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A Contribuição de Piaget para Educação infantil

Por:   •  4/11/2018  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  330 Visualizações

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Pensamento operatório concreto

Compreendido dos 7 aos 11 anos de idade, é caracterizado por a criança partir do concreto, observação directa, experiência directa, percepções directas para chegar a compreensão de características semelhantes gerais, conceitos, regularidades. A criança apreende as características essenciais das coisas e fenómenos com base nos objectos e fenómenos reais, concretos. E caracterizado pela fase de ingresso na vida escolar.

O professor deve conduzir as crianças a observarem e analisarem objectos e fenómenos reais concretos, para incentivar o processo de socialização, as acções inter e intra- individuais, o que se manifesta no surgimento dos jogos das regras implícitas.

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Pensamento operatório formal

Refere-se as crianças com as estruturas cognitivas já desenvolvidas e compreendidas entre os 10/11-15 anos de idade.

A criança apreende das características mais essenciais das coisas e fenómenos baseando-se na análise e síntese de descrições verbais quando possui experiências anteriores sobre o fenómeno, objecto em estudo.

Nesta etapa há um grande desenvolvimento da inteligência. O adolescente é capaz de desempenhar operações mentais não só a partir de objectos concretos, mas também com símbolos, passam por mudanças hormonais que repercutem não só o corpo, também é comum o comportamento de revolta, é hora dos grandes idealismos, vontade de mudar tudo e questionar tudo. Possuem muitas incertezas, de indagações sobre o sentido da vida.

Desenvolvimento Moral

Piaget argumenta que o desenvolvimento da moral abrange 3 fases: anomia, heteronomia, autonomia.

Anónima

Na fase de anomia, natural na criança pequena, ainda no egocentrismo, não existem regras e normas. O bebé, por exemplo, quando está com fome, chora e quer ser alimentado na hora. As necessidades básicas determinam as normas de conduta. No indivíduo adulto, caracteriza-se por aquele que não respeita as leis, pessoas, normas. Na medida em que a criança cresce, ela vai percebendo que o "mundo" tem suas regras. Ela descobre isso também nas brincadeiras com as criança maiores, que são úteis para ajudá-la a entrar na fase de heteronomia. (PIAGET, 1977).

Heteronomia

Há apenas o respeito à autoridade. Não há consciência, nem reflexão, apenas obediência. A autoridade está no outro: pais, professor, Deus, outros.

O certo é o cumprimento da regra e qualquer interpretação diferente desta não corresponde a uma atitude correcta. A responsabilidade pelos actos é avaliada de acordo com as consequências objectivas das acções e não pelas intenções. O indivíduo obedece as normas por medo da punição. Na ausência da autoridade ocorre a desordem, a indisciplina. (PIAGET, 1977).

Autonomia

Legitimação das regras. Aqui o indivíduo adquire a consciência moral, possui princípios éticos e morais. Na moralidade autónoma, o indivíduo adquire a consciência moral. Os deveres são cumpridos com consciência de sua necessidade e significação. Possui princípios éticos e morais. Na ausência da autoridade contínua o mesmo. É responsável, auto-disciplinado e justo. A responsabilidade pelos actos é proporcional à intenção e não apenas pelas consequências do ato. (PIAGET, 1977).

APLICAÇÕES DA TEORIA DE PIAGET NO CONTEXTO MOÇAMBICANO

Na perspectiva de RODRIGUES e BILA (S/A: 116), a teoria de aprendizagem de Piaget poderá ter suas aplicações no processo de ensino-aprendizagem. Incluindo no contexto Moçambicano, isto é, fundamento pelos seguintes aspectos, a elaboração dos curricula Moçambicanos na base da sua teoria.

- Às particularidades dos estágios de desenvolvimento do pensamento apontados pela teoria de piaget;

- A formulação dos objectivos, selecção de métodos e meios de ensino-aprendizagem pelo professor tendo em conta as particularidades do pensamento nos diferentes estágios;

- A consideração do aluno como ser activo, detentor de formas próprias de assimilar e elaborar os conteúdos;

- A consideração das experiências e conhecimentos anteriores dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.

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