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Racismo Científico

Por:   •  7/11/2018  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  258 Visualizações

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Dado o momento circundado de apologias à supremacia europeia, somado com a concepção de seleção natural proposta por Darwin, o filósofo inglês Herbert Spencer encontrou o cenário perfeito para formular uma hipótese que mais tarde viria a receber o título de “ Darwinismo Social ”. Ainda que esse termo não tenha sido utilizado por Spencer, suas ideias o denominaram assim por aplicar os conceitos da seleção natural para a sociedade e a raça humana. Detinha o pensamento de que a seleção natural quando aplicada em termos na sociedade favoreceria a supremacia de determinados grupo, destes sobre os outros.

Por sua vez, Francis Galton, primo de Charles Darwin, encontrou a necessidade de aliar o já proposto Darwinismo à teoria de Thomas Malthus. Segundo o malthusianismo, em um determinado instante ao longo do tempo, a produção de recursos seria insuficiente para atender a demanda da população mundial. Galton então uniu ambas teorias com o propósito de solucionar o suposto colapso da sociedade, dando origem ao conceito de eugenia, definido como “a ciência que trata daquelas agências sociais que influenciam, mental ou fisicamente, as qualidades raciais das futuras gerações”. Em suma, para Galton, seria possível aperfeiçoar a espécie humana caso fosse estimulada a reprodução de indivíduos considerados portadores das melhores e mais valiosas características físicas e mentais em prol da sociedade. Em contrapartida, evitar-se-ia que indivíduos categorizados como carregadores de atributos retrogressivos originassem descendentes, de tal forma que tendessem a se extinguir com o passar do tempo. Assim, a seleção artificial promovida pela eugenia, utopicamente, levaria a raça humana ao seu ápice de proximidade da perfeição.

Devido ao pensamento advindo do Darwinismo Social e principalmente do radicalismo proposto pela eugenia, a manifestação dos princípios de supremacia racial em diferentes regimes totalitaristas e extremistas ao redor do mundo, tanto de direita quanto de esquerda, foi catastrófica. As justificativas pseudocientíficas utilizadas para corroborar o extermínio e a exploração de povos, em prol do desenvolvimento e expansão territorial visados pelas grandes potências durante o Neocolonialismo, serviram de pretexto para os genocídios cometidos ao longo do século XIX e XX. O evento mais presente no consciente popular relacionado a genocídio foi o realizado pela Alemanha nazista durante o século passado, onde cerca de 6 milhões de judeus foram mortos e perseguidos.

Muitas vezes associa-se eugenia apenas ou principalmente aos atos cometidos pelo regime nazista no século XX, mas é valido lembrar que tais atos não foram exclusividade de um único povo. Exemplos de aplicações de teorias eugênicas na sociedade aconteceram em diversas nações “civilizadas” no mundo e foram tão ou mais sangrantes como as realisadas pelos nazistas. Podemos citar como exemplo, o extermínio do Congo-Belga em que são estimados cerca de 10 milhões de mortes ou ate mesmo o próprio Estados Unidos onde ate 1979 cerca de 60 mil pessoas foram esterilizadas a força afim de impedir a transmissão de “genes ruins”.

Mais do que friamente analisar as atrocidades cometidas por regimes extremistas, deve-se entender quais correntes de pensamento fizeram com que líderes ao redor do mundo estimulassem o massacre de populações inteiras. Torna-se evidente, portanto, que a seleção natural proposta por Darwin não se aplica a condutas sociais, dadas as particularidades de cada cultura e etnia proporcionadas pela transcendentalidade do ser humano em relação aos seus instintos naturais. Além disso, o darwinismo nunca propôs o entendimento de que evolução é sinônimo de progresso. A adaptação de cada espécie em determinado meio estimula a variabilidade genética, o que permite que novas características e novas populações surjam e garantam a manutenção da espécie. A seleção artificial de apenas uma etnia considerada superior, tal como é proposta pela eugenia, poderia culminar na extinção da espécie humana. Por fim, as individualidades de cada população valem-se da ótica construída pelo antropólogo Franz Uri Boas acerca do relativismo cultural, onde cada cultura deve ser compreendida individualmente, isenta de comparações e de confrontações de seus graus de desenvolvimento com as demais. É leviano achar que a sociedade atual esta livre de ser infectada com tais pensamentos, já que existiram diversos genocídios ou manifestações sobre superioridade de raça no próprio século XXl, tendo com as mais notáveis o extermínio curdo realizado por Saddam Hussein e as manifestações do grupos ligados ao “ White Supremacy” nos Estados Unidos.

INCOMPLETO. Falta finalizar com o último tópico:

- Tais pensamentos ainda devem ser combatidos, uma vez que os cenários de discriminação ainda existem até hoje. EXEMPLO SÉCULO XXI, SADDAN E OS CURDOS e CHARLOTTE.

Referência Bibliográficas

INCOMPLETO. Listar os livros e ensaios de cada autor citado.

- Charles Darwin

- Robert Knox

- Joseph Arthur de Gobineau

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