A INSATISFAÇÃO COM A PREPARAÇÃO DOS PSICÓLOGOS PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL NAS UNIVERSIDADES
Por: Salezio.Francisco • 26/6/2018 • 1.236 Palavras (5 Páginas) • 347 Visualizações
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Comentário ao Texto
Em suma são diversos pontos de reflexão, entretanto alguns nos chamam mais a atenção para que se comentem. A insatisfação com a preparação dos psicólogos é basilar, através de instituições que oferecem esse curso. Um dos pontos a ser observado é o das disciplinas que não se articulam hegemonicamente, ou seja, o professor não dispensa a sua meta e o seu enfoque de apresentação, acreditando serem indispensáveis, nesse interim, os alunos ouvem conceitos, técnicas e abordagens repetidas exaustivamente pelos docentes, causando confusão e enfado. Na faculdade podemos observar uma disciplina que se encaixa no contexto supracitado, é a psicanálise, que percorre toda a graduação navegando entre professores e disciplinas.
Um currículo perfeito vem se tornando uma utopia, compreendendo o que foi trazido pelo autor, montados pelos jogos de interesses, sejam eles políticos ou de membros do corpo docente. As disciplinas formativas que fomentam um holding, são imprescindíveis para um “ser psicológico”, trazendo em seu bojo a importância de saber lhe dar com as multiplicidades sem recorrer as respostas fáceis frente as angustias apresentadas. Outro ponto importante desse “ser psicológico”, apontado pelo autor, é a questão do saber dialogar com áreas afins - disciplinas biológicas e histórico-culturais.
Em relação as de treinamento, o autor traz a concepção de “treinar”, que vem da palavra tagere, trazer para si. Ou seja, quem puxa se coloca a frente, mantendo certa distancia, o que na verdade, “deixa a desejar”, para que o educando se movimente em uma busca de conhecimento.
Sabemos que durante cinco anos, é praticamente impossível encontrar um curso que satisfaça todos os nosso desejos, sempre faltará uma escola do pensamento, uma didática ou uma disciplina, aqui ou acolá o campo da insatisfação encontrará uma brecha para alojar-se. Entretanto o autor foi muito feliz em trazer a proposta, de que currículo bom é aquele que não satisfaça por completo, e sim aquele que nos traga insatisfação e “deixe a desejar”. Desejo este, que nos torna habilitantes insatisfeitos com a nossa formação acadêmica, promovendo assim, uma busca de atualizações enriquecedoras nos horizontes do ser e do fazer psicológico.
Questões para Debate
Em sala de aula levantamos questões sobre a importância do debate do método que deixa a desejar, quais suas implicações e construções, quais suas disparidades e seus fundamentos.
Levantamos reflexões acerca do Holding que o quanto o docente das disciplinas em psicologia encontra-se engajado com o saber que proporciona essa experiência que se assemelha a mãe suficiente boa que permite ao bebê desenvolvesse com seus próprios desafios.
Debatemos a compreensão das demandas do saber em psicologia quanto ao especializar e temporizar, quanto a teoria e a prática.
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Referências:
Figueiredo, Luis Cláudio M. – Revisitando as psicologias: da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos / Luis Clauido M. – Figueiredo – 5. Ed. – Petropólis. Vozes, 2009.
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