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RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE - EMPATIA E BASES ÉTICAS

Por:   •  2/7/2018  •  1.130 Palavras (5 Páginas)  •  265 Visualizações

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Há várias desculpas para o não ensino da empatia na educação médica – todas muito boas:

- Falta de modelos empáticos

- Experiências negativas nas enfermarias

- Grade curricular que proporcionam falta de tempo para o acadêmico para desenvolver outras atividades

- Confiança excessiva em testes laboratoriais e exames de imagem (vale lembrar que 80% dos diagnósticos são feitos com uma boa anamnese e um bom exame físico)

A competição por melhores notas dentro da escola entre os próprios estudantes também pode ser um fator. E sabemos que as seleções na faculdade e nas vagas de residência médica são feitas por esse parâmetro. Infelizmente não há maneira praticável de correlacionar empatia e conhecimento entre os candidatos a residência. Hoje a seleção é feita com notas cada vez menores para a entrevista e currículo. Infelizmente.

O estudo e o ensino da relação médico-paciente é uma estratégia valiosa para promover o encontro com valores fundamentais ao ser médico, além de superar o desencontro da medicina com sua essência. A criação de oportunidades para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e promoção de empatia é fundamental para a educação médica, tanto no cenário da assistência primária ao paciente, na medicina familiar e comunitária, bem como em ambientes hospitalares, uma vez que são conhecimentos transversais. O objetivo principal deste estudo é desvendar as percepções dos estudantes do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina sobre a Vivência Hospitalar, atividade prática de ensino do componente curricular Relação Médico-paciente, no qual os alunos passam um dia internados no hospital escola para conhecerem de maneira prática como é ser um paciente. O método utilizado foi o de análise de conteúdo dos relatórios de internação, com abordagem qualitativa e quantitativa. O instrumento de pesquisa foram os relatórios de internação realizados pelos estudantes, com amostragem de 225 relatórios. Depois do processo de leituras e codificação das expressões chave, bem como a contagem da frequência com que essas expressões se repetiam, os resultados puderam ser agrupados em categorias

principais de significados que coincidem com os temas mais relevantes que surgiram após o processo de leitura e análise. As categorias são: sintomas, sentimentos, interações com outros pacientes, interações com o hospital escola, empatia, avaliação da experiência e “os

alunos-pacientes”. Foi possível concluir que a atividade pode ser uma ferramenta importante para a união da teoria e prática durante o ensino de técnicas de comunicação interpessoal e das relações entre médicos e pacientes.

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