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Teoria Miasmática e Bacteriológica

Por:   •  19/1/2018  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  401 Visualizações

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Com a Segunda Guerra Mundial é levantada a questão da saúde física e mental dos combatentes, representando uma demanda concreta para o desenvolvimento de métodos mais eficientes para medi-la. Esses métodos, depois de aperfeiçoados, resultam na sua aplicação a populações civis, fase que coincide com um pós-guerra associado à intensa expansão do sistema econômico capitalista. Neste mesmo período foram realizados grandes inquéritos epidemiológicos, principalmente a respeito de doenças não infecciosas, que se revelaram como problemas de saúde pública durante o processo de seleção de recrutas para os exércitos.

No início da década de 60, a pesquisa epidemiológica passa por uma profunda transformação, com a introdução da computação eletrônica, onde se experimenta a ampliação real dos bancos de dados juntamente com a potencialidade da criação de técnicas analíticas, com especificações inimagináveis no tempo de análise mecânica de dados.

1.3. Principais nomes dos cientistas envolvidos na história da Epidemiologia.

John Graunt - Levantamento da Estatística médica.

Johann Peter Frank - Sistematiza as propostas de uma política médica.

Alexandre Louis - Percursor da avaliação de eficácia dos tratamentos clínicos utilizando método de estatística.

Friedrich Engels - Escreveu o primeiro texto analítico da epidemiologia critica.

John Snow - Considerado o pai da Epidemiologia

William Far - Criou um registro anula de mortalidade e morbidade para Inglaterra que marca a institucionalização da Estatística Médica.

Major Glenwood - Principal responsável pela introdução do raciocínio estatístico na investigação epidemiológica.

John Ryle - Sistematiza o paradigma da História Natural das doenças em 1936.

Jerome Cornfield - Desenvolvimento de estimativas de risco relativo e introduziu técnicas de regressão logística na análise.

1.4.Quais foram as contribuições de cada um?

Os cientistas do século XVII, objetivaram entender como as doenças agiam no organismo humano e qual era a real causa de tantas contaminações. Nessa época falava-se de miasma, o que para nossa época é um constante absurdo, pois hoje com grandes estudos feitos por vários cientistas pudemos entender que na realidade as doenças são muitas das vezes causadas por bactérias, vírus e entre outros, não pelo simplesmente fato de fazer ou estar em um lugar insalubre, mais sim de se ter agentes causadores de doenças nesse lugar insalubre.

Segundo Foucault, a epidemia deveria ser estudada para entender com que periodicidade ela dizimava rebanhos, que causavam grandes perdas para a nascente indústria têxtil francesa. Se tratando de humanos, estudar caso a caso era seu grande foco, assim o povo como elemento produtivo, ficariam além de disciplinados, com saúde para que seu trabalho não fosse interrompido nessa época de constante crescimento industrial. Sendo estas também as bases para o estudo da aritmética política de William Pettty e dos levantamentos feitos pela estatística médica de John Graunt.

Johann Peter Franck, por sua vez propunha políticas médicas, baseadas na compulsoriedade de medidas de controle e vigilância das doenças, colocando como responsabilidade do estado, e impondo juntamente regras de higiene individuais para o povo. Para que assim houvesse uma diminuição de miasmas e consequentemente a diminuição das doenças.

Em 1825, o pesquisador Alexandre Louis fez outro estudo estatístico com 1960 casos de tuberculose. Por ser Médico e matemático Louis trouxe muitos benefícios na avaliação da eficácia de tratamentos clínicos utilizando os métodos estatísticos. Com esse método Louis influenciava o desenvolvimento de estudos de morbidade na Inglaterra e nos Estados Unidos, o que originou a Saúde Pública.

Com a Revolução Industrial, formou-se um proletariado urbano, submetido a intensos níveis de exploração o que consequentemente causava o desgaste da classe trabalhadora que deteriorava profundamente as suas condições de saúde. Mostrado por Frederich Engels em “As condições da classe trabalhadora na Inglaterra”, Engels talvez tenha feito o primeiro texto analítico da epidemiologia crítica. Desde então o termo medicina social proposto por Guèrin, serviu para designar genericamente modos de tornar coletivamente a questão da saúde.

Jonh Snow, considerado pai da epidemiologia, iniciou seus estudos no contexto da Medicina Social, para terminar antecipando uma demonstração da teoria microbiana, no caso da transmissão do cólera morbo. O termo Epidemiologia, como tantos outros termos, passou a ser definido por vários outros estudiosos, mais foi em 1950 organizado por um grupo de médicos simpatizantes das ideias médico-sociais, que o London Epidemiological society, apresentou o notável trabalho de William Farr, que criou um registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra e País de Gales, marcando a institucionalização da estatística Médica. Para se desvencilhar do projeto sanitarista, a Epidemiologia precisa retomar a tradição hipocrática (teoria criada por Hipócrates) e médico social de privilegiamento do coletivo visto como mais que um conjunto de indivíduo.

O Major Geenwood, é o principal responsável pela introdução do raciocínio estatístico na investigação epidemiológica, rejeitando o caráter fundamentalmente descritivo da “epidemiologia das epidemias”. Já os trabalhos de Wade Hampton Frost, utilizava técnicas estatísticas para o estudo das variações na incidência e prevalência das doenças, com a intenção da avaliar os seus determinantes genéticos e sociais.

As investigações de Goldberger, estabeleceram a sua natureza carencial a partir do uso do raciocínio epidemiológico, registrando a expansão da disciplina para um objeto mais ampliado, para além das doenças infectocontagiosas.

John Ryle sistematizava o paradigma da história natural das doenças em 1936.

A contribuição de Joreme Cornfield, para o desenvolvimento de estimativas de risco relativo, além de introduzir técnicas de regressão logística na análise epidemiológica. Há também um forte movimento de sistematização do conhecimento epidemiológico produzido, talvez

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