunitária é uma psicologia social crítica, pois ela estuda o sistema de relações, níveis de consciência, colabora com a criação de espaços relacionais que vinculam os indivíduos a territórios físicos ou simbólicos, identificação e pertinência dos indivíduos aos grupos. Busca desenvolver o conhecimento da consciência crítica dos moradores como sujeitos históricos e comunitários, mediante a um esforço interdisciplinar que perpassa o desenvolvimento dos grupos. Tem como objetivo a transformação do individuo em sujeito social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HERMETO, Clara M. e Ana Luiza Martins/Tradutoras. O Livro da Psicologia. 1ª edição, São Paulo. Globo Livros, 2012.

Vilares,Janaína da Silva; Corgozinho,Juliana: Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Brasil;Psicologia social comunitária da solidariedade á autonomia Regina helena de Freitas campos(org)T.M. Lane

Ornelas,Jose;Artigo Psicologia social comunitárias:Origens, fundamentos e áreas de intervenção

AZEVÊDO, Adriano Valério dos Santos. A Psicologia Social, Comunitária

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