RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ENSINO FUNDAMENTAL ll
Por: Lidieisa • 14/6/2018 • 6.329 Palavras (26 Páginas) • 548 Visualizações
...
A família desses alunos está sempre em conflito, há muitos casos de pais separados e aos alunos muitas vezes moram com outras pessoas. A formação escolar desses pais varia entre pais que estudam até a 4ª serie e alguns que não A escola de educação infantil é um espaço de cuidado e educação, organizado e planejado para atender crianças de 2 a 6 anos. O papel da escola é ajudar a criança a ser inserida na cultura, compartilhando com a família responsabilidade pela formação humana de seus filhos. Assumir essa dimensão das creches e pré-escolas é promover os cuidados necessários à preservação da vida, contribuindo efetivamente para o aprendizado do auto cuidado, ligado as necessidades básicas de alimentação, sono, higiene e saúde.
Esse aprendizado se estende até o conhecimento das leis mais gerais que regem a natureza e a cultura, passando essencialmente pelo aprendizado do brincar, exercitado cotidianamente nos jogos de faz de conta, que possibilitam a ela a compreensão e a transformação dos demais aspectos.
O papel é desenvolver todas as demais formas de linguagem, fazendo a mediação entre a criança e a cultura e possibilitando seu acesso às fontes de conhecimento.
Estudo de Artigo – Memória e História em livros didáticos de História: o PNLD em perpectiva
As autoras no início do artigo, nos instigam a pensar sobre “Memória”. Aliás o que é a memória? Qual é o seu papel dentro da sociedade e na educação qual? E será que dentro das escolas, ela está sendo discutida da forma que deveria, isso se realmente é um tema que está sendo trazido para dentro da sala de aula?
Indaga que inúmeros autores têm pensado sobre “a memória como um fenômeno político e social central no contexto histórico em que vivemos na contemporaneidade”. Ou seja, a Memória é central ao entendimento da sociedade e da política.
A memória está completamente entrelaçada com todas as nossas ações cotidianas, se convertido em uma nova mercadoria na contemporaneidade, e como as autoras mesmo citam, que George Orwell já dizia “quem controla o passado controla o futuro e quem controla o presente controla o passado”. Isso vem ocorrendo mais rapidamente após a Segunda Guerra Mundial, isso dar-se-a muito ao declínio das religiões como dominantes no caminho da história, o futuro agora se tornaria algo previsível, capaz de ser transformado e ser modificado, transformando assim, a forma de compreender e teorizar o tempo.
Nos dias de hoje surge também o medo do esquecimento, visto que vivemos em uma sociedade que produz toneladas de informações por segundo e por esse motivo somos cada vez mais impulsionados a produzir mais recursos de memória, para que nada seja perdido.
E aqueles que foram esquecidos em um tempo que a memória não era vista com a mesma importância que vemos hoje, ou que simplesmente tentaram ser apagados da história, hoje reivindicam e buscam seu papel de direito, como sujeitos históricos, isso é o caso dos Africanos, que aqui no Brasil por exemplo, reivindicam a consciência de uma identidade negra a partir de reinterpretações historiográficas do seu passado na história brasileira.
O que podemos ver ao longa da humanidade é uma vontade insaciável de saber de suas origens, aliás, do que fazemos parte? Por que existimos, de onde vimos e para onde vamos? E a memória nos ajuda nessa compreensão, na nossa análise sobre nossa própria existência, pois ela estabelece diálogos com o passado e com o futuro e o presento se faz como o lugar de construção dessa compreensão. Através dela também, que conseguimos avançar num tempo anterior ao de nossa existência e projetar ações para o futuro.
É nisso que entra a história e seu ensino nas escolas, pois ela é vista como responsável pela reprodução dessas memórias e convive com a reprodução de práticas de memórias comuns a sociedade, ou seja, muitas vezes essas memórias são representações de grupos específicos da sociedade. Com isso vemos que a escola é totalmente atravessada por memórias. O maior desafio da história dentro da escola, tem sido exatamente os mesmos desafios que a memória tem ultrapassado, como Almeida e Miranda dizem “uma memória que reivindica lugares, que acontece no mercado de consumo, que elege o que deve ou não ser preservado, que luta contra as avalanches de esquecimento”. É por isso as práticas de memória são necessárias para à formação da consciência humana.
Quando pensamos em Memória na escola, devemos pensar que as ações devem ter compreensíveis de forma que façam parte do cotidiano dos alunos e que possibilitem o seu estar no mundo e seu entendimento ao saber histórico e conhecimento de mudanças e permanências no tempo, como enfatizam Almeida e Miranda.
E onde entra o livro didático nesse contexto? O livro didático assume grande importância nesse contexto, pois, cabe a ele discutir sobre o ensino de História e da memória e ainda separar esses dois conceitos, que são muitas vezes entendidos como a mesma coisa, o que é um grande engano. Mas essa separação não é uma tarefa fácil, pois, essa relação é complexa e contraditória, que hora devem agregar-se e hora separar-se. Uma boa indagação é dizer que “lembrar o passado e escrever sobre eles não são a mesma coisa”.
Antigamente quando história e memória eram vistos como a mesma coisa, o passado era em tendido como algo que pode ser relembrado, já hoje após a dissociação desses dois termos, sabemos que o passado é impossível de ser recuperado por completo, o que temos são vestígios, lacunas obscuras que demonstram a variação do tempo. Ou seja, as interpretações feitas por historiadores sempre estarão incompletas e jamais poderão ser chamadas de “verdade absolutas”.
Nesse sentido, de complexidade no entendimento desses termos, que vem a importância de se abordar de uma forma mais ampla e cuidadosa sobre eles nas escolas, para que os alunos possam compreender sobre espaço e tempo e sua localização nesse emaranhado de histórias e memórias.
As autoras dão várias explicações sobre a diferença entre história e memória, colocarei algumas para melhor ent6endimento.
“ A história lança mão da memória como fonte – e a parti dela desenvolve suas operações de análise do passado – e como fenômeno histórico – que envolve a crítica dos processos de seleção. Todavia a História não prescinde da Memória e vice-versa. A História é capaz de investigar, através dos indícios, experiências que foram esquecidas no tempo (MIRANDA, 2007), assim como
...