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Fcihamento Curie a a teoria da radioatividade

Por:   •  25/12/2017  •  1.540 Palavras (7 Páginas)  •  389 Visualizações

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Marie fazia parte de um grupo de vinte e três mulheres em meio a mais de mil homens, em uma época que o preconceito quanto às mulheres que estudavam ainda era muito grande. Depois de obter a sua licenciatura, enquanto pesquisava as propriedades magnéticas do aço, como pesquisadora-assistente do professor Lippmann, determinada a ir embora, logo que possível, conheceu o homem que viria a ser o seu esposo, Pierre Curie, o mesmo que a convenceu a não voltar para a Polônia. Após o casamento, começaram a estudar juntos em um laboratório do estabelecimento de trabalho de Pierre. Estes estudos eram voltados para a descoberta de uma radiação identificada por Marie depois de uma réplica do experimento de Becquerel, quando ela notou que a radiação do sal duplo de urânio eletrificava o ar por onde passava, tornando-o ionizado e capaz de conduzir a eletricidade. Srª Curie acompanhou com curiosidade, sempre discutindo com o seu esposo as descobertas de Rontgen e Becquerel, e este foi o primeiro passo que ela deu para chegar ao caminho das grandes descobertas que faria no futuro. Como Becquerel teve dificuldades em suas pesquisas, a curiosidade de Marie por descobrir o que vinha em seguida fez com que ela unisse uma coisa à outra, usando desde tema sua tese para o doutorado.

Desde então, Marie concentrou seus estudos neste fator, e a partir daí, surgiu uma das maiores descobertas do século XX. Em muitos anos de estudo, várias tentativas foram frustradas, mas, nenhuma delas fizera-os desistir. Trabalhavam juntos, porém com objetivos diferentes. Enquanto Marie usava a química para extrair o radio, Pierre usava da física para descobrir a origem da radioatividade do elemento. Em muitas outras tentativas que pareciam frustradas, eles descobriam que, era na verdade mais uma resposta. Começaram do zero, estudaram, e mesmo arriscando de forma severa a própria vida, não desistiram. Marie chegou a dizer que se com aquela radiação era possível queimar o tecido de sua pele, seria provável que fosse possível para curar os tecidos doentes. E baseando-se nesta possibilidade as pesquisas continuaram, trazendo à Marie e a Pierre conquistas e reconhecimento, vindo inteiramente da dedicação de ambos em descobrir algo tão surreal, e que poderia ser tão útil para a cura de doenças.

O autor ressalta que durante este tempo, Marie engravidou da primeira filha do casal, Irène, que logo mais viria a ser colega de pesquisa de sua mãe, formando assim uma das mais marcantes uniões entre pais e filhos da historia. Durante o crescimento da criança, Marie embora não largasse suas pesquisas, não abria mão da rotina de mãe, ela chega a afirmar que nunca deixou de dar o banho à noite em sua filha. Sendo pelo autor comparada a Einstein, só que em uma versão mais aguerrida, pois segundo STRATHERN, Einstein não tinha que ser mãe, nem muito menos esposa, ou seja, estava isento das atividades que Sraª Curie desempenhava em casa. Além de seu trabalho e suas pesquisas, ela era uma mãe e uma esposa que cumpria com seus “deveres” de mãe e esposa.

Ainda jovem Pierre morreu em um acidente, mas, isto não impediu que Marie continuasse com suas pesquisas. Embora fosse agora uma viúva enlutada, ela era mãe de duas crianças, e precisava criá-las. O que fez com afinco, tanto que gerou frutos. Sua filha Irène, ainda jovem começou a auxiliá-la em suas pesquisas, e seguiu com as mesmas, após a morte de sua mãe em 1934, decorrente de um câncer por ficar muito tempo exposta às radiações durante seus anos de pesquisa. Mas antes de morrer, algum tempo após a morte de Pierre, Marie ganhou o segundo premio Nobel, e ficou conhecida em todo o mundo. Viveu alguns escândalos decorrentes de sua vida particular que na época causou revolta em muitas pessoas, que solicitaram-na até que recusasse seu prêmio. Mas, segundo STRATHERN (2000), a mesma deixou claro que a sua vida pessoal, e profissional não estavam interligadas, sendo assim, não haviam motivos que a fizessem recusar o prêmio.

Os frutos dos anos de dedicação de Marie, são colhidos até hoje. As pesquisas se aprofundaram com o passar dos anos, tornando o uso de radioativos na cura de doenças, menos danosos, e mais úteis. Mas, o primeiro passo foi dado há mais de cem anos atrás, por uma mulher que junto ao seu esposo, não se preocuparam com o risco que estavam correndo ao se expor de tais formas diante de um elemento tão poderoso e danoso para a saúde de ambos na época, decidindo transformá-lo em algo benéfico, que pudesse ser a cura que muitos precisavam. E de fato, tornou-se uma grande solução para muitos problemas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

STRATHERN, Paul; Curie e a Radioatividade em 90 Minutos; Editora Zahar – Rio de Janeiro; 2000 (40 pag.)

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