O PAPEL DO ENFERMEIRO NAS CONSULTAS DE PUERICULTURA: NA ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMILIA.

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Desde cedo as crianças vem chamando atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), pois é nesta fase da vida onde ocorrem mais mudanças físicas e biológicas, cabe então ressaltar que o profissional de enfermagem tem um papel de grande importância no desenvolvimento dessas crianças. Quando ele se apodera desta ferramenta que é a consulta de puericultura, para aproximar-se da mãe buscando conhecer essa criança como um todo, compreendendo e lidando com determinantes em saúde como: a cultura, o ambiente em que ela estar, a qualidade de alimentação que ele tem, permitindo assim, identificar as necessidades e possibilidades da criança, considerando suas relações sociais seus recursos disponíveis, intervindo de forma apropriada para garantir que este ser se mantenha saudável. Nesse contexto, sem duvida, a puericultura é uma excelente ferramenta para se criar uma nova cultura de cuidados com a criança saudável, evitando assim o estigma que existe na mãe, de que a criança só tem necessidade de assistência se estiver acometida de alguma patologia. Então se consiste em uma ferramenta oportuna para a promoção a saúde, para o acompanhamento integral da criança de forma que venha a promover mudanças não só na criança e na mãe, mas estar aberto a uma troca de saberes, o que consiste na aplicação da enfermagem no individuo, na mãe e na comunidade.

Para Campos et al. ( 2011) embora a consulta de enfermagem atualmente seja uma pratica prestada de modo sistemático, no atendimento as crianças das famílias pelas Equipes de Saúde da Família, observamos, em nossa prática profissional que nem todos os enfermeiros percebem-se aptos, nem interagem tranquilamente com esta atividade.

Assis et al . (2011) Tendo em vista que a ESF vem promovendo mudança nas práticas de saúde, preocupa-nos o modo como às equipes que atuam nestas unidades têm organizado seu processo de trabalho em relação às ações específicas de puericultura. Refletir sobre esse aspecto do cuidado na atenção básica nos faz perceber que cuidar de crianças implica promover uma acolhida generosa, a escuta atentiva, o diálogo, o vínculo e a responsabilização.

Para Vasconcelos et al ( 2012 ) apud Czeresnia & freita ( 2003) ao reconhecer o valor das ações educativas , menciona-se o fato de que a promoção a saúde é um processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle deste processo. Para que seja efetivo, deve-se repensar sob a perspectiva social, compreender que as reais práticas somente apresentam lugar entre sujeitos sociais e considerar a educação em saúde como estratégia para a constituição de indivíduos que se movimentam em direção a um projeto de vida libertador.

2. REFERÊNCIAS

Assis WD, Collet N, Reichert APS, Sá LD. Processo de trabalho da enfermeira que atua em puericultura nas unidades de saúde da família. Ver. Bras. Enferm. Vol.64 no. 1 Brasilia Jan/Feb.2011

Brasil. Ministério da saúde. Centro de Documentação. Assistência integral à saúde da criança: ações básicas. Brasília, 1984.

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasil (DF) 2012.

Campos RMC, Ribeiro CA, Silva CV, Saparolli ECL. Consulta de enfermagem em puericultura: a vivência do enfermeiro na estratégia de saúde da família. Rev Esc Enferm USP. 2011

Vasconcelos VM; Frota MA; Martins Mc; Machado MMT. Puericultura em enfermagem e educação em saúde: percepção de mães na estratégia saúde da família. Anna Nery vol. 16 no.2 Rio de janeiro Apr./June 2012

Czeresnia D, Freitas CM. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003.