A OBESIDADE INFANTIL

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A obesidade é uma doença que traz como consequência diversas complicações à saúde, e não simplesmente um resultado negativo à estética corporal. Indivíduos com prevalência de gordura na sua composição corporal possuem maior facilidade de desenvolver doenças tais como: Cardiopatias, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão, diabetes e depressão. Segundo o relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a obesidade é a causa de morte de 2,8 milhões de pessoas por ano. Os dados divulgados alertam, em síntese, para o aumento das doenças não contagiosas ligadas à obesidade: diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares. Os agravos à saúde e epidemiologia da obesidade ilustram a importância e o impacto da doença, no âmbito individual e coletivo, dentre os quais, os custos alarmantes são de cerca 1,5 bilhão de Reais por ano com internações hospitalares, consultas médicas e medicamentos, e que, em muitos casos resultam em óbito por suas consequências, sendo que o número de óbitos decorrentes da obesidade representam 2/3 das mortes no mundo. Segundo Lamounier e Parizzi (2007), a obesidade infantil e na adolescência está diretamente relacionada à obesidade na idade adulta, pois cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de idade e 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade permanecerão obesas. Além disso, aterosclerose e hipertensão arterial, doenças típicas de adultos, são processos iniciados na infância e relacionados à obesidade. Estes dados nos mostram a importância de se combater a obesidade ainda na infância, pois os números nos mostram a imensa possibilidade de a obesidade infantil se estender até a idade adulta trazendo consigo todas as complicações na saúde.

Tendo como o principal fator determinante da obesidade infantil, a má alimentação aliada ao sedentarismo, temos como principal causador dessa pandemia um fator exógeno e, portanto, modificável. Tendo a obesidade com suas consequências como responsável por 2/3 de mortes por doenças no mundo, se faz necessário uma intervenção para combater essa pandemia mundial. É importante lembrar que na infância são formados os hábitos alimentares e de atividade física. Crianças adquirem hábitos

8- JUSTIFICATIVA

Na antiguidade, os homens eram obrigados, por questão de sobrevivência a caminhar quilômetros em busca de alimentos e abrigo, necessitando de um grande gasto energético. Com o passar dos anos, a evolução e seus avanços tecnológicos trouxe uma crescente substituição do homem pelas máquinas. Essas facilidades beneficiaram o homem, lhe proporcionando um maior conforto, mas em contraponto, esse mesmo conforto com o passar dos anos exigiu cada vez menos esforço para as atividades do dia a dia, desencadeando uma legião de homens sedentários. O baixo gasto energético aliado a uma alimentação rica em gorduras presentes no mundo atual são dois fatores infalíveis para desenvolver a obesidade.

Na metade século XVIII, com a Revolução Industrial, a estrutura social sofre uma nova transformação, passando do feudalismo para o capitalismo. Uma

característica marcante dessa revolução foi o crescente avanço tecnológico,

substituindo o trabalho braçal pela máquina, exigindo assim, cada vez menos

dispêndio de energia para a realização do trabalho humano (GOTTLIEB, CRUZ e BODANESE, 2008).

A Obesidade é uma doença onde há um excesso de gordura armazenada no corpo, ocasionada por diversos fatores, entre eles fatores genéticos, comportamentais, ambientais e culturais. Inicialmente atribuída aos adultos, está cada vez mais frequente em crianças e adolescentes, tendo como consequências diversas complicações na saúde como pressão alta, diabetes, depressão dentre outras.

Devido às mudanças no estilo de vida da população em geral, no decorrer da história, as doenças crônico-degenerativas passaram a predominar como as principais causas de óbitos e internações no mundo inteiro (ROUQUAYROL, 1998). Nessas mudanças está incluído o aumento de consumo de alimentos industrializados e ricos em gordura, que associado ao sedentarismo, aumentou o índice de obesos no Brasil e no Mundo. “Estas mudanças afetaram principalmente os hábitos alimentares e o padrão de atividade física dos povos do ocidente, os quais, atualmente, se caracterizam pelo alto consumo de carne vermelha, de alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares simples e processados industrialmente, além de se mostrarem cada vez mais sedentários, consequentemente aumentando o número de casos de obesidade e doenças relacionadas (POLLOCK; WILMORE, 1993; MONTEIRO; MONDINI; COSTA, 2000).” Sobrepeso e obesidade são a quinta principal causa e fator de risco para a morte no mundo. Globalmente, o sobrepeso e a obesidade estão associados a um maior número de mortes do que a desnutrição e , segundo a Organização Mundial de Saúde, é um dos problemas mais graves de saúde pública do século XXI, pedindo, portanto, maior atenção e atitude em relação ao caso.

O excesso de peso pode ser causado por dois fatores importantes: a hipertrofia (aumento de tamanho das células adiposas) ou pela hiperplasia (aumento de quantidade das células adiposas). Isso acontece quando o consumo de calorias ingeridas diariamente é maior que o gasto de energia necessário para desenvolver suas atividades diárias, onde o excesso de calorias que não foram gastas armazena-se no organismo em forma de gordura. Esse gasto energético aumenta através das atividades físicas, que além dos benefícios que trazem a saúde, ajudam a eliminar as calorias excedentes no organismo. A necessidade das práticas esportivas é evidente, pois, além de ajudar a manter o peso ideal, hábitos saudáveis gerados ainda na infância, tendem a se estender até a idade adulta, contribuindo assim, para que haja um maior número de crianças, jovens, e adultos saudáveis.

A alimentação é os hábitos de uma criança, sofrem uma forte influência familiar, sendo que a família é o primeiro núcleo social do ser-humano, tendo como segunda fonte de influência, professores e hábitos adquiridos na escola na infância. Através desses dados, podemos perceber a importância e influência da escola como promotora de hábitos, aumentando a responsabilidade dos profissionais que nela atuam. Tendo a má alimentação e o sedentarismo como principais fatores determinantes para a obesidade, essa pesquisa tem como objetivo mostrar a importância do educador físico na prevenção da obesidade infantil através das atividades