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Autismo: juntar-se à comunidade

Por:   •  22/10/2018  •  2.663 Palavras (11 Páginas)  •  490 Visualizações

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Para um casal à espera de um filho pode ser uma espera de anos. Quando o sonho é realizado vem a notícia de que seu filho é autista.

E agora, o que fazer? A importância da informação e orientação aos pais de onde começar a procurar ajuda para seu tão sonhado filho.

Muitos não sabem o que é autismo e confundem com hiperatividade e ausência de concentração.

Não é fácil para os pais ver seus filhos em seu próprio mundo como em uma bolha isolados balançando seu corpo pra lá e pra cá, brincando de forma estranha mas autismo não é só isso, o autismo se manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga por toda vida.

Seus sintomas afetam a socialização, a comunicação e o comportamento o que mais é atingido é a interação social.

Um autista percebe um mundo diferente do nosso. Professores, profissionais a sociedade e os pais precisam mergulhar em seu mundo, e perceber o mundo da mesma forma que eles sendo assim os resultados serão transformadores e surpreendentes.

Esse trabalho tem como objetivo mostrar a importância da inserção da criança autista a sociedade. Muitas pessoas acham estranho o comportamento dos autistas. Mas é importante integrá-los à sociedade, pois eles possuem dificuldades em fazê-lo. Há diversas técnicas para eles se sociabilizem e cada uma tem um nível de eficiência de acordo com o perfil psicossocial de cada um.

A família tem de acolher a criança e procurar ajuda profissional para acompanhar seu desenvolvimento, para que o autista possa ter o máximo de independência possível.

A inclusão social das pessoas com autismo deve começar em casa. Todo autista tem direito de ser acolhido por sua família que deve ser fortalecida, instruída e instrumentalizada para defender os direitos humanos das pessoas com autismo, possibilitando seu pleno desenvolvimento e a inclusão na sociedade.

4.0 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

Apontando as dificuldades encontradas ao inserir uma criança autista na sociedade, destaca-se a dificuldade na qualidade da inserção social, onde não conseguem ter interação social satisfatória; não conseguem estabelecer contato visual; tem dificuldade de compartilhar momentos ou interesse com outras pessoas; falhas na postura ou nos movimentos; riscos inadequados ou inapropriados como gargalhadas sem motivos. Com essas atitudes, muitas pessoas isolam esses pacientes tornando-as inviáveis.

A inclusão da criança autista na sociedade baseia-se em algumas orientações básicas sobre o que os pais podem fazer para melhorar o desenvolvimento dos seus filhos

Quanto mais informações tiver sobre o autismo maiores são as chances de gerenciar o problema e buscar alternativas eficazes

Incentivar o filho se cuidar sozinho, ajude-o a realizar atividades básicas da sua vida diária como: comer sozinho tomar banho e se trocar, com a pratica ele conseguirá sozinho

Procurar dividir as tarefas em etapas pequenas, no início será importante ajuda-lo se ele não conseguir mostre como deverá ser feito, elogie sempre seu filho, dividir responsabilidades dentro de casa para que não cai totalmente em seus ombros.

Conversar com outros pais com filhos autista, procurar oportunidades para seu filho desenvolver habilidades sociais como: academias, clubes etc....; trabalhar em conjunto com a escola elaborando um plano que atenda às necessidades de seu filho e buscar ajuda especializada.

Observa-se que Kanner (1943) ao descrever e definir o conceito de autismo valorizou o viés da impossibilidade de comunicação, de linguagem e mesmo de estabelecer contatos afetivos. Ao enfatizar os aspectos da fala, esse autor passou a despovoar e esvaziar a interioridade de tais sujeitos, isolando-os do mundo externo. Contudo, o próprio Kanner (1943) no exercício de sua prática clínica junto a pacientes “autistas”, viu-se envolvido em contradições, o que pode ser observado na citação abaixo:

O vocabulário incrível das crianças que adquiriram a linguagem, a excelente memória para acontecimentos ocorridos há vários anos, a fenomenal capacidade de decorar poemas e nomes e lembrar-se precisamente de sequências e esquemas complexos, testemunham uma boa inteligência no sentido comumente aceito deste termo (KANNER, 1943, p. 247-248). Em 1943,

Kanner afirma que os autistas não possuem linguagem e que as expressões de linguagem não passam de ecolalia (frases repetitivas). Não obstante, em 1946, conclui que não se pode afirmar a ausência de linguagem, tendo em vista a capacidade criadora destas crianças, mas que as construções linguísticas só fazem sentido dentro de um contexto.

Orrú (2012), apresenta o estudo do psiquiatra austríaco, Leo Kanner, residente nos Estados Unidos, médico do departamento de psiquiatria infantil do Hospital Johns Hopkins, que publicou, por volta de 1943, o artigo intitulado: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo. Neste artigo, descreve o caso de onze crianças com quadro de autismo severo, marcado por características de obsessividade, estereotipias e ecolalia bem acentuados. Outro traço importante percebido por Kanner em seu estudo foi que o distúrbio afeta a interação da criança com seu ambiente, e pessoas desde o início de sua vida.

Cunha (2012), comenta que Kanner apropria-se do termo autismo pelo psiquiatra suíço Bleuler, empregado pela primeira vez em 1911, cuja finalidade era descrever a fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes acometidos de esquizofrenia.

Segundo Cunha (2012, p. 20), “o termo ‘autismo’ deriva do grego ‘autos’, que significa ‘por si mesmo’ e, ‘ismo’, condição, tendência”. As crianças observadas pelo psiquiatra austríaco apresentavam as características de isolamento, igualmente demonstrada pelos esquizofrênicos, dando a impressão de que eles estavam presos em si mesmos. Porém, o diferencial era que no autismo esta condição já estava presente desde tenra idade.

Embora, Kanner, em seus artigos, não afirmasse a posição psicodinâmica como sendo a origem do autismo, levantou esta possibilidade, pois, as crianças observadas não possuíam a capacidade inata para estabelecer contato afetivo e biologicamenteprevisto no desenvolvimento, sem estimulação, devido a esta condição,ressaltou a possibilidade delas não serem receptivas às personalidades dos pais, gerando a hipótese da etiologia deste transtorno ser de natureza psicodinâmica (BRASIL, 2013).

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