A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO COMBATE À OBESIDADE INFANTIL
Por: SonSolimar • 7/11/2018 • 3.732 Palavras (15 Páginas) • 423 Visualizações
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Ao longo do dia o corpo armazena as calorias não gastas em forma de células adiposas para usar como energia mais tarde, esse processo é comum em nosso organismo, mas quando essa energia armazenada não é gasta as células adiposas se multiplicam gerando o sobrepeso, assim a criança que passa todo o dia dentro de casa, se movimentando muito pouco, mas sem limitar a alimentação tende a cada dia gerar mais sobrepeso, a permanência nesse padrão comportamental afeta a saúde física e compromete o desenvolvimento da criança. Assim, SANTOS, et al (2007, p. 207) esclarece que “a obesidade da infância e da adolescência pode perdurar na vida adulta e resultar em consequências em curto e longo prazo (...) e que “várias doenças são desenvolvidas a partir desse quadro”.
Contribuindo para tal situação tem-se também a limitação física das grandes cidades, onde a criança se mantém refém dos carros, ônibus e apartamentos cada vez menores, a praticidade também interfere nessa situação, pela falta de tempo os pais tem cada vez mais buscado soluções rápidas para situações do dia-a-dia, assim as refeições se limitam a produtos embutidos, que são carregados de sódio e de gorduras. A ausência do movimento em conjunto com a má alimentação influencia cada vez mais no crescimento da obesidade infantil. Como principal forma de combater essa realidade entra em cena a orientação do profissional de Educação Física nas escolas, buscando a reeducação corporal do aluno, lhe possibilitando a orientação necessária para que o combate transponha os limites da escola. (SANTOS, et al, 2000)
Para a elaboração do presente trabalho foram usados como objetivos gerais a análise da prática da educação física como forma de tratar a obesidade infantil, buscando a minimização da obesidade em crianças. A pesquisa em tela se orienta pela investigação dos conceitos teóricos, abordando as causas e possíveis soluções para o problema, orientando-se por concepção de saúde, tendo como referência pesquisas bibliográfica e eletrônica.
Em sequência, será a abordada a figura da escola como promotora da saúde, com base na alimentação saudável e as estratégias para a implantação da mesma, o esporte será abordado como membro do conteúdo pedagógico essencial no ensino fundamental. Como apontamento final será exposta a contribuição da atividade Física Escolar frente ao controle e a prevenção da obesidade infantil. (GOMES, 2000)
2 Obesidade infantil
A constante mutação social nem sempre contribui de forma positiva para a sociedade e para seus membros, um bom exemplo disso é o crescimento alarmante dos casos de obesidade, principalmente em crianças, problema esse que surge cada vez mais cedo na vida dos pequenos.
Alguns especialistas atribuem esse fenômeno à busca pela otimização do tempo, assim cada vez mais são demandadas formas mais fáceis, para situações rotineiras, mas as vezes a otimização do tempo acaba sendo prejudicial, a substituição de refeições balanceadas por “lanches rápidos”, ou a troca da caminhada pelo uso de veículos motorizados tem interrompido o ciclo normal do dia-a-dia, assim o indivíduo ingere muito mais do que gasta em sua rotina, fato que consequentemente acarreta no ganho de porcentagem reserva, ou seja, sobrepeso. (SANTOS, et al, 2000)
A aplicação dessa equação de forma continuada gera cada vez mais o ganho de sobrepeso, fator que ainda é acrescido pelo fato de que cada refeição é sempre rica em açucares, gorduras, sódio, dentre outros aditivos. Esse quadro é desenvolvido cada vez mais cedo, surgindo muitas vezes no início da gravidez, onde a gestante burla as orientações alimentares feitas no pré-natal, contrariando a ideia de que a prevenção dos quadros de obesidade futuros devem começar logo no início do pré-natal. (CAETANO, et al, 2000)
2.1 Conceituação de Obesidade
Os quadros de obesidade resultam da desarmonização acerca dos valores calóricos, e da qualidade calórica ingerida com o gasto efetuado diariamente, quando se gasta mais do que se ingere, ocorre o emagrecimento, porém quando a situação vivenciada é contrária, ou seja, quando se ingere mais do que se gasta, ocorre o ganho em excesso de sobrepeso, a continuidade de tal situação tende a extrapolar os padrões físicos de cada individuo. (SANTOS, et al, 2000)
O surgimento da obesidade se pauta em níveis distintos, que variam entre o sobrepeso e a obesidade mórbida, sendo esse o nível mais gravoso de tal enfermidade. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a incidência da obesidade em adultos se classifica de acordo com níveis distintos, avaliados por meio do IMC (Índice de Massa Corporal).
A obesidade se conceitua como o acúmulo de gordura corporal, de acordo com CATANEO, et al. (2005, p. 40), “a obesidade esta relacionada a fatores psicológicos como o controle, a percepção de si, a ansiedade e o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes”
Nas crianças é comum o uso do termo “sobrepeso” para identificar graus mais amenos de obesidade, porém a alteração da nomenclatura não interfere na gravidade do quadro. Além da interferência de fatores comportamentais, como o sedentarismo e o consumo em excesso de alimentos ricos em aditivos, a obesidade também pode se apresentar por meio de distúrbios hormonais ou por doenças genéticas, mas tais fatores não são tão corriqueiros quanto as influências externas. (SANTOS, et al, 2000)
2.2 Obesidade na infância
O surgimento da obesidade em meio ao cenário sócio-econômico atual se embasa em fatores relativos ao estilo de vida do individuo, tal prerrogativa é atribuída à obesidade na fase adulta, mas também se aplica à infantil. No caminhar da vida destacam-se três fases mais propícias à hiperplasia, sendo o período correspondente ao último trimestre da gravidez, variando até o primeiro ano de vida, e o primeiro ímpeto de crescimento na adolescência, nessas fazes da vida o indivíduo está mais propício a desencadear quadros de obesidade que poderão se perpetuar por toda a vida. (GUEDES, 2000)
A obesidade infantil surge quando a liberdade de movimento é tolhida por diversas formas de opressão que se disfarçam de segurança social. A juventude está aprisionada dentro de casa, fator que é compreensível frente ao constante crescimento da violência urbana, tal realidade, mesmo que de forma indireta, cada vez contribui de forma mais efusiva para o aumento dos casos de obesidade desde a infância até a vida adulta.(MELLO, 2004)
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