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DENGUE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

Por:   •  12/2/2018  •  3.221 Palavras (13 Páginas)  •  290 Visualizações

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o aparecimento da febre. Alguns aspectos clínicos dependem da idade do paciente. Desse modo, dor abdominal generalizada tem sido observada mais freqüentemente entre crianças e manifestações hemorrágicas, como: petéquias, epistaxe, gengivorragia, e metrorragia têm sido relatadas mais frequentemente entre adultos, ao fim do período febril. (BRASIL, 2002)

A doença tem duração de 5 a 7 dias, mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar se por várias semanas. (BRASIL, 2002)

Já a Febre Hemorrágica da Dengue (FHD): os sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém há um agravamento do quadro, no terceiro ou quarto dias de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e de colapso circulatório. A fragilidade capilar é evidenciada pela positividade da prova do laço a qual consiste em se obter, através do esfigmomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do paciente, mantendo-se esta pressão por 5 minutos; quando positiva, aparecem petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou mais por polegada (um quadrado com 2,3 cm de lado), essa prova é considerada fortemente positiva. Esta prova não pode ser realizada com garrote ou torniquete (BRASIL, 2002).

Contudo existem outras manifestações hemorrágicas incluindo petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragia em diversos órgãos (gastrintestinais, intracranianos, entre outros), e hemorragias espontâneas pelos locais de punção venosa. Nos casos graves de FHD, o Choque geralmente ocorre entre o 3º e 7° dias de doença, geralmente precedido por dor abdominal (BRASIL, 2002).

O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória. É de curta duração, e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada. Caracteriza-se por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e da pressão arterial, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. (BRASIL, 2002)

Todo paciente que apresente doença febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos sintomas, como cefaléia, dor retro orbitária, mialgias, artralgia, prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias. Além de ter estado, nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti necessita de uma observação afinco sobre o risco de infecção por dengue (BRASIL, 2002).

A seguir observam-se os períodos pré- patológicos e o período patológico da historia natural da dengue com ênfase no primeiro contato, no limiar clínico, na recuperação e em casos de agravos levando ao óbito.

PERÍODO PRÉ- PATOLÓGICO PERÍODO PATOLÓGICO

Antes de o individuo adoecer Curso da Doença no organismo Humano

Visita local endêmico

Reservatório de água parada

Período chuvoso

Clima tropical

Picada do mosquito (Aedes aegypti) vetor contaminado

Doença precoce discernível

Dengue clássica

(DC). Doença avançada

Caracterizada como Dengue Hemorrágica (FHD). Convalescença

Varias semanas dependendo sempre do tipo de evolução.

ALTERAÇÕES PRECOCES

Fase de Suscetibilidade

Não tem essa fase todos estão suscetíveis. Fase patológica pré- clínica

Plaquetopenia, Soro positivação. Fase Clínica

Hepato esplenomegalia, epistaxe, gengivorragia, metrorragia, petéquias e equimoses, Febre alta Acompanhada de mais dois sintomas como: náuseas, vômitos, exantema, prurido cutâneo, artralgia, prostração, mialgia, cefaleia retro orbital, Fase residual

Repouso, hidratação,

Observação.

DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA

O processo saúde doença é resultante de múltiplas causas, em interação complexa. Algumas causas podem ser encontradas na própria biologia do ser humano, enquanto outras, não. A melhor compreensão dos fatores determinantes não biológicos na manutenção da saúde e na produção de doenças tem sido objeto de preocupação crescente de muitos estudiosos, e as investigações chegam invariavelmente à conclusão de que saúde e doença são, na realidade, eventos biossocias, ou melhor, biopsicossociais (PEREIRA; M.G, 2002).

A dengue atualmente é a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, e constitui-se em sério problema de saúde pública no mundo. A doença ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor (BRASIL, 2002).

Considerando que a maioria das teses presentes afirma que a atmosfera da Terra particularmente a Troposfera esteja se aquecendo, observa-se que as repercussões positivas e negativas das mudanças climáticas sobre a natureza e a sociedade são, mesmo que especulativas em boa parte das vezes, bastante preocupantes. Acredita-se que a incidência de algumas enfermidades tenderá a diminuir, mas, muitas, ao contrário aumentaram, principalmente as transmissíveis e infecciosas como: a cólera, a malária, a dengue e entre outras, apresentando tendências à intensificação de sua incidência em condições de maior calor (Mendonça; F et al, 2003).

Sendo assim faz assinalar que o fator climático é tomado como entrada para o estudo da manifestação da dengue, porém, ainda que seja considerado um importantíssimo elemento associado à ocorrência desta doença, o clima, sozinho, não possibilita uma abordagem satisfatória da problemática que envolve a incidência da dengue; assim, é necessário observar também outras variáveis ambientais, as condições: socioeconômicas e as políticas de saúde pública da sociedade envolvida (Mendonça; F et al, 2003).

Sendo que a dengue uma doença endêmica que cresce na época do verão, pois o mosquito precisa da umidade e de água parada para depositar os ovos.

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