EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO NA OBESIDADE INFANTIL

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Estudos mostraram, também, que outro fator de risco que leva à obesidade infantil é o fato dos pais serem obesos. Levando em conta também os fatores genéticos, os hábitos alimentares dos pais podem afetar diretamente a obesidade dos filhos pois estes tendem a seguir os mesmo padrões de alimentação e de comportamento social. Outros fatores como comer em frente à televisão, comer depressa também foram relacionados como fatores de risco à obesidade (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

A partir desses dados, podemos notar que a intervenção nos hábitos alimentares, no estilo de vida e nos aspectos emocionais dos familiares é um fator importante para combater a obesidade infantil, ou seja, o tratamento não deve ser focado apenas na criança e sim em todos os constituintes familiares. Assim como outras doenças crónicas, a obesidade vem se tornando um problema de saúde pública, uma vez que vem adquirindo proporções alarmantes ao longo dos anos, e sendo necessários altos investimentos em saúde pública (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

Segundo a lei, a criança e o adolescente têm o direito à vida e à saúde. Essa garantia particulariza o atendimento que a criança e o adolescente necessitam, a partir do Poder Público e Sistema Único de Saúde (SUS) (SANTOS et al., 2014).

É grande o número de crianças em escolas e creches e, devido a isso, existe maior exposição de doenças. Principalmente em creches onde estão presentes bebês que possuem baixa imunidade. Algumas doenças estão associadas às condições socioeconômicas e até de saneamento, dependendo da renda familiar (SANTOS et al., 2014).

Os profissionais de saúde atuam como protagonistas no combate às doenças crônicas, e podem ajudar no tratamento. Portanto, é importante investigar entre eles suas percepções sobre o papel da família no combate ao sobrepeso e obesidade infantil (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014).

Método

Com o intuito de alcançar o objetivo deste trabalho, realizamos um estudo exploratório sendo utilizada a revisão integrativa como método. A revisão integrativa compreende a reunião e síntese de resultados de pesquisas realizadas anteriormente sobre um determinado fenômeno, o que torna possível ampliar a visão sobre a temática, os conceitos relevantes, além de antever estudos futuros necessários. Nessa revisão, utilizamos as etapas seguintes: 1. delimitação do problema; 2. coleta de dados na própria literatura sobre o tema; 3. escolha de dados considerados pertinentes; 4.análise dos dados e 5. interpretação de resultados.

O estudo pautou-se na busca pela resposta da seguinte questão: quais os fatores de risco na obesidade infantil? Realizamos a coleta de dados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizamos, para a busca, os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): fatores de risco/determinantes, obesidade infantil, excesso de peso na infância.

Filtramos a pesquisa em critérios de inclusão, considerando artigos científicos nacionais que tratassem o tema fatores de risco/obesidade infantil como assunto central. Artigos esses que apresentassem textos completos e disponíveis por completo em Língua Portuguesa. Em relação aos critérios de exclusão, optamos por não utilizá-los para não restringir nossa pesquisa.

Para o trabalho de seleção dos dados, utilizamos uma tabela de preenchimento de modo a conter informações sobre: código, nome do periódico, nome dos autores, título do artigo, ano de publicação, estado do estudo, objetivos, delineamento da pesquisa, resultados e conclusões. Desse modo, foi possível obter informações detalhadas sobre os artigos para escolher aqueles que eram adequados à nossa proposta.

Realizamos a leitura de títulos e resumos. Em seguida, selecionamos estudos e os analisamos, avaliando os dados relativos à identificação do artigo original, as características da metodologia do estudo, reconhecimento ou não da exatidão metodológica, os resultados apontados nos artigos, autor(es) do estudo e níveis de evidência.

Nossa análise tem como base a leitura de 10 artigos. O corpus do estudo compõe-se dos núcleos de sentido entre esses artigos. Preocupamo-nos com a frequência com que esses núcleos apareciam entre os textos dos quais surgiram três categorias quais sejam: sociedade/cultura, família e escola; prematuridade à infância; patologias. Assim sendo, é possível o leitor fazer uma avaliação do emprego desta revisão integrativa.

Resultados

Nossa intenção, neste trabalho, foi o conhecimento do aspecto das publicações sobre os fatores de risco na obesidade infantil. Sendo este o assunto principal do estudo, encontramos um conjunto de textos completos publicados em bases nacionais. Desse conjunto, selecionamos 10 artigos conforme a Figura 1.

Código

Periódico

Autores

Título

Ano de

publicação

Estado

do estudo

Desing

Nível de

evidência

A1

Arq Bras Endocrinol Metab

Oliveira CLO; Fisberg M.

Obesidade na infância e adolescência – uma verdadeira epidemia

2003

SP

Revisão bibliográfica sistemática

I

A2

Jornal de Pediatria

Mello ED; Luft VC; Meyer F.

Obesidade infantil: como podemos ser eficazes?

2004

RS

Revisão bibliográfica sistemática

I

A3

Reme rev. min. enferm.

Felisbino-Mendes MS; Silva DA; Pimenta AM; Gazzinelli A; Velásquez-Meléndez G.

Indicadores