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Racismo no Mundo

Por:   •  31/10/2017  •  2.029 Palavras (9 Páginas)  •  482 Visualizações

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Darwinismo Social

Entende-se neste pensamento que as sociedades humanas são superiores umas as outras naturalmente, que a evolução de indivíduos mais fortes e, portanto, melhores garante o direito e até mesmo o dever de vassalagem sobre os mais fracos e menos desenvolvidos.

Um pensamento racionalmente defasado e repleto de preconceitos, o darwinismo social classifica as sociedades em três etapas evolutivas, e justifica a colonização de países bárbaros, como a África, por parte dos europeus tão civilizados. Ele justifica certos movimentos extremistas como o Nazismo, e quando usamos a palavra “justifica” no presente, é devido ao fato de que ainda existe um número considerável de pessoas que acredita nessa “evolução social” e dão vida à alguns grupos extremistas.

Claro que o darwinismo social não possui nenhuma legitimidade científica, mas nessa época do século XIX era parte da pseudociência levada em consideração por uma legião de pessoas e legitimado pelas ações provocadas por ele.

É importante ressaltar que Darwin, em seu pensamento original, em nenhum momento alegou que os indivíduos mais adaptados ao meio ambiente eram melhores do que os outros menos adaptados. Por vezes, o fato de um indivíduo ser mais fraco ou menor era exatamente o que permitia que ele sobrevivesse, mas isso foi convenientemente ignorado pelos pensadores racistas.

Joseph Arthur Gobineau

Nascido na França em 1816, filósofo, escritor e diplomata, foi funcionário do governo francês e gerou teorias que foram consideradas algumas das mais importantes entre os estudiosos sobre o racismo.

Sua obra chamada “Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas”, publicada em 1855, lhe gerou reconhecimento e foi considerado um dos primeiros estudos com o tema racismo e eugenia de publicação no século XIX. Ele entende que a raça humana caminha para a degeneração intelectual e física cada vez mais rapidamente devido à miscigenação. Gobineau chega ao ponto de dizer acreditar que os humanos não são descendentes dos macacos, mas estão caminhando para tornar-se tal.

Quando visitou o Brasil em serviço diplomático, ele descreve o país como fadado ao fracasso e ao desaparecimento de sua população, novamente por culpa da miscigenação. Considerava nosso povo menos desenvolvido, extremamente sexual e promiscuo, uma verdadeira raça de mestiços estéreis e degenerados, e via a solução para o “problema” da miscigenação no branqueamento da população, o legado ariano.

Ele classificava a raça ariana como superior em seus estudos, portadores de uma sociabilidade civilizadora através de uma lei de atração que o compelia a se relacionar com os negros, mas se contradizia em pontos ao reconhecer aspectos positivos da miscigenação ao mesmo tempo em que a culpava pela degeneração da humanidade.

Gobineau elaborou um esquema de “raças humanas”, com uma suposta perfeita equação entre traços biológicos, psicológicos e posição histórica, encontrando em seu livro chamado “A Diversidade Moral e Intelectual das Raças”:

[pic 1][pic 2]

Francis Galton

Antropologista, meteorologista, matemático e estatístico inglês nascido em 1822, era primo de Charles Darwin e com ele realizou estudos em conjunto sobre antropologia e sobre a inteligência humana tentando demonstrar a hereditariedade dos traços físicos e mentais dos indivíduos, ficando muito famoso por tais estudos.

Ele formulou uma polêmica teoria eugênica sobre o aprimoramento da espécie, expressando a possibilidade da melhoria da raça humana através do cruzamento genético premeditado. Entende-se que seria possível prever as próximas gerações selecionando artificialmente os pares para a união, uma vez que os traços e genes superiores destes pares selecionados formariam filhos cada vez mais perfeitos e eventualmente essa população geneticamente superior seria maioria.

Franz Joseph Gall

Anatomista e fisiologista alemão, nascido em 1785, desenvolveu a Craniologia, também chamada de Frenologia, uma pseudociência utilizada para medir as aptidões dos indivíduos através dos aspectos físicos, especialmente do crânio. Esse método se baseia na falsa assunção de que essas aptidões são provenientes de “órgãos” localizados no cérebro humano que podem ser detectados através de uma inspeção visual do crânio.

Ele entendia que existem 26 “órgãos” na superfície do cérebro que afetam o contorno do crânio, incluindo alguns como o “órgão do assassino” encontrado especialmente nos matadores. As partes que eram mais usadas ficavam maiores e as que não eram usadas encolhiam, adornando o crânio de acordo e possibilitando a visualização das curvaturas que determinam as funções intelectuais e emocionais de cada indivíduo.

[pic 3][pic 4]

Mesmo a Frenologia sendo descreditada e reconhecidamente considerada sem mérito científico algum, ela ainda possui seguidores, e foi popular através do século XIX, principalmente nos Estados Unidos, e gerou outros estudos pseudocientíficos como a antropometria, que foi usada principalmente para classificar criminosos em potencial através de características faciais.

Essa teoria foi justificativa de muitos pensamentos racistas, uma vez que ela mostrava claramente que os negros possuíam um cérebro muito menos desenvolvido e propício para atitudes condenadas pela sociedade. Ela também classificava a mulher como inferior ao homem, ao mostrar que o crânio feminino era menor que o masculino, portanto menos inteligente.

O desenho do crânio de um negro era propositalmente exagerado e deturpado para lembrar a cabeça de um macaco e deixar claro que os brancos eram superiores à essa raça inferior:

[pic 5][pic 6]

O Antissemitismo

O preconceito racial é uma característica da sociedade, e é tão diverso que ele pode ser usado para explicar uma enorme quantidade de problemas, ou para justificar diversas emergências em países de terceiro mundo, e explicar pânicos causados por guerras e imigrações.

Mas não é simplesmente uma questão de cor, o preconceito existe também dentro de grupos que possuem a mesma cor de pele, e um exemplo disso é o antissemitismo.

“Semita” é um termo criado para se referir ao povo judeu, mas o antissemitismo também hostiliza árabes

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