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A OBESIDADE INFANTIL: O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL FRENTE A ESTA PROBLEMÁTICA

Por:   •  26/12/2018  •  2.853 Palavras (12 Páginas)  •  423 Visualizações

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Para atender os objetivos propostos, este estudo foi realizado através da pesquisa bibliográfica. Foi realizado um levantamento, seleção e documentação dos materiais já publicados sobre o assunto em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses e dissertações.

O texto foi baseado nas ideias dos seguintes autores: Costa et al (2009), Gemelli; Mendes (2007), Martinez; Pereira; Soar (2010), Oliveira; Costa; Rocha (2011), SILVA et al (2014) e Silveira; Andrade; Guimarães (2009).

Desenvolvimento

No Brasil, até o século passado, as publicações envolvendo a nutrição eram concentradas nos aspectos da desnutrição. Entretanto, era evidenciada uma situação característica de "transição epidemiológica nutricional", marcada por uma diminuição de doenças transmissíveis e aumento nas doenças crônicas não transmissíveis. Neste contexto, são observados dois extremos de má alimentação: Desnutrição pela carência e obesidade pelo excesso. Desta forma, a obesidade caracteriza-se, na atualidade, um importante problema de saúde pública, pelas suas elevadas taxas de prevalência, não somente em adultos, mas principalmente em crianças (LAMOUNIER, 2009).

Para Silva e Polubriaginof (2012) a obesidade pode ser compreendida como um agravo de caráter multifatorial, englobando questões biológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas.

Dentre as causas apontadas para o surgimento ou agravo da patologia, pode ser incluído o convívio escolar. A escola é, depois do ambiente familiar, o local em que as crianças passam por uma intensa fase de socialização. Novas influências serão sofridas, e assim, existe uma maior inclinação para a repetição de comportamentos, bons ou ruins, de professores e outras crianças.

Por entender a importância do ambiente escolar na formação dos hábitos alimentares, Silva et al (2014) infere que a escolha da escola para a realização das atividades pode ser justificado pelo fato deste ambiente ser considerado um espaço privilegiado para o desenvolvimento de saberes, incluindo programas voltados para a educação alimentar e nutricional.

A educação nutricional é um instrumento notável de promoção à saúde

através da construção de bons hábitos alimentares, adquiridos principalmente na idade escolar. Ela deve ser fruto do conjunto de relações estabelecidas entre diferentes agentes participantes do processo de aquisição de conhecimento (GONÇALVES et al 2009).

A EAN é definida como:

Educação Alimentar e Nutricional é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo, considerando todas as fases da vida, etapas de sistema alimentar e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar (RIO GRANDE DO SUL, 2016, p. 3).

Fernandes et al (2009) acredita que a implementação de programas de educação nutricional nas escolas e a criação de um ambiente favorável à saúde e à promoção de práticas alimentares e estilo de vida saudáveis constituem uma importante estratégia para enfrentar problemas alimentares, como a obesidade e as DCNT.

Para Martins, Walder, Rubiatti (2010):

A EAN deve ser vista como uma importante estratégia para a prevenção e regressão de estados patológicos, buscando assim o aumento da qualidade de vida. A implantação das estratégias de EAN possibilitará às crianças a aquisição de conhecimentos básicos sobre alimentação e nutrição e um maior incentivo a alcançar um comportamento alimentar concordante com a saúde. Para que as ações sejam positivas com o público infantil, devem ser adotadas atividades metodológicas lúdicas e dinâmicas, afim de explorar o potencial criativo e a imaginação dos participantes, criando assim um ambiente favorável à convivência saudável e dando início a um processo de afirmação da identidade alimentar.

Concordando com a ideia de implantação de estratégias criativas, os autores dos ensaios analisados utilizaram as seguintes atividades para as crianças envolvidas nas ações: montando a pirâmide: Foi distribuído para cada grupo um desenho de uma pirâmide sem alimentos confeccionada em cartolina. Também foi entregue figuras de alimentos, as mesmas deveriam ser colocada em seus devidos lugares. Para cada alimento colado no local certo à equipe recebia 10 pontos a equipe que terminou primeiro ganhava 20 pontos (GEMELLI; MENDES. 2007).

Adivinhando os alimentos: 5 representantes de cada equipe foram escolhidos, eles deveriam degustar e adivinha o que estavam comendo. Os alimentos utilizados para a dinâmica foram: mamão, queijo, sardinha, pão e chocolate. Após vendados, os alimentos eram introduzidos na boca do participante. A cada acerto era creditado à equipe 10 pontos (GEMELLI; MENDES. 2007).

Trilha da alimentação: O grupo elegeu uma criança para andar sobre a trilha, outro eleito ficou responsável por ler as cartas com perguntas relacionadas a alimentação equilibrada. A cada acerto a criança avançava, ao errar a criança permanecia na casa onde estava (GEMELLI; MENDES. 2007).

Silva et al (2014) propôs que as crianças preparassem receitas de baixo custo e adequadas para serem consumidas durante o lanche. Ao término de cada oficina culinária, enquanto as preparações assavam ou resfriavam, a turma era encaminhada para a sala para a realização de outras atividades com a utilização de materiais ilustrativos que apresentava os alimentos, a origem de cada um, o que são e o que contém e a pirâmide dos alimentos tridimensional, sendo ilustrada por gravuras plastificadas possibilitando assim o livre manuseio pelos estudantes.

A pirâmide também foi utilizada durante as oficinas de culinária a fim fazer uma relação e para que os participantes pudessem localizar os produtos utilizados nas preparações executadas dentro dos grupos alimentares.

Silveira, Andrade e Guimarães (2009) separaram as crianças em dois grupos para que as atividades fossem realizadas. Parte do grupo participou das ações de EAN na sala de aula onde foram realizadas atividades de dinâmica utilizando a pirâmide alimentar voltada para crianças e assistiram palestras abordando temas relacionados à alimentação saudável, minerais, vitaminas, fibras, açúcar e gorduras.

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