OS NUTRIENTES ENCONTRADOS NO LEITE MATERNO
Por: kamys17 • 5/4/2018 • 3.136 Palavras (13 Páginas) • 360 Visualizações
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INTRODUÇÃO
Promover a amamentação materna exclusiva é uma manifestação que impulsiona o relacionamento mãe-bebê, considerado de extrema importância para a saúde materna e da criança (BULLON et al., 2009).
Conforme Giugliani (2000), a espécie humana, ainda em processo contínuo de evolução, zelou na maior parte de sua existência pela amamentação de seus descendentes. Sendo assim, de maneira genética programou-se para receber os benefícios do leite humano e do ato de amamentar no início da vida.
Não obstante a amamentação determinar o meio biológico, ainda recebe influências socioculturais e por isso deixou de ser exercida universalmente a partir do século XX. Atualmente a expectativa biológica do ato de amamentar, que nem sempre está relacionada às influências culturais, pode ocasionar sérias consequências no desenvolvimento da criança.
O aleitamento materno é uma forma de promoção da saúde mental, psíquica e física da mãe e do bebê, proporcionando proteção, afeto, vínculo e nutrição, além de defender a criança de diversas enfermidades reduzindo riscos de mortalidade infantil. O aleitamento materno é recomendado por pelo menos dois anos, sendo exclusivo até os seis meses, já que contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança nesta fase (BRASIL, 2009c).
Embora haja amplo conhecimento científico sobre a importância do aleitamento materno, estudos sobre esta temática são fundamentais para que o
conhecimento produzido possa repercutir em melhorias nos indicadores de saúde infantis, visando contribuir para a reduzir a morbi-mortalidade dessa parcela da população, em consonância com uma das metas do desenvolvimento do milênio.
- Aspectos Históricos
De acordo com o breve histórico sobre a amamentação, é perceptível que esta prática é tão vetusta quanto à civilização humana. Refere-se a um fenômeno sociocultural e não somente biológico. Hipócrates, escrevendo sobre o alvo da amamentação, declarou que somente o leite da mãe é saudável; todos os outros são perigosos. Publicações europeias do final do período medieval e inicio da era moderna também exaltam importância de amamentar (BOSI e MACHADO, 2005).
De 1500 a 1700, as mulheres saudáveis inglesas não amamentavam seus filhos. Ainda que tivessem discernimento que o aleitamento materno regulasse a nova gestação, essas mulheres davam a preferência a dar à luz a 12 a 20 filhos, ante amamentá-los. Elas ainda acreditavam que a amamentação espoliava seus corpos e as tornavam mais velhas, crença esta que parece sobreviver até os tempos de hoje. Existia, ainda, o preceito médico e religioso que proibia a relação sexual durante o período da amamentação, por acreditarem que isso tornaria o leite mais fraco e com risco de envenenamento em caso de nova gestação. (BOSI e MACHADO, 2005).
No século XIX com o surgimento das faculdades de medicina, apareceram vários projetos destinados ao combate às elevadas taxas de mortalidade, que tinham inúmeros fundamentos, como, por exemplo, a inexistência de amamentação. Então entrou no cenário, as amas de leite para aquelas mulheres que não conseguiam amamentar. Finalmente, surgiu o aleitamento artificial por mamadeira com leite de vaca, em detrimento á amamentação mercenária. (BOSI e MACHADO, 2005).
A urbanística, a industrialização, a transmutação dos eixos sociais, com a emancipação da mulher o declínio da importância social da maternidade, a descoberta das fórmulas de leite em pó, com forte atuação da indústria de alimentos na publicidade, o desinteresse geral dos profissionais da área de saúde e as rotinas estabelecidas nas maternidades são considerados principais fatores para a substituição da amamentação e do leite materno.
- Aspectos Conceituais
Existem algumas leis de proteção materna, e concerne aos profissionais da área de saúde orientar as mães a conhecer seus direitos. Entre os benefícios legais a legislação brasileira – Constituição Federal de 1988 e Consolidação das Leis do Trabalho preveem:
• Licença de 180 dias após o parto;
• Licença paternidade de cinco dias a partir do dia do nascimento do filho;
• A mãe tem direito a trabalhar uma hora a menos, numa jornada de 8 horas de trabalho para amamentar a criança até os sexto mês de vida;
• Garantia do emprego a gestante, desde a confirmação da gravidez, até o quinto mês do pós-parto;
• Garantia de creche em todas as empresas com mais de 30 mulheres.
Os benefícios e a importância do aleitamento materno para o crescimento e desenvolvimento da criança são primordiais e todos profissionais que trabalham na área da saúde concordam. O leite materno é tido como o alimento ideal para a criança, porque reforça a imunidade, exercendo um papel importante contra a mortalidade infantil. A amamentação ate o sexto mês de vida é, inclusive, recomendação baseada em extensa literatura Organização da Mundial de Saúde (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2003).
Segundo Xavier (2003):
São vários os benefícios, tanto para o bebê quanto para a mãe. O leite humano é alimento complexo e essencial, com capacidade natural de adequar-se às necessidades nutricionais, imunológicas e afetivas do bebê. Atualmente, são conhecidos, em sua composição, mais de 200 constituintes: proteínas, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas, sais minerais, fatores imunológicos e imunomoduladores, enzimas e hormônios. A biodisponibilidade e a apropriada concentração e qualidades de todos os seus constituintes são condições que tornam o leite materno o alimento especificamente indicado para o ser humano nos primeiros meses de vida.
Em suma, é importante salientar os seguintes benefícios da criança que é amamentada:
- Diminui o risco da mortalidade infantil;
- Reduz o número de interações hospitalares;
- Limita a incidências de doenças crônicas e as manifestações alérgicas;
- Traz melhoras ao desenvolvimento neuropsicomotor;
- Traz proteção
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