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A Segurança do paciente

Por:   •  18/10/2018  •  3.033 Palavras (13 Páginas)  •  254 Visualizações

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Estudos recomendam que todas as instituições devem possuir políticas específicas para a correta identificação do paciente. A equipe de identificação deve ser orientada quanto a importância da correta identificação dos pacientes e que práticas negligentes ou inseguras não podem ser ignoradas ou aceitas.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) segurança é um problema de saúde pública global. Estima-se que em países em desenvolvimento, causa-se dano a um em cada dez indivíduos que recebem cuidados hospitalares. Muitos problemas nas organizações estão relacionados a erro humano. Apesar das consequências negativas, esses erros podem trazer benefícios para a organização quando são identificados as causas e dessa forma estimulam o aprendizado e a implantação de mudanças para a redução ou prevenção de futuros erros. A importância da identificação do paciente se dá ao longo da história hospitalar, referenciada principalmente nos anais da enfermagem, sendo uma prática do cuidado. A segurança do paciente é um ponto crítico da qualidade do cuidado em saúde. No processo de aprimoramento contínuo é importante estabelecer uma cultura de segurança na organização, analisando seus valores, crenças e normas (NEVES, MELGAÇO 2011).

A estratégia de implantar pulseiras de identificação como uma das ferramentas para promover o cuidado que prima pela segurança dos pacientes configura-se como uma prática de baixo custo para as instituições e de fácil inserção na rotina dos cuidados dos profissionais de saúde (HOFFMEISTER; MOURA, 2015).

No Reino Unido, a The United Kingdom National Patient Safety Agency (NPSA), entre 2003 e 2005, apresentou 236 incidentes relacionados a pulseiras sobre omissão e erro na identificação o que resultou na implantação do protocolo para identificação de todos os pacientes hospitalizados com pulseiras (TASE et al., 2013). Nos Estados Unidos, anualmente, cerca de 850 pacientes são transfundidos com sangue destinados a outros pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito. A cada 1.000 pacientes transfundidos com sangue ou hemocomponentes, um indivíduo recebe a destinada à outra pessoa. Sendo que em dois terços dos casos, o motivo é a identificação errada da bolsa (SCHULMEISTER, 2008).

A má identificação do paciente foi citada em mais de 100 análises de causa raiz realizadas pelo The United States Department of Veterans Affairs (VA) National Center for Patient Safety entre 2000 e 2003 (CBA, 2011). No Brasil, pesquisas demonstram que os problemas com a segurança do paciente são mais freqüentes nos hospitais, quando comparados aos de países desenvolvidos (BRASIL, 2013). Estudos apontam que, de cada dez pacientes, um sofre pelo menos um Evento Adverso (EA) durante o atendimento no hospital. De acordo com Mendes et al. (2005), esse tipo de incidente representa 7,6%, sendo que 66,7% seriam evitáveis.

A problemática de se identificar corretamente um paciente se torna maior e mais desafiadora quando a mesma é articulada às peculiaridades dos serviços e setores de urgência e emergência.

Os serviços de emergência hospitalar podem ser considerados como uma das áreas de maior complexidade de assistência e com maior fluxo de atividades de profissionais e usuários (GOMES, 1994). Esses fatores contribuem para um risco elevado da ocorrência de eventos adversos principalmente por falhas humanas ou no sistema.

No Brasil as crescentes demandas por serviços nessa área têm contribuído decisivamente para a sobrecarga dos mesmos. O aumento da demanda pode ser relacionado ao crescimento do número de acidentes de trânsito e da violência urbana, do envelhecimento da população, ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis e dos quadros agudos, entre outros. Tanto o aumento da demanda dos serviços de urgências e emergência, quanto a insuficiente estruturação da rede tem comprometido a qualidade da assistência prestada à população (CARVALHO, 2008).

Ao pensarmos em qualidade da assistência à saúde e mais especificamente nos serviços de emergência, devemos ter como foco principal as necessidades do paciente em relação à segurança. Quando um indivíduo adentra ao serviço de saúde em busca da cura e do seu bem estar físico, é inadmissível que ele sofra algum dano ou até a morte em decorrência de um sistema que deveria trazer solução ao seu problema de saúde.

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2. JUSTIFICATIVA

O problema de intervenção que motivou este estudo foi a seguinte proposição: como minimizar o risco de ocorrência de incidentes e eventos adversos na unidade de emergência de um hospital no interior do Amazonas?

A correta identificação do paciente é um importante pilar na busca pela melhoria da qualidade da assistência à saúde, pois assegura que o cuidado seja prestado de maneira segura ao paciente ao qual realmente era proposto. Desta forma é possível reduzir o risco de erros e enganos que podem ocorrer, principalmente, na administração de medicamentos, sangue e hemoderivados, na coleta de materiais para exames, na entrega de dietas e na realização de procedimentos invasivos.

[MENCIONAR BREVEMENTE QUE NÃO HÁ SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE NA INSTITUIÇÃO E MENCIONAR , AINDA, ALGUNS PROBLEMAS QUE VOCÊS VISUALIZAM NO COTIDIANO DE TRABALHO]

A realidade local compreende o atendimento de urgência e emergência a pacientes indígenas de várias etnias, moradores locais, peruanos e colombianos, tornando a diversidade linguística e cultural, um fator de risco que dificulta a comunicação podendo comprometer a identificação e a segurança.

Sendo assim, o interesse pelo tema proposto parte da consideração de toda a problemática em torno dos riscos de danos que a identificação inadequada ou inexistente pode trazer ao paciente.

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

[COLOCAR O NOVO OBJETIVO GERAL DE VOCÊS CONFORME DISCUTIDO NO ENCONTRO PRESENCIAL]

3.2 Objetivos Específicos

- identificar na literatura estratégias para mitigar erros associados à identificação do paciente;

- minimizar o risco de ocorrência de incidentes e eventos adversos associados à identificação do paciente;

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