Relatório de Estágio Supervisionado no Ensino de Biologia III

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Nessa perspectiva, o presente Relatório de Estágio Supervisionado no Ensino de Biologia II descreve as características da escola, práticas, metodologias e observações dos estudantes diante a minha prática e preparo prévio como professor de Ciências do Ensino Fundamental II.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Um dos momentos mais importantes para quem cursa um curso de Licenciatura é o momento do estágio, vivenciamos na prática a realidade vivida pelos professores que já exercem essa profissão.

Nessa perspectiva, sei que temos um longo caminho a aprender a percorrer e a cada dia me apaixono mais pela docência, porém, penso que se quisermos alcançar uma educação de qualidade que possibilite uma melhoria no desenvolvimento de nosso país, devemos privilegiar o desenvolvimento integral do ser humano pelas suas vivências e despertar o interesse para com a vida cotidiana. Entendendo também que saberes e aprendizado emergem de dentro do ser, de suas habilidades humanas, da sua subjetividade e da sua corporeidade (CALVACANTI, 2010) e não apenas dos saberes mediados de forma abstrata. Assim acredito, que o aprendizado não é adquirido apenas com o que é lecionado em sala, e sim por todas as vivências e experiências individuais e coletivas dos sujeitos seja na escola ou fora dela.

A aplicabilidade dos ensinamentos ao nosso dia-a-dia de forma contextualizada e interdisciplinar na busca por um novo modo de pensar (MORIN, 2011) devem se fazer presentes durante nossa prática, na busca do entender de tal saber de forma complexa e não de forma fragmentada para que assim a escola seja um espaço onde os sujeitos aprendam também a viver, a ter descobertas do próprio ser, e aprender a se posicionar em nossa sociedade de forma crítica.

Penso em uma educação transformadora que permite que os estudantes possam enfrentar os problemas ocorrentes em suas vidas e que deve estar presente em nossas escolas. Nesse sentido, as práticas pedagógicas diferenciadas servem aos estudantes como uma ponte entre os conhecimentos vistos e a sua contextualização local (BRASIL, 1998).

Acredito também que o magistério deve ser realizado de uma forma não opressora, e que a relação entre estudante e professor é uma relação horizontal, quando valorizado as concepções alternativas e dado autonomia aos saberes dos estudantes, com muito diálogo, surge então a educação problematizadora. O início do diálogo representa a busca pelo conteúdo programático, gerando investigação para alcançar os temas geradores, com isso surgem mais diálogos (PAULO FREIRE, 2011).

A nossa prática pedagógica na escola deve buscar um preparo de um aluno autônomo, estimulando também o aprender a aprender, indo além até o construir e preparar os estudantes para que tenham uma visão crítica não apenas para saber viver na nossa sociedade da maneira que ela é, mas para dá a ele criticidade para ele transformar a nossa sociedade (GADOTTI, 2000).

- DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

3.1 DIAGNOSE ESCOLAR

A Escola Estadual de Ensino Fundamental André Vidal de Negreiros, como é conhecida hoje, foi criada no ano de 1942 através do Decreto nº. 337 de 22 de dezembro de 1942 com o nome de Grupo Escolar Vidal de Negreiros na administração do então interventor federal Rui Carneiro Samuel Duarte, como parte integrante do seu plano de renovação do ensino do Estado da Paraíba. Situada na Rua Caetano Dantas Correia, 222, Centro, Cuité - PB, como a primeira escola pública no município de Cuité, o Grupo Escolar Vidal de Negreiros, como era conhecida oferecia o ensino primário, passando a se chamar de primeira fase do 1º grau, hoje denominado de primeiro segmento do Ensino Fundamental, oferecendo também na década de 60 o antigo Admissão ao Ginásio. Ainda hoje conserva o projeto arquitetônico original, principalmente na sua fachada frontal com janelas nas salas de aula que permitem uma boa ventilação e aproveitamento da luz do sol, chamando a atenção também o seu nome em destaque até hoje preservado: “GRUPO ESCOLAR VIDAL DE NEGREIROS”. Passou por uma reforma estrutural e a construção de uma quadra poli esportiva em 2015. Ao longo de sua existência a EEEF André Vidal de Negreiros goza de importante credibilidade por parte da população local e regional uma vez que vem se mantendo como uma boa escola pública pelos serviços que presta a comunidade e pelo zelo de seus funcionários e educadores em geral (PPP ESCOLAR, 2015).

A escola (Figura 01) conta com 10 salas de aula, corredor, diretoria/secretaria, sala de professores, cozinha com 03 despensas, refeitório, pequeno almoxarifado, 11 banheiros, 01 sala de arquivo, 01 biblioteca e um ginásio poli esportivo de esportes. Além de um laboratório de Informática e sala de recursos multifuncional para o atendimento a alunos portadores de necessidades educacionais. A escola comporta um total de 28 turmas e funcionando com nove turmas em um anexo, ao todo são 931 alunos e 71 funcionários.

Figura 1: Referente a uma vista parcial da Escola Estadual de Ensino Fundamental André Vidal de Negreiros, município de Cuité-PB.

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Fonte: Autor do trabalho, 2016.

3.2 DESCRIÇÃO DAS REGÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA TURMA

A turma onde realizei o estágio foi a turma do 8º ano “A” do ensino fundamental II do período matutino, continha 35 estudantes (Figura 02) durante os meses de agosto e setembro de 2016, inicialmente fiz uma observação prévia da turma em dois horários, ministrei um total de oito aulas, e fizemos uma saída a campo para conhecermos e fazer uma trilha no Horto Florestal Olho D’água da Bica a pedido da turma, assim em planejamento com a supervisora, decidimos colocar a saída a campo na contagem das aulas do período de regência, pois guiei os estudantes desde a escola até o espaço do Horto Florestal e durante o passeio fiz interpretações da natureza, além disso houveram diversos feriados e paradas na escola, e por disposição do tempo para os demais colegas estagiários estagiar também nessa turma nos fizeram tomar essa decisão. As aulas foram divididas nos dias de terça e quinta feira, sendo que na terça feira os horários eram divididos entre o primeiro e terceiro, já na quinta feira eles eram os dois primeiros horários. A minha supervisora orientadora foi a professora Química Aline Nieble Souza Santos.

Figura 02: Referente a