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A PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL

Por:   •  16/4/2018  •  3.502 Palavras (15 Páginas)  •  290 Visualizações

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Quando falamos em coerção estamos nos referindo ao ato de fazer alguém agir ou fazer algo por força e intimidação, contra a própria vontade, de modo que a pessoa passa a agir de acordo com o que a pessoa que está coagindo deseja. As pessoas que controlam através da coerção, precisam estar o tempo todo gastando energias para punir, gritar e ser hostil e grosseiro. Se parar com suas atitudes, o poder sobre aquele que está sendo coagido diminui. Conclui-se então que coagir não é uma tarefa muito fácil.Alguns autores discutem sobre a eficácia da coerção nos relacionamentos, porém esta pode ser vista pela psicologia comportamental como uma aliada na obtenção de respostas durante tratamentos terapêuticos.

O uso da coerção pelos pais no controle do comportamento de seus filhos tem sido investigado por diversos pesquisadores devido a suas consequências negativas para o desenvolvimento infantil. Segundo Sidman (1995) a coerção pode ser definida como o uso da punição e do reforçamento negativo como forma de controle do comportamento. No que se refere às práticas educativas parentais, surras, castigos, e ameaças são exemplos comuns do cotidiano de muitas famílias. Dentre os diversos efeitos negativos do uso da coerção como a depressão, a ansiedade e a agressividade, as crianças que sofrem tal tipo de controle aversivo com frequência, tendem também a reproduzi-lo em diversos outros contextos, aprendendo a legitimidade do uso da coerção em seus relacionamentos. Dessa forma, o controle coercitivo exercido pelos pais deve ser caracterizado também como uma prática cultural, pois tal controle se perpetua através de gerações (Webster-Stratton, 1998; Granic e Patterson 2006), e surge através das interações com outros membros da cultura. Nessas interações uma ampla gama de repostas para eliminar comportamentos indesejados das crianças é aprendida. Nesse sentido, pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância tenderão a desenvolver o mesmo padrão de controle. Além de todo processo de aprendizagem na cultura, é importante lembrar que a coerção é selecionada também devido a seus efeitos diretos no ambiente. Skinner (1974/1999) afirma que embora muitas pessoas considerem a punição e o controle aversivo censuráveis, eles são utilizados porque ao empregarmos essa forma de controle somos imediatamente reforçados. Ou seja, o efeito imediato do uso da punição reforça o agente punidor. O controle punitivo funciona de imediato, o que acaba por manter seu uso frequente, ao passo que o uso de reforço positivo produz efeitos somente em médio ou longo prazo. Partindo então dos três níveis de seleção do comportamento, podemos dizer que as práticas coercitivas de controle do comportamento infantil são selecionadas porque: 1 – o organismo é mais sensível a conseqüências imediatas do que a longo prazo (nível filogenético); 2 – sua utilização gera reforço em curto prazo, ao obter a obediência imediata da criança ou eliminação de um comportamento indesejado (nível ontogenético); 3 – é um modelo de controle comportamental disseminado na cultura, que legitima seu uso (nível cultural).vos de pais, tendem a repetir este padrão com seus próprios filhos. Dessa forma, o controle coercitivo exercido pelos pais deve ser caracterizado também como uma prática cultural, pois tal controle se perpetua através de gerações (Webster-Stratton, 1998; Granic e Patterson 2006), e surge através das interações com outros membros da cultura. Nessas interações uma ampla gama de repostas para eliminar comportamentos indesejados das crianças é aprendida. Nesse sentido, pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância tenderão a desenvolver o mesmo padrão de controle. Além de todo processo de aprendizagem na cultura, é importante lembrar que a coerção é selecionada também devido a seus efeitos diretos no ambiente. Skinner (1974/1999) afirma que embora muitas pessoas considerem a punição e o controle aversivo censuráveis, eles são utilizados porque ao empregarmos essa forma de controle somos imediatamente reforçados. Ou seja, o efeito imediato do uso da punição reforça o agente punidor. O controle punitivo funciona de imediato, o que acaba por manter seu uso frequente, ao passo que o uso de reforço positivo produz efeitos somente em médio ou longo prazo. Partindo então dos três níveis de seleção do comportamento, podemos dizer que as práticas coercitivas de controle do comportamento infantil são selecionadas porque: 1 – o organismo é mais sensível a conseqüências imediatas do que a longo prazo (nível filogenético); 2 – sua utilização gera reforço em curto prazo, ao obter a obediência imediata da criança ou eliminação de um comportamento indesejado (nível ontogenético); 3 – é um modelo de controle comportamental disseminado na cultura, que legitima seu uso (nível cultural). Dessa forma, o controle coercitivo exercido pelos pais deve ser caracterizado também como uma prática cultural, pois tal controle se perpetua através de gerações (Webster-Stratton, 1998; Granic e Patterson 2006), e surge através das interações com outros membros da cultura. Nessas interações uma ampla gama de repostas para eliminar comportamentos indesejados das crianças é aprendida. Nesse sentido, pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância tenderão a desenvolver o mesmo padrão de controle. Além de todo processo de aprendizagem na cultura, é importante lembrar que a coerção é selecionada também devido a seus efeitos diretos no ambiente. Skinner (1974/1999) afirma que embora muitas pessoas considerem a punição e o controle aversivo censuráveis, eles são utilizados porque ao empregarmos essa forma de controle somos imediatamente reforçados. Ou seja, o efeito imediato do uso da punição reforça o agente punidor. O controle punitivo funciona de imediato, o que acaba por manter seu uso frequente, ao passo que o uso de reforço positivo produz efeitos somente em médio ou longo prazo. Partindo então dos três níveis de seleção do comportamento, podemos dizer que as práticas coercitivas de controle do comportamento infantil são selecionadas porque: 1 – o organismo é mais sensível a conseqüências imediatas do que a longo prazo (nível filogenético); 2 – sua utilização gera reforço em curto prazo, ao obter a obediência imediata da criança ou eliminação de um comportamento indesejado (nível ontogenético); 3 – é um modelo de controle comportamental disseminado na cultura, que legitima seu uso (nível cultural). Uma regra sempre envolve duas contingências: a contingência última e a contingência próxima (Baum, 2006). A contingência última é aquela a “longo prazo” e a razão primeira da regra, e a contingência próxima

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