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PAPEL IMUNOLÓGICO DO LEITE MATERNO

Por:   •  16/12/2018  •  1.902 Palavras (8 Páginas)  •  418 Visualizações

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O leite materno confere uma proteção tanto a curto prazo quanto a longo prazo. Crianças que foram amamentadas são menos propensos a sofrer de infeções respiratórias, diabetes tipo 2 e obesidade infantil, alergias como a dermatite, também se sabe que a amamentação influencia no desenvolvimento cognitivo da criança. A amamentação não traz vantagens e benefícios apenas para os lactantes, no caso das mães que amamentam também possuem proteção a curto e longo prazo, pois estão menos propensas a de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer de mama e ovários (isso a longo prazo). A curto prazo a amamentação contribui para que nessas lactantes o útero se recupere totalmente fazendo como que ele volte para o seu tamanho normal, diminui o risco de hemorragias e ∕ ou anemias após o parto, além de que também contribui para que a lactante perca peso.

A prevalência de aleitamento materno em crianças de seis meses de idade é de 77,6%; já a prevalência do aleitamento exclusivo na mesma faixa etária é de apenas 9,3%. Tal fato pode ser explicado pela falta de conhecimento sobre os benefícios do leite materno, crenças relacionadas, baixa escolaridade materna, parto cesáreo, idade materna, reduzido número de consultas de pré-natal e pela indisponibilidade dos profissionais de saúde para ministrar orientações direcionadas à manutenção da amamentação (ALGARVES, 2015).

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OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi relatar a importância do leite materno no desenvolvimento do sistema imunológico do lactente.

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MÉTODOS

Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica na qual foram consultadas diversas literaturas com base no assunto em estudo, artigos publicados na internet e que possibilitaram o fundamento e construção do trabalho. A busca por material foi realizada com base em artigos publicados no período que compreende os anos de 2013 a 2017, os quais foram selecionados nos bancos de dados: SciELO (Scientific Electronic Library Online) e Google acadêmico, como resultado dessa pesquisa foram selecionados 17 artigos ao início, posteriormente foi realizado a análise do material e julgados de acordo com os objetivos do estudo, ao fim foram obtidos a amostra de 9 artigos científicos analisados para a obtenção do resultado.

Palavras chave: Amamentação. Leite materno. Imunidade. Sistema Imunológico.

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RESULTADOS

Após o estudo apresentado, observa-se que o leite materno é fundamental para a promoção e proteção da saúde das crianças em todo o mundo, pois nele se encontra todos os nutrientes que o lactente precisa exclusivamente durante seus primeiros seis meses de vida. Conforme dito por Moreira (2013) o aleitamento materno tem se mostrado uma importante forma de promoção de saúde e prevenção de complicações para a criança, mãe e família, mostrando ser uma ferramenta eficaz e de baixo custo que se pode utilizar para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF), enfatizam a importância do Aleitamento Materno como um aliado na redução da mortalidade infantil, destaca ainda que se o mesmo fosse mantido exclusivamente até o sexto mês de vida e apenas complementado até os dois anos, mais de um milhão de mortes de crianças a cada ano poderia ser evitado.

Apesar de se ter comprovado o papel protetor em questão de muitas doenças infecciosas durante a infância, assim como de doenças crônicas de mediação imune, existe muitos aspectos e fatos a serem pesquisados e constatados para descobrir e determinar outras funções de característica do LM.

O leite materno sofre constantes mudanças para suprir as necessidades do bebê durante seu crescimento, no entanto são bastante notáveis os benefícios que o leite materno traz para a mãe-filho, ele características nutricionais ideais, com balanceamento adequado de nutrientes, além de desenvolver inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas, ele previne também que a criança desenvolva alergias, distúrbios alimentares entre outras patologias (SILVA, 2016).

Como já foi referido, o leite materno supre uma ampla gama de componentes imunológicos, tais como anticorpos, fatores de crescimento, citocinas e células imunológicas específicas, protegendo o recém-nascido do risco de infeções durante o período pós-natal, em que o seu sistema imunológico (S.I.) é ainda imaturo. Os fatores presentes no leite que estimulam a maturação ativa do S.I. das mucosas do lactente também podem reduzir a incidência de doenças autoimunes, presumivelmente por ativarem os mecanismos de tolerância oral e pelos seus efeitos anti-inflamatórios em resposta a estímulos no trato gastro-intestinal do recém-nascido (CEBOLA, 2015).

O efeito protetor do Aleitamento materno (A.M) na saúde da mulher ainda está a ser estudado, mas cada vez mais se têm demonstrado os benefícios a curto e a longo prazo da sua prática para as mulheres que o fazem, sabe-se que o A.M. promove a perda de peso pós-parto, a amenorreia lactacional, uma involução uterina mais rápida e a diminuição da hemorragia pós-parto (CEBOLA, 2015).

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CONCLUSÃO

Após de realizada a seguinte revisão de bibliografias sobre o leite materno e seu papel, as evidencias são bastantes claras quanto ao seu alto poder nutricional e de desenvolvimento, assim como o seu valor imunológico, e seus efeitos benéficos de curto e longo prazo na saúde não só ao neonato, como também a mãe. O leite materno varia de mulher para mulher e é adaptado a cada necessidade do lactente, na qual devido sua complexidade e seu alto teor de nutrientes dão ao indivíduo a proteção de diversas doenças nos primeiros meses de vida, desta forma não podem ser simulados em nenhuma formula artificial, sendo assim único e impossível de substituir. Tendo comprovação do seu papel protetor em muitas doenças infeciosas durante a infância e doenças crónicas de intervenção imune.

REFERÊNCIAS

HAKANSSON, Anders P. Efeitos de proteção dos peptídeos antimicrobianos do leite humano contra infecções bacterianas. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 91, n. 1, p. 04-05, Fev. 2015.

ANDRADE FIALHO, Flávia

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