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HISTORIA DA AIDS

Por:   •  28/2/2018  •  2.821 Palavras (12 Páginas)  •  291 Visualizações

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Entre os anos de 1990 a 2000, muita coisa mudou, os medicamentos para o tratamento já somavam 15, porém, a estrutura do sistema de saúde no Brasil era precária. As rede pública hospitalar não tinha estrutura física nem financeira para tratar com eficiência os pacientes infectados. Cada vez mais aumentava a quantidade de pessoas infectadas, e um dado alarmante era a quantidade cada vez maior de crianças e gestantes infectadas com o vírus HIV. Além da preocupação com o número de infectados, crescia cada vez mais o preconceito em torno da doença. Existe inúmeros casos relatados na mídia referente a maus-tratos de crianças, gays, gestantes e até pessoa famosas na época. A exemplo o caso da menina de cinco anos Sheila Cartopassi de Oliveira, que teve sua matricula recusada em uma escola de São Paulo, por ser portadora de HIV.

Recentemente no ano de 2013 foi desenvolvida uma vacina experimental contra a Aids conseguiu livrar um grupo de animais do vírus da imunodeficiência símia. O resultado também se mostrou duradouro. Pela primeira vez, cientistas conseguiram determinar a estrutura dos dois co-receptores utilizados pelo vírus HIV para entrar no sistema imunológico dos humanos. Com isso, ampliou-se a esperança em se desenvolver medicamentos mais potentes contra a doença.

Com inúmeras descobertas no decorrer dos anos, o Brasil foi elogiado pela ONU por seu pioneirismo na luta contra AIDS, ao anunciar que oferecerá tratamento a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença. Até agora, o País vinha oferecendo tratamento antirretroviral pela sua rede pública apenas quando a contagem das células de defesa (CD4) do paciente alcança níveis abaixo de 500 células por milímetro cúbico de sangue. Com o anúncio do Ministério da Saúde, o Brasil passou a ser o primeiro país em desenvolvimento a oferecer terapia com retrovirais a todos os pacientes assim que a doença for diagnosticada.

No ano de 2014 a ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou que é possível conter a epidemia da Aids até 2030. O comunicado, apresentado pelo diretor-executivo da ONUAids, Michel Sidibe, e pela atriz sul-africana Charlize Theron, faz um levantamento para que se estabeleça uma série de metas de "via rápida" para combater a doença, a fim de evitar 21 milhões de mortes vinculadas à doença. "Alteramos a trajetória da epidemia", disse Sidibe. "Agora, temos cinco anos para acabar com ela para sempre ou correr o risco de que volte a sair do controle", prosseguiu. A estratégia proposta usa uma fórmula "90-90-90" como meta para 2020: 90% das pessoas sabendo que é soropositiva, 90% das pessoas soropositivas recebendo tratamento e 90% daqueles que estão em tratamento com carga viral suprimida.

Com isso, o SUS (Sistema Único de Saúde), passou a distribuir em novembro duas novas formulações de medicamentos para pacientes com Aids. A ideia é ampliar a adesão ao tratamento e facilitar a logística de armazenamento, distribuição e dispensação. O medicamento distribuído até então exigia armazenamento em câmara fria, com temperatura entre 2°C e 8°C. A rede pública também vai começar a distribuir o Tenofovir 300 mg composto com a lamivudina 300 mg em um único comprimido – o chamado 2 em 1. Atualmente, cerca de 75 mil pacientes estão em uso das chamadas monodrogas, utilizando um comprimido de Tenofovir e dois comprimidos de lamivudina 150 mg ao dia. A estimativa é que 720 mil pessoas vivem com HIV/aids no país, sendo que 150 mil não sabem de sua condição sorológica.

Mas o que significa AIDS?

A AIDS é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Ela se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer.

O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas.

A AIDS e as crianças

A Aids pode atingir também as crianças. Principalmente se a mãe for portadora do HIV. Em mais de 90% dos casos a criança se infecta com o vírus da AIDS através da mãe, isto é, durante a gravidez, no parto ou através da amamentação. Assim como os adultos, as crianças também podem contrair o HIV através de sangue contaminado ou por abuso sexual ou por uso de drogas endovenosas.

As crianças que tem o HIV precisa de cuidados especiais, pois ele pode contrair, com mais facilidade que outras crianças, doenças como pneumonia, diarreia, infecção de ouvido, infecção de pele, tendo dificuldade de ganhar peso e crescer.

Para saber se a criança tem HIV/aids é importante que se faça os exames de sangue da criança, que se chamam ELISA.

Durante os primeiros 18 meses de vida o bebê pode ter o teste positivo, pois ele recebeu anticorpos contra o vírus que a mãe produziu e passaram pela placenta. Mas estes testes não significam que ele é portador do HIV. Por isso é preciso que até os 18 meses de vida o bebê faça este teste de 3 em 3 meses. Só depois de 18 meses há o desaparecimento dos anticorpos que a mãe passou para o seu filho e a partir daí, se o teste ELISA for positivo ele estará contaminado, se for negativo ele não recebeu o vírus, apenas os anticorpos.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa.

Cuidados com amamentação

A transmissão do HIV de mãe para filho é a principal causa de infecção

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